O americano tem a mania de anunciar que os times campeões das três Major League sejam campeões mundiais.
Este gigantismo desnecessário não apaga a grandeza esportiva nos Estados Unidos, uma nação que ama e acompanha o esporte como nenhuma outra. Ontem, com a conquista do Super Bowl pelo Tampa Bay, todo este entusiasmo esportivo reforçou ainda mais a temporada brilhante do Estado da Flórida neste ano de Pandemia. São muitas conquistas num ano atípico.
Tom Brady tinha 42 anos e assinou com o Tampa Bay Buccaneers apenas duas semanas depois que a Organização Mundial de Saúde declarava a Pandemia Mundial do Coronavírus. Para muitos, mesmo sendo o maior vencedor de Super Bowls da história, pagar 30 milhões de dólares anuais iria sair muito caro e sem perspectivas.
Grande engano! 13 anos depois de uma simples aparição nos Playoffs, 18 anos depois do único título, o Tampa Bay massacrou o atual campeão Kansas Chiefs vencendo por 31 x 9. Brady agora acumula sete títulos de Super Bowl, mais do que qualquer uma de todas as fraquias da NFL.
Um ano maluco, onde Brady chegou a ter de pagar multa por estar treinando num parque durante o lockdown estabelecido pelas autoridades locais. Buccs campeão e Brady anuncia que fica pelo menos mais um ano na liga, bom para o time, bom para o esporte, bom para a Flórida.
A conquista do Tampa Bay Buccaneers é apenas uma das tantas deste ano maravilhoso.
Não muito longe do Raymond James Stadium onde joga a equipe do Bucks, pouco mais de uma hora para chegar a Bay Lake, no Walt Disney World Resort, onde a portas fechadas foi disputada a temporada 2020 da MLS, a liga do futebol Soccer dos Estados Unidos. O “Back Tournament” colocou o Orlando City no seu melhor resultado desde a criação da franquia perdendo a final para o Portland Timbers por 2×1.
Considerado o melhor formato de controle e proteção aos atletas, a NBA fez toda a sua temporada na mesma área. Fechou um resort de Orlando, levou todos os times e fez um torneio de basquete marcado por grandes jogadas e atuações. No final, o favorito, Los Angeles Lakers ganhou, mas teve dificuldades contra a surpresa da temporada, o Miami Heat que eliminou o Boston Celtics no jogo da conferência. O Heat não vencia a Conferência há seis anos.
No hóquei sobre o gelo, na mesma Tampa do Buccaneers, o Tampa Bay Lightning comemorou o seu segundo título nacional depois de 16 anos de jejum batendo o Dallas Stars por 2×0 fechando a sequência em 4×2.
Mais para o sul do Estado, o Miami Marlins fez uma grande temporada no beisebol. Chegou aos playoffs, coisa que não acontecia há 17 anos na disputa da MLB.
Até na natação, onde não tivemos nenhum grande evento da FINA, mas o maior nadador da ISL, a Liga Internacional da Natação, é nascido, criado, desenvolvido e lapidado na Flórida. Caeleb Dressel nasceu em Green Cove Springs, cidade pequena próxima a Jacksonville. Depois de defender toda a sua carreira de clube no Bolles School, depois na Universidade da Flórida, agora faz parte do programa profissional da UF, o Gators Swim Club.
Foi lá que sob as ordens de Gregg Troy que Dressel fez mais uma grande temporada. Foi o MVP da ISL e quebrou um total de quatro recordes mundiais, 50 livre (duas vezes), 100 borboleta e 100 medley. No total de premiação da Liga, acumulou mais de 300 mil dólares.
O ano esportivo da Flórida foi tão bom, tão bom, que até o Secretário de Finanças da Flórida Jimmy Patronis chegou a delirar e oferecer o Estado para sediar os Jogos Olímpicos deste ano, em caso de desistência de Tóquio. Os resultados foram tão bons, que a gente até releva estas loucuras.
Viva a Flórida!
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