Autor • Alex Pussieldi direto de Shanghai
Fonte • Best Swimming

 

Ao final de cada cerimônia de premiação, os medalhistas fazem a parada ao redor da piscina e são levados direto para a sala de imprensa onde concedem uma entrevista coletiva. Mesmo com a presença dos três medalhistas, é sempre o campeão o mais assediado pela imprensa internacional.

 

No caso dos 50 borboleta masculino, este assédio foi ainda maior com César Cielo.

 

Sentado ao meio de seu ex-companheiro de Auburn, Matt Targett, vice campeão mundial da prova em 2009 e agora, e de outro australiano Geoff Hueggill, primeiro campeão mundial dos 50 borboleta em 2001, Cielo respondeu as perguntas sereno, sem titubear e já sem as lágrimas que lhe caíram ao final da prova e no podium.

 

Cielo agradeceu a Deus, a seus amigos, sua família, a todos que o apoiaram durante este período. Disse que nunca deixou de treinar, não perdeu uma só sessão, mas que tudo isso foi extremamente difícil. Voltou a repetir o que tinha dito na noite anterior, que não estava 100% mentalmente. Foi um “hard time”.

 

A medalha de ouro dos 50 borboleta teve um significado especial para Cielo. Foi como a primeira medalha de ouro ganha em Beijing. “Foi um alívio” e “a China me traz sorte” completou.

 

Um jornalista perguntou a Cielo sobre a questão das vaias vindas diretamente da tribuna dos atletas. Cielo respondeu que não havia escutado. O jornalista insistiu na pergunta e Cielo voltou a responder de forma serena dizendo que não poderia comentar algo que nem sabia que tinha acontecido. Pela insistência do mesmo jornalista no assunto, Matt Targett interrompeu o mesmo dizendo “camon, one question per journalist please”.

 

Targett comentou que era amigo de Cielo. Um dos melhores amigos dele. Cielo corroborou a relação e disse que estava ao lado de duas pessoas muito especiais na sua carreira. Falou mais de uma vez disso na entrevista.

 

Targett ainda citou que morou com Cielo. Sabia das suas rotinas, dos seus hábitos, e imaginava o quanto ele teria sofrido. Disse ainda que atitudes de atletas vaiando ou se manifestando não acrescentavam nada. Falou especificamente sobre o queniano Jason Dunford: “isso não ajuda em nada no nosso esporte”. 

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