Autor • Alex Pussieldi direto de Shanghai
Fonte • Best Swimming

 

50 PEITO FEMININO –

Jessica Hardy comprovou o seu favoritismo vencendo o seu primeiro título mundial desde que retornou da suspensão por doping. Lembrando que ela esteve de fora do Mundial de Roma mas bateu o recorde mundial desta prova alguns dias após o Mundial de 2009.

Venceu com 30:19, a segunda melhor marca do mundo este ano. A primeira é dela feita nadando pelo Flamengo no Troféu Maria Lenk em maio com 30:17. Aliás, a americana tem a primeira, a segunda e a terceira melhor marca do ano (30:17, 30:19, 30:20). Este domínio ainda fica mais forte quando se cita que ela tem cinco dos seis melhores tempos de 2011.

Ouro para Hardy, prata e bronze para suas companheiras de treino no Trojans Swim Club. A russa Yulya Efimova em segundo com 30:49 e Rebecca Soni em terceiro com 30:58. Efimova foi a campeã mundial em 2009 e mantém o seu recorde de campeonato com 30:09.

Esta foi a segunda vez que os Estados Unidos venceram os 50 peito no Mundial. A primeira também foi com ela, Jessica Hardy em 2007 então com 20 anos e vencenco dom 30:63.

 

400 MEDLEY MASCULINO –

Ryan Lochte se sagrou bi campeão mundial desta prova marcando 4:07:13, melhor tempo do mundo depois da era dos trajes, e sua 12a medalha de ouro em Campeonatos Mundiais passando Ian Thorpe e assumindo a segunda posição da história só atrás de Michael Phelps que tem 23 de ouro.

Lochte no total tem 17 medalhas em Mundiais, além das 12 de ouros, 3 de prata e 4 de bronze.
Nos parciais da prova, lider absoluto sem ser ameaçado desde o princípio:

55:79, 1:57:09, 3:08:71, 4:07:13.

Lochte lidera o ranking mundial dos 400 medley desde 2009 quando venceu o Mundial de Roma com 4:07:01. Em 2010, 4:07:59 do Pan Pacífico e agora estes 4:07:13.

O outro americano Tyler Clary, repetiu a prata do Mundial de Roma com 4:11:17. Em Roma havia feito 4:07:31. O bronze saiu para o japonês Yuya Horihata com 4:11:98 estabelecendo novo recorde nacional de seu país.

Uma pena que Thiago Pereira tenha ficado de fora desta prova. Nadando sem descansar, Thiago venceu o Maria Lenk em maio com 4:12:52.

Os dois húngaros líderes do ranking mundial antes de Shanghai fracassaram por aqui. Laszlo Cseh, número 1 do mundo com 4:11:22 ficou em 22o lugar nas eliminatórias e David Verraszto segundo do mundo com 4:11:71 acabou em sexto lugar com 4:15:67.

 

50 LIVRE FEMININO –

Therese Alshammar se sagrou hoje na mais velha nadadora campeã mundial da história. Em 26 dias, ela completa 34 anos de idade e venceu o seu segundo título mundial. O primeiro havia sido em 2007 na prova dos 50 borboleta.

Alshammar venceu com 24:14, melhor tempo do mundo este ano. Aliás, ela já havia tido a melhor marca do mundo  no ano passado com 24:27. Sua melhor marca pessoal é 23:88 feitos no Mundial de 2009 quando terminou com a medalha de prata.

Na prova de hoje, Alshammar cresceu bem no final batendo as holandesas Ranomi Kromowidjojo que chegou em segundo lugar com 24:27 e Marleen Veldhuis que chegou em terceiro com 24:49.

A americana Jessica Hardy teve apenas 18 minutos de intervalo entre os seus 50 peito e a prova dos 50 livre. Isso contando com a cerimônia de premiação e parada dos campeões. Não deu outra, acabou em oitavo lugar com 24:87. Destaque para Arianna Vanderpool Wallace, nadadora de Bahamas, atleta de Brett Hawke em Auburn que chegou em sétimo lugar com 24:79.

 

50 COSTAS MASCULINO –

A melhorar a classificação da Grã-Bretanha no quadro de medalhas, Liam Tancock se sagrou bi campeão mundial da (sua) prova. Atual recordista mundial (24:04) nadou para 24:50 deixando o francês Camille Lacourt em segundo com 24:57 e o alemão Gerhard Zandberg em terceiro com 24:66.

Lacourt mantém a liderança mundial de 2011 com os 24:36 feitos no Campeonato Francês em abril. Zandberg, que foi campeão mundial desta prova em 2007, repete o  bronze que também ganhou em Roma 2009.

Tancock tem tido problemas com relação as provas de 100 metros onde sempre passa na frente mas cai muito na volta, entretanto, os 50 costas é seu paraíso.

 

1500 LIVRE MASCULINO  –

A melhor prova deste Mundial e o segundo recorde mundial da competição. Aliás, um recorde mundial (Grant Hackett 14:34:56 de 2001) que havia sobrevivido a era dos trajes, mas não foi capaz de suportar o ataque do chinês Yang Sun e seu final de prova “insano” de 25:94!

Ele já havia ameaçado o  recorde ao vencer os Jogos da Ásia no ano passado com a marca de 14:35:43. Treinado pelo mesmo treinador de Grant Hackett, o australiano Denis Cotterell, Sun já se acostumou a nadar sozinho. Hoje venceu com 14:34:14, mais de 10 segundos a frente do canadense Ryan Cochrane que levou a prata.

Sun Yang tem crescido muito nestes últimos anos. Foi o oitavo lugar nos Jogos de Beijing com 15:05:12. No ano seguinte, passou a treinar na Austrália e já no Mundial de Roma fez uma “ferida” ao terminar a prova em terceiro lugar com 14:46:84.

Foi em 2010 que assumiu a liderança do ranking mundial pela primeira vez ao conquistar o título dos Jogos da Ásia não só nos 1500, mas também na prova dos 400 livre.

Este ano, abriu mão de disputar neste Mundial a prova dos 200 livre, onde era o líder do ranking para se concentrar nos 400 onde foi prata, e nos 800 e 1500 livre onde conquistou os seus dois primeiros títulos mundiais.

A China até 2009, nunca havia ganho uma só medalha de ouro em Mundiais com sua equipe masculina. Ganhou os 800 com Zhang Lin e agora em Shanghai ganha duas com  Sun Yang.

Comparando os parciais de Yang Sun com Grant Hackett:

Tempos                        Hackett            Sun

100                                     54:19                        56:25

200                                    1:52:45            1:55:06

300                                     2:51:29            2:53:85

400                                    3:50:18            3:52:73

500                                    4:48:82            4:51:43

600                                    5:47:45            5:50:16

700                                    6:45:96            6:48:81

800                                    7:44:47            7:47:45

900                                    8:43:05            8:46:11

1000                                    9:41:78            9:44:98

1100                                    10:40:56            10:43:67

1200                                    11:39:51            11:42:21

1300                                    12:38:51            12:41:16

1400                                    13:37:89            13:39:92

1500                                    14:34:56            14:34:14                                     

Sun campeão e recordista mundial, Ryan Cochrane sempre em segundo lugar levando a prata com 14:44:46. O bronze ficou para o húngaro Gergo Kis e uma arrancada forte para fechar com 14:45:66. Pal Joensen das Ilhas Faroe ficou em quarto após segurar esta posição por quase toda a prova com 14:46:33.

 

400 MEDLEY FEMININO –

Elizabeth Beisel mostrou o que todo atleta deveria ter: obstinação! A americana não fazia uma boa competição. Havia ficado em quinto lugar na sua prova, os 200 costas, a mesma que foi bronze em 2009. Os 400 medley no último dia lhe davam a oportunidade de recuperação. E foi isso que aconteceu com uma incrível prova de 4:31:78, sua melhor marca pessoal, 10o melhor tempo do mundo em todos os tempos e o melhor da era pós-trajes. Beisel quase bateu o recorde americano de Katie Hoff com 4:31:12.

Na prova, Stephanie Rice da Austrália começou melhor e liderou no borboleta, mas já no costas Beisel aproveitou da sua especialidade para tomar uma liderança e não mais perder.

Os seus parciais: 1:03:32, 2:11:96, 3:29:80 e 4:31:78.

A escocesa Hannah Miley que abriu em oitavo no borboleta teve uma boa reação no costas, já no peito ocupava a terceira posição e fechou bem no crawl para levar a prata com 4:34:22.

Stephanie Rice estva bem na prova mas não conseguiu fechar bem, levou o bronze com 4:34:23, um centésimo.

Mireia Belmonte da Espanha, na sua primeira final deste mundial, terminou em quarto lugar com 4:34:94. Ela que antes do Mundial vinha com o melhor tempo do ano 4:34:91. Campeã dos 200 medley, a chinesa Shiwen Ye ficou em quinto lugar com 4:35:15.

Foi a quarta vez que os Estados Unidos venceram esta prova em Mundiais. Duas vezes com Katie Hoff (2005 e 2007) e Tracy Caulkins (1978) e o primeiro título mundial de Beisel.

 

REVEZAMENTO 4 X 100 MEDLEY MASCULINO –

A 17a medalha de ouro dos americanos veio na última prova do programa, e numa disputa que acabou sendo muito mais difícil do que se esperava. Foi o japonês Ryosuke Irie que abriu na frente 52:94. O americano Nick Thoman entregou em terceiro com 53:61. No peito, Kosuke Kitajima abriu ainda mais para o Japão metendo 59:59 enquanto Mark Gangloff fazia apenas 1:00:24 caindo os Estados Unidos para quarto lugar. O parcial de Gangloff foi pior do que o de Eric Shanteau 1:00:12 nas eliminatórias.

Na altura dos 200, Japão liderava com Alemanha em segundo e a Austrália que chegava ao terceiro graças ao melhor parcial de peito da prova para Brenton Rickard 59:32.

No borboleta, o japonês Takuro Fujii conseguiu entregar na frente e Michael Phelps com 50:57assumiu a segunda posição. Nathan Adrian fechando para os Estados Unidos já era o líder na altura dos 50 metros com um parcial louco de 21:78. Era medo de James Magnussen que fechava para a Austrália. Adrian fechou com 47:64 dando a vitória aos americanos com 3:32:06 apenas dois décimos de vantagem sobre a Austrália que fechou com James Magnussen com parcial de 47:00.

O bronze ficou para a Alemanha e o parcial final de Paul Biederman 47:52. O Japão fechou mal 48:81 e caiu para o quarto lugar.

Foi o 11o título mundial dos Estados Unidos nesta prova. Em 14 edições de Mundiais, os americanos só perderam três vezes, a última em 2007, e sempre para a Austrália. 

3 respostas
  1. OBSERVADOR
    OBSERVADOR says:

    O binômio ideal treinador/atleta ambos Coterrel e Sun estão de parabéns é ter conhecimento, infraestrutura, planejamento e um atleta disciplinado com vontade e talento para cumprir as metas e o resultado aparece. É o que falta na maioria dos atletas, técnicos e confederação aquí para conseguirmos tais feitos.
    São difíceis mas não impossíveis.

  2. wrote
    wrote says:

    lembrando que em 2007 o 4×100 medley dos EUA foi desclassificado nas eliminatórias ainda… por isso a vitória australiana

  3. Melhores do dia
    Melhores do dia says:

    Therese me fez sentir mais jovem ao ganhar essa prova aos 33. Sun Yang é realmente impressionante, como diria o coach: “show de natação”.
    ob: adorei o xen noxão

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