O Conselho Técnico Nacional é formado por representantes de todos os Estados do Brasil, tem ainda os membros da Comissão Técnica Permanente da Seleção Brasileira e mesmo sendo um conselho de caráter consultivo tem sido decisivo nas decisões que a natação brasileira tem tomado.

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Conselho Técnico Nacional 2012

Quem decide o rumo e as linhas que o esporte toma no país é a Assembléia Geral que é formada pelos Presidentes de Federação. Estes irão se reunir em março, primeiro para re-eleger o Presidente da CBDA, Coaracy Nunes, para aquele que será o seu sétimo mandato a frente da entidade, 23 anos e mais quatro pela frente.

Se as coisas não mudam na parte política, ao que tudo indica teremos um bocado de inovações em nosso calendário, programa de provas e regulamentos. “Ao que tudo indica” pois a Assembléia precisa confirmar o que o Conselho Técnico Nacional sugeriu.

Confira as decisões que mudam a natação brasileira a partir de 2013:

1) O Ranking Nacional de Clubes agora vai premiar também os 5 melhores clubes no masculino e os 5 melhores no feminino.
A intenção é incrementar o trabalho com o naipe feminino, definitivamente uma das fragilidades do nosso esporte no país.

2) Os campeonatos absolutos (Maria Lenk, Finkel e Open) também terão a divulgação do quadro de medalhas
A classificação continuará sendo por pontos, a intenção é apenas valorizar mais os clubes que tem maior qualidade. É algo parecido com o que acontece nos Campeonatos Mundiais onde existe a pontuação mas ninguém liga, todo mundo só acompanha o quadro de medalhas.

3) Diploma Top 10 para os 10 melhores clubes dos campeonatos nacionais absolutos
Outra maneira de reconhecer os clubes pelos resultados e conquistas nos certames nacionais.

4) Troféu Maria Lenk em anos olímpicos com programa olímpico
A mudança é um significativo passo para focalizar no programa olímpico. Assim, o Troféu Maria Lenk de 2016 terá a mesma programação olímpica, sem as provas de 50 metros nos estilos e sem os 800 masculino e 1500 feminino.

5) Os 50 estilos saem da seletiva para Mundial Júnior
Isso nem é proposta, já está valendo. A CBDA divulgou os critérios para o Mundial Júnior e não colocou índices para as provas de 50 estilos. Ou seja, quem quiser nadar no Mundial Júnior vai ter de focar nas provas olímpicas, outra decisão significativa voltada para o desenvolvimento de um programa olímpico.

6) O Troféu Open vai ser aberto a equipes estrangeiras
Uma mudança importante para começar atrair clubes e seleções a vir competir no Brasil.

7) Eliminação das finais B nos Campeonatos Infantil e Juvenil de Inverno
A mudança elimina o que foi feito há três anos e ao que parece não estava sendo muito atrativo.

8) Eliminação das semifinais nos Campeonatos Brasileiros Absolutos
Maria Lenk e Finkel voltam a ter finais A e B. A mudança implantada em 2010 não agradou aos treinadores que identificaram como um acúmulo de esforço sem necessidade para atual realidade da natação no país.

9) Brasileiros de Inverno serão prioritariamente em piscina de 25 metros
Isso é apenas um indicativo para ser adiciionado nos regulamentos das competições. Modificação um tanto polêmica mas que teve apoio considerável dos membros do Conselho.

10) Programa completo para o Chico Piscina
O Troféu Chico Piscina vai passar a ter todas as provas do programa olímpico. Ou seja, inclusão das provas de 200 nos estilos, 400 medley e as provas longas de fundo. Ainda precisa ser avaliado que impacto isso causará na competição, número de dias, número de atletas, e outros que serão avaliados pelos Presidentes de Federação.

11) Revezamentos mistos para os Campeonatos Brasileiros de Inverno
Seguindo a sugestão e linha da FINA foi sugerido que os campeonatos brasileiros de inverno tenham as provas de revezamentos mistos dando uma nova motivação aos eventos.

12) Aberturas de revezamento agora valem recorde
A sugestão do Conselho é apenas um reconhecimento de que o atual modelo está errado. A briga do Blog do Coach em valorizar e principalmente reconhecer os recordes de campeonato feitos em abertura de revezamentos está próxima de ser aprovada.

13) Seleção Brasileira completa para o Mundial Júnior em Dubai
Isso mesmo, 26 homens, 26 mulheres, equipe completa caso alcancem os índices estabelecidos pela CBDA. A intenção é começar a trabalhar a nova geração para o futuro. Apenas provas olímpicas a serem consideradas.

14) Tempos de Londres não valem como seletiva para Barcelona 2013
Pela regra da FINA valem, mas o Conselho Técnico Nacional decidiu que as marcas alcançadas nos Jogos Olímpicos não valem como seletiva para a formação da Seleção Brasileira para o Mundial de Barcelona em 2013. Teremos duas seletivas: o Maria Lenk e o Brasileiro Júnior e Senior.

1 responder
  1. DDias
    DDias says:

    Finalmente vão reconhecer os tempos de abertura de revezamento!
    O Marcelo Chieriguini mandou um 22.03 abrindo o 4x50livre do Pinheiros no Maria Lenk e o tempo nem aparece no ranking…

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