Sexta-feira, 30 de agosto de 2013

* O dia foi especial para mim. A última, e primeira, medalha do Davie Nadadores em Campeonatos Mundiais Júniors. Foi a conclusão de um trabalho iniciado há um bom tempo e que desde o início o objetivo era esse.

* Natação competitiva é algo que você trabalha pensando no resultado mas não tem controle sob os seus adversários, e por mais que você trabalhe, nada está garantido. Pode aparecer alguém que trabalhou mais, que trabalhou melhor, que tem mais talento, que cometeu menos erros.

* A verdade é que hoje quem trabalha e acompanha o Davie Nadadores sabe que esta medalha vale muito. Aqui estamos em Dubai, somos 8 nadadores, 6 países diferentes, mas um só idioma: swim fast!

* Nestes cinco anos de Davie, ainda tivemos um bocado de nadadores que passaram meses, temporadas e fazendo apenas swim camps por lá. Aqui em Dubai, encontrei pelo menos uma dezena deles.

* Este foi meu quarto Mundial de Curta. Estive no Rio em 2006 com dois nadadores e chegamos a uma final histórica nos 200 peito com um nadador do Kuwait. Depois em 2008, em Monterrey, fui com apenas um nadador, este ficou na décima sétima posição nos 100 peito mas o nível foi bem mais elevado do que na competição anterior.

* O terceiro Mundial foi em Lima no Perú. Este, Davie entre atletas e ex-atletas já somava 12 nadadores. Chegamos a finais e semifinais e ainda vibramos muito com a medalha de bronze de Arthur Mendes Filho que passou as férias dos dois anos seguintes treinando conosco na Flórida.

* Para este Mundial, fizemos um trabalho diferente. O grupo selecionado fez um training camp de adaptação no Kuwait. Lá fomos tratados como “sheik”. Num bom hotel, boa comida, dois carros a disposição, piscina para treinar é o que não faltava. Dez dias de preparação antes de chegar a Dubai e tentar fazer o melhor.

* Aqui, nestes dias de competição, e ainda faltando a última etapa, o grupo já soma quatro finais, seis semifinais e uma medalha. Recordes nacionais de categoria de seus países e também recordes absolutos. Não poderia ser melhor. Ou melhor, infelizmente neste esporte, sempre pode. A gente nunca fica satisfeito, mas me aposentar agora, não pode existir melhor sensação do que essa: dever cumprido!

Amanhã tem mais, ou melhor, amanhã tem a última!

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