A Copa acabou. Agora é Olimpíada. Pouco mais de 750 dias separam o fim do maior evento do futebol mundial para o maior evento poli esportivo do planeta. Embora os recentes elogios do COI, sabe-se que ainda falta muita coisa. Na preparação, na construção, na organização.

Precisamos reconhecer que o fato de ter sediado a Copa do Mundo dois anos antes da Olimpíada ajudou muito, ajudou demais. O negativismo foi embora. A imagem no exterior cresceu. A esperança e a auto-confiança estão de volta. Mas precisamos trabalhar. “Não há tempo a perder” diz Thomas Bach, o alemão Presidente do COI, contente com o tetra da sua seleção e satisfeito com o que viu e com o que conversou com a Presidente Dilma Roussef.

A Copa foi aprovada. Os estádios, a organização, os aeroportos, tudo funcionou, muito melhor do que o previsto. Um alívio. Eu mesmo fui testemunha de tudo isso indo ao jogo das quartas-de-final entre Alemanha e França no Maracanã. Para mim, a Copa foi fantástica.

Ainda tem as coisas a melhorar. Os preços continuam e vão continuar exorbitantes, a violência ainda preocupa, reclamações com os taxis e a falta de voluntários e funcionários bilingues. Motivos que também são de preocupação para o Rio 2016.

Além da ajuda de ter tido a Copa do Mundo dois anos antes, os Jogos do Rio também tem a seu favor a concentração dos esforços em uma só cidade. Vamos ter uma mudança, já que a Copa ferveu na Zona Sul, enquanto a Olimpíada vai ser na Zona Norte.

A Barra vai bombar. A rede hoteleira é limitada por lá. Muitos hotéis em construção e mesmo que alguns ainda façam a opção por ficar em Copacabana, a maior concentração vai ser mesmo na Barra.

O público olímpico é diferente do público da Copa. São esportes menos populares, é mais família, e também com melhores condições. Não vamos ter argentinos dormindo na praia ou extendo roupas no varal. Não vai ser necessário o estacionamento da Praça do Samba que virou um “trayler parque” para os velhos e sucateados carros que pararam por lá. É outro mundo.

A Copa, mesmo com este turismo barato, rendeu cerca de 8 bilhões de reais ao país. Deixou boa impressão internacional e todas as pesquisas indicam que todos querem voltar.

As obras a serem completadas tem um custo. Governos Federal, Estadual e Municipal, junto com o Comitê Rio 2016 precisam definir logo quem paga a conta e tocar o projeto adiante.

Agora é concentrar esforços, cumprir as promessas e estabelecer prioridades. O Brasil fez bonito na Copa e o Rio tem de fazer ainda melhor na Olimpíada.

Alex A. Pussieldi, editor chefe Best Swimming Inc.

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