Apenas duas provas individuais e dois revezamentos fecharam o último dia de eliminatórias deste Jogos Olímpicos Rio 2016, no Estádio Aquático Olímpico, e o Brasil teve a sua oportunidade de semifinal e final. Confira o resumão do dia 7 direto do Rio de Janeiro:
Clique aqui para ver os resultados completos da sessão
50 LIVRE FEMININO
Piorando 84 centésimos de sua melhor marca pessoal, de 2 anos atrás, Graciele Herrmann terminou em 40o., 25.60. Esta marca é ainda pior se comparada com sua longa carreira: ela já nadou 131 vezes a prova de 50m livre em piscina longa, e a marca obtida nesta Olimpíada é apenas a número 53 de sua carreira. Na série eliminatória posterior, Etiene Medeiros conseguiu fazer uma marca melhor, 24.82 (ela tem 24.55 dos Jogos Pan-Americanos), mas ficou torcendo contra os resultados da última série eliminatória vencida com surpresa pela dinamarquesa Pernille Blume, número 1 das semifinais com 24.23. Etiene entrou com o 16o. tempo. Francesca Halsall, bronze em Barcelona-2013, está com a segunda marca, 24.26, seguida da atual vice-campeã olímpica Aliaksandra Herasimenia, 24.42, e da atual campeã mundial Bronte Campbell, 24.45. A atual campeã olímpica está na semifinal, Ranomi Kromowidjojo é a 8a. colocada com 24.57. Recordista africana dos 100 livre, a egípcia Farida Osman superou também o recorde africano nesta prova, 24.91, mas ficou de fora das semifinais. Foi o único recorde continental desta tarde. Os efeitos do doping atingiram em cheio esta prova: a chinesa 4o. lugar nos 100 borboleta, Xinyi Chen, e a grega Theodora Giareni – esta última foi removida do balizamento antes da competição, já Chen foi retirada depois de anunciado o teste positivo ontem à tarde.
1500 LIVRE MASCULINO
A final era muito, muito difícil, senão impossível. Com o desempenho global da seleção brasileira afetando as performances individuais, selou o destino dos dois fundistas. Brandonn Almeida nadou pela 2a. vez e terminou sua primeira participação olímpica com 15:14.73, não muito distante de seu melhor pessoal, 15:11.70, do Pan-2015, e praticamente o mesmo tempo que fez na seletiva olímpica, 15:14.58. Terminou em 29o. lugar. Pior para o mineiro Miguel Leite Valente, que garantiu o índice olímpico na seletiva com 15:14.40 mas a partir dos 900 metros começou a perder ritmo, subindo até 31.97 numa parcial de 50m, e totalizando 15:22.57, 31o. lugar geral. O atual campeão mundial lidera a final: o italiano Gregorio Paltrinieri marcou 14:44.51 e duelou com o americano Connor Jaeger, com 14:45.75 na última série. Apenas os dois conseguiram se classificar para as finais, já que na série anterior o ritmo foi muito mais forte e mais disputado. Sun Yang, recordista mundial, fez um tiro de 400 livre. Depois foi aumentando o ritmo e praticamente deixou o corpo rolar por mais 1000 metros, terminando em 16o. com 15:01.97. O canadense Ryan Cochrane é o único representante do último pódio olímpico, já que Oussama Mellouli e Yang ficaram de fora. Aliás, de 2012, só os 3 sobreviveram na final de 2016: Cochrane, Jaeger e Paltrinieri.
PARCIAIS A CADA 500 METROS
BRANDONN: 5:02.87, 5:06.96, 5:04.90
MIGUEL: 5:01.89, 5:07.24, 5:13.44
4×100 MEDLEY FEMININO
Natalia de Luccas e Jhennifer Conceição foram as últimas estreantes da competição: Natalia abriu o revezamento para 1:01.93, e Jhennifer seguiu com 1:08.23. Depois veio Daynara de Paula, 58.18, e fechando Larissa Oliveira, 54.49. O tempo de Larissa foi bem melhor quando abriu o 4×100 livre para 55.54, e similar ao tempo da prova individual, 54.72. O tempo total, 4:02.83, ficou a apenas 31 centésimos do resultado do Pan-2015 quando ficaram em 3o. lugar, mas aquém do recorde sul-americano de 3:58.49 desde 2009. O time B das americanas lideram com 3:54.67, seguido do Canada, 3:56.80, e da Dinamarca, 3:56.98. Em todos os revezamentos temos muita mudança exceto para equipes mais enxutas como a brasileira, então os resultados das eliminatórias tornam-se bem diferentes do das finais. Melhores parciais nas eliminatórias foram para a canadense Kylie Masse no costas (58.66), para as americanas Katie Meili no peito (1:04.93) e Kelsi Worrell no borboleta (56.47), e para a dinamarquense Pernille Blume no livre (53.24). Duas equipes acabaram desclassificadas por queimarem a troca de atletas: França e República Tcheca.
4X100 MEDLEY MASCULINO
A última prova do programa olímpico, que terá final apenas amanhã (o feminino também), foi a última chance de final do Brasil, que classificou-se com pouca dificuldade marcando 3:32.96.
GUIDO: 53.96
FRANÇA: 59.64
MARTINS: 51.64
CHIERIGHINI: 47.72
A chance de medalha fica bem complicada. Guilherme Guido e Felipe França pioraram suas marcas “normais” de revezamento, enquanto que Henrique Martins e Marcelo Chierighini estão no roteiro normal. Aliás, esse foi o melhor tempo de Chierighini e Henrique na competição. Existe a dúvida para saber se entra João Gomes Jr no lugar de Felipe França, e só será decidido amanhã. O revezamento mais americano das Olimpíadas – 13 vitórias em 14 edições – caminha para sua 14a. vitória em 15 edições. Michael Phelps, Laszlo Cseh e Chad Le Clos foram poupados das eliminatórias, já que à noite eles terão a última prova individual deles para completar. O Japão, que não sai do pódio desde 2004, está com o 3o. tempo, 3:32.33, atrás dos EUA, 3:31.83, e da Grã-Bretanha, 3:30.47, estes nadando sem poupar, incluindo Adam Peaty que fez 57.49 na parcial de peito. Outras melhores parciais foram o americano David Plummer no costas (52.70), o australiano David Morgan no borboleta (51.25), e entre 8 que nadaram para 47 na parcial de livre, Marcelo Chierighini foi o mais rápido com seu 47.72. Depois de 36 anos, o Brasil está novamente representado numa final olímpico do 4×100 medley.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!