Que dia dos pais, em especial para o pai mais olímpico de todos os tempos, Michael Phelps, despedindo-se da natação – como nadador – aos 31 anos, 28 medalhas no total sendo 23 de ouro, isolado na história do esporte olímpico como o melhor de todos os tempos em tudo. Esse foi um resumo do oitavo e último dia de competição dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Estádio Aquático Olímpico:

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FINAL 50 LIVRE FEMININO

Etiene Medeiros durante final nos 50 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 13 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Etiene Medeiros durante final nos 50 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 13 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Etiene Medeiros tentou tudo, mas no meio da prova já estava entre o 5o. e 6o., aguardamos a reação que veio timidamente. Terminou a última chance de medalha do Brasil em provas individuais em 8a. com 24.69. A dinamarquesa Pernille Blume, que nunca subiu em um pódio internacional em provas individuais, apenas em revezamento, caminhou passo a passo sempre em primeira, chegando à final como zebra e vencendo, levando a primeira medalha da Dinamarca na competição com 24.07, 2 centésimos na frente da americana campeã dos 100 livre, Simone Manuel, e 4 centésimos da medalha de prata de Londres-2012, a bielorussa Aliaksandra Herasimenia. As irmãs Cate e Bronte Campbell saem só com as medalhas obtidas em provas de revezamento na bagagem. Ranomi Kromowidjojo, campeã olímpica em 2012, ficou em 6o. com 24.19.

FINAL 1500 LIVRE MASCULINO

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O italiano Gregorio Paltrinieri chegou há 2 dias no Rio de Janeiro: estava ainda treinando na Unisanta, local escolhido pela seleção italiano para aclimatação, tanto de natação quanto de maratonas aquáticas. Tomou a liderança a partir dos 150 metros e não desceu mais dela. A prova dele foi um relógio, uma máquina. Esteve até os 1350 metros à frente da linha do recorde mundial, mas sabendo do fim de prova de Sun Yang da Olimpíada passada, era difícil. E ali o tempo já não importava, como o próprio Paltrinieri declarou em entrevista pós-prova.
PALTRINIERI: 27.34, 28.97, 28.92, 28.84, 28.98, 29.14, 29.18, 29.33, 29.29, 29.28, 29.32, 29.31, 29.23, 29.28, 29.17, 29.39, 29.18, 29.39, 29.14, 29.43, 28.99, 29.27, 29.24, 29.46, 29.32, 29.56
PARCIAL 400 METROS: 3:50.70
PARCIAL 800 METROS: 7:44.97
Na marca dos 400 metros, 5 atletas estava na disputa pelo pódio, mas na altura dos 800 o americano Connor Jaeger já deu sinais de que a prata seria dele. Levou a medalha com novo recorde americano de 14:39.48, seguido de outro italiano e companheiro de treinamentos, Gabriele Detti, com 14:40.86. Os dois são o orgulho do técnico Stefano Morini, adepto dos treinamentos em altitude, em especial os de La Loma, no México.

FINAL 4X100 MEDLEY FEMININO

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A última medalha de ouro feminina foi dos EUA, mas o último recorde feminino foi das dinamarquesas, europeu, 3:55.01. No meio das duas, as australianas. A veterana Dana Vollmer fez a diferença para a equipe americana com seu parcial 56.00, tomando a liderança que estava com a Rússia, abrindo mais de 1 segundo das adversárias e entregando para Simone Manuel conquistar sua 4a. medalha na competição, 2a. em revezamento, com 3:53.13. O nado peito, que antes trouxe muitas medalhas com Leisel Jones e companhia, agora foi o calcanhar de aquiles da equipe, que contou com a recuperação de Cate Campbell para passar de 6o. lugar para 2o. Para as dinamarquesas, muito choro no final. Jeanette Ottensen, vice-campeã mundial dos 100 borboleta em Kazan-2015, conseguiu sua única medalha olímpica, e Pernille Blume, empurrada pelo ouro nos 50 livre obtido meia hora atrás, segurou as chinesas que estavam a 22 centésimos do bronze quando caiu n’água.
EUA: Katheleen Baker, 59.00, Lilly King, 1:05.70, Dana Vollmer, 56.00, Simone Manuel, 52.43
AUS: Emily Seebohm, 58.83, Taylor McKeown, 1:07.05, Emma McKeon, 56.95, Cate Campbell, 52.17
DEN: Mie Nielsen, 58.75, Rikke Pedersen, 1:06.62, Jeanette Ottensen, 56.43, Pernille Blume, 53.21

FINAL 4X100 MEDLEY MASCULINO

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Três recordes na prova. Ryan Murphy cumpriu o que Aaron Peirsol, presente como espectador, anunciou no dia da final dos 100 costas: esse recorde mundial irá cair. Ryan Murphy e Peirsol são os únicos a nadar abaixo dos 52 segundos. Murphy marcou 51.85 (25.13), novo recorde mundial e olímpico. A Grã-Bretanha estava em 6o. lugar quando caiu o fenômeno Adam Peaty. Depois de 5 dias sem competir, ele retornou e marcou nada menos que 56.59 (26.09), a melhor parcial de peito da história e talvez a melhor performance em revezamentos da história, colocando a equipe em 1o. lugar com 61 centésimos de vantagem em cima dos americanos. Aí veio Michael Phelps fazendo o que Michael Phelps já fez em Londres e Beijing: marcou 50.33, mais de 1 segundo de vantagem sobre James Guy, deixando a liderança para Nathan Adrian que fez a segunda melhor parcial de crawl entre os finalistas, 46.74. Resultado: novo recorde olímpico, 3:27.95, e 14a. vez em 15 que os Estados Unidos vencem esta prova na história. A Grã-Bretanha comemorou demais a medalha de prata, a segunda medalha na história do país nesta prova, batendo os australianos, que contaram com Kyle Chalmers fechando para 46.72, a melhor parcial de crawl entre os finalistas.
EUA: Ryan Murphy, 51.85, Cody Miller, 59.03, Michael Phelps, 50.33, Nathan Adrian, 46.74
GBR: Chris Walker-Hebborn, 53.68, Adam Peaty, 56.59, James Guy, 51.35, Duncan Scott, 47.62
AUS: Mitchell Larkin, 53.19, Jake Packard, 58.84, David Morgan, 51.18, Kyle Chalmers, 46.72
O Brasil terminou na 7a. posição, mas como a China que havia ficado em 6o. foi desclassificada, subiu para a 6a. colocação, 3:32.84, com destaque para a parcial de João Gomes Jr, que substituiu Felipe França, marcando a parcial de peito para 58.59:
GUILHERME GUIDO, 25.71, 54.23
JOÃO GOMES JR, 26.65, 58.59
HENRIQUE MARTINS, 23.63, 51.52
MARCELO CHIERIGHINI, 22.35, 48.50
Cody Miller passou mal depois da prova, chegou a desmaiar, o que atrasou a cerimônia de premiação em mais de 30 minutos.

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