Material produzido pelo jornal Estado de São Paulo com a controvérsia da decisão de inelegibilidade paralímpica de André Brasil.
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Coach, o caso do André demonstra o quão precário e injusto é o sistema de avaliação na natação paralímpica. Tive um filho, falecido há 9 anos e 2 meses, que foi nadador paralímpico e fez a sua classificação em Sheffield na Inglaterra, na época levei um vasto relatório, traduzido para o inglês, feito por diversos médicos que o acompanhavam, neurologista, ortopedista, urologista, fisioterapeuta. Todo esse material não foi visto pela avaliadora australiana, que se recusou terminantemente a ver. Na época o Clodoaldo Silva era classificado como S4, ele caminhava até o bloco de partida, saia de cima do bloco e tinha uma boa coordenação. O meu filho tinha uma enorme contração pélvica que causava uma hiperlordose, por conta disso tinha uma angulação das pernas nadando de mais de 30 graus o que causava um arrasto hidro dinâmico muito grande. Não tinha nenhuma sensibilidade nem movimento abaixo dos joelhos. Comprometimento neurológico e só se locomovia com cadeira de rodas.
Apesar de todo o quadro descrito foi classificado como S7, um tremendo absurdo.
Ele competiu por alguns anos com muita garra e determinação, claro que por conta desse erro os resultados nunca foram muito expressivos.
Fui nadador, amo o esporte e o sigo com muito interesse e entusiasmo até hoje, mas realmente acho que enquanto não melhorar a forma de avaliação dos nadadores paralímpicos infinitas injustiças serão feitas tirando, a meu ver, o brilho do esporte, infelizmente.