Não tem clima, não faz sentido.

O Comitê Tóquio 2020 está numa sinuca de bico, ou traduzindo, sem saída.

Quinta-feira, na cidade de Fukushima, a mesma que em 2011 sofreu um acidente nuclear, está marcada o início dos 121 dias do revezamento da tocha olímpica. A tradição iniciada desde os Jogos de 1936, desta vez vai percorrer todo o território japonês carregada por 10 mil atletas e personalidades passando por 859 cidades de 47 estados.

Até aí, tudo bem. O problema começa com a crise do Coronavírus que, por decisão do Ministério da Saúde, proibiu todos os eventos paralelos a passagem da tocha. Até mesmo um desfile da tocha, ao invés do revezamento, começa a ser discutido.

Os problemas se incrementaram com algumas desistências de carregadores da tocha. A primeira seria a jogadora de futebol Nahomi Kawasumi de 34 anos de idade. Jogadora do Sky Blue FC nos Estados Unidos, Kawasumi estava no time campeão da Copa do Mundo de 2011, vice campeão olímpico em Londres em 2012 e vice campeã da Copa do Mundo de 2015. Alegando preocupação com o Coronavírus, ela abdicou de iniciar o revezamento. E não foi a única, pois na sequência, outra jogadora de futebol, Yuri Nagasato, que agradeceu pelo Twitter e mostrando preocupação com o vírus.

Para piorar, até mesmo a imprensa local apontou que o J Village National Soccer Center, em Fukushima, ainda apresenta níveis de radioatividade acima do normal.

A mudança de data dos Jogos Olímpicos é inevitável e será anunciada nos próximos dias. Cancela logo tudo e fazemos esta festa bonita no próximo ano.

ATUALIZAÇÃO – 

Momentos após a publicação do post, a imprensa japonesa está confirmando que não haverá o revezamento, mas um tour de carro com a tocha pelo circuito montado pela organização. 

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