O esporte universitário sempre foi reconhecido como o “segredo” do esporte americano. Um sistema bem organizado, estruturado, com boa cobertura de mídia e investimento da iniciativa privada com patrocínios e polpudos rendimentos da TV.
Com a crise da Pandemia do Coronavírus, um ajuste está sendo feito e terá impacto direto no sistema NCAA, mas ainda mais nos esportes “menos populares”.
O basquete é o esporte com maior participação dentro do sistema do NCAA. S˜AO 349 equipes femininas e 351 masculinas. A grande verba, entretanto, vem do futebol americano onde 129 times disputam a divisão principal. Atletismo é amplamente praticado em 330 equipes femininas e 286 masculinas universitárias. Natação caiu bastante nos últimos anos, mas ainda mantém números expressivos de 133 equipes masculinas e 195 femininas.
Os “primos pobres” vem com esgrima masculina (21) e feminina (26), ginástica masculina (15), tiro esportivo masculino (18) e feminino (24), vôlei masculino 22), polo aquático masculino (25) e feminino (33). Estes são os que mais correm riscos de cortes, em orçamentos e aí incluindo competições, viagens, e o pior de tudo, bolsas esportivas.
A diferença entre modalidades esportivas femininas serem oferecidas em maior número do que as masculinas é para compensar o futebol americano, modalidade apenas disputada pelos homens e que tem mais de 90 bolsas universitárias por equipe. Nos Estados Unidos, uma lei, Title IX, ainda da década de 70, determina que “oportunidades iguais devem ser oferecidas a ambos os sexos”, forçando um incremento nas oportunidades para as mulheres em outros esportes para equilibrar os números do futebol americano.
A temporada universitária do NCAA deste ano foi toda cancelada. A entidade ainda discute com as conferências quando e a forma que as competições serão retomadas a partir do próximo ano letivo que começa no final de agosto.
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