Ele é jovem, completou 20 anos de idade em fevereiro, mas mostra uma consciência e maturidade incrível. Fiquei muito impressionado com a entrevista do nadador húngaro Kristof Milak que inclusive é capa no principal jornal esportivo de seu país, o Nemzeti Sport.

 

 

Na capa, “Fiatal vagyo, élni szeretnék” quer dizer “eu sou jovem, quero viver” é um grande título para o que Milak expressa na entrevista bastante reveladora. É um dos primeiros grandes nadadores do mundo que vislumbra a mudança dos Jogos Olímpicos de 2020 para 2021 como algo positivo, “vou ter mais tempo” diz ele.

Milak também descreve a pressão e a cobrança que tem recebido pelas conquistas. E até “se diz cansado” pelas recentes temporadas.

Kristof Milak apareceu para o mundo em 2017. Na época, ele já havia feito um grande Campeonato Húngaro e alcançou o melhor tempo do mundo nos 200 borboleta. Com apenas 17 anos de idade, a Federação Húngara não lhe deu a vaga da prova para o Campeonato Mundial. Optou por reservá-la para o ídolo nacional Laszlo Cseh e o medalhista de bronze olímpico da prova Tamas Kenderesi que foram batidos por Milak no Campeonato Nacional.

Milak ganhou a vaga dos 100 borboleta e não decepcionou, foi prata, perdeu apenas para Caeleb Dressel. Meses depois, era o melhor nadador do Campeonato Mundial Júnior vencendo todas as cinco provas que praticipou. Em 2018, ganhou o primeiro título europeu e voltou a brilhar nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, três ouros e uma prata.

O ano passado, temporada que ele define como “a mais dura de todas”, foi campeão mundial dos 200 borboleta quebrando um dos últimos recordes que Michael Phelps ainda mantinha.

Encontrar aspectos positivos nas dificuldades é uma arte. E Milak mostra muita maturidade nas suas declarações. Se diz jovem, e inclusive tem treinado de forma leve, além de já prever que vai ter férias em agosto.

Attila Selmeci é o técnico de Milak e na entrevista, ele menciona que chegaram a ter algumas desavenças, mas agora está tudo sob controle.

Para quem quiser ver a entrevista publicada no site do Nemzeti Sport (a versão impressa é um pouco mais extensa) pode conferir clicando aqui.

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