Thomas Bach a caminho da reeleição no COI, oposição maior está na mídia

Na primeira sessão em teleconferência do Comitê Olímpico Internacional ontem, o alemão Thomas Bach anunciou a sua candidatura a reeleição a frente do COI. Bach foi eleito em 2013, para um termo de oito anos com 49 votos, 20 a mais do que o porto-riquenho Richard Carrión, segundo colocado.

Seu mandato vai até o próximo ano, e pelo que se viu o apoio dos membros vai ser maciço. Clicando aqui você pode conferir os depoimentos na sessão de ontem, foram todos de aprovação para a continuação de seu trabalho.

Pelas regras do COI, o segundo mandato não poderá ser de oito anos, como o primeiro, mas apenas quatro.

Bach é o primeiro Presidente do COI que foi medalhista de ouro olímpico. Ele é integrante do Comitê desde os 37 anos de idade e antes da presidência esteve como 11 nos atuando como vice presidente. Durante o seu mandato, a crise do doping da Rússia é considerado seu maior desafio e também onde se concentram as maiores críticas. Também durante estes sete anos aconteceram dois dos Jogos Olímpicos mais controversos nas suas organizações, os Jogos de Inverno de Sochi em 2014 e a Olimpíada do Rio em 2016.

Entre os aspectos positivos da Presidência de Bach foi a criação do projeto 2020 com uma série de procedimentos na gestão da entidade, além da nomeação dos Jogos Olímpicos de 2024 e 2028, respectivamente para Paris e Los Angeles, na mesma votação. Outro fator em destaque foi a renovação do contrato de televisionamento dos Jogos com a rede americana da NBC até 2032. É o maior montante já pago em transmissão esportiva no mundo.

Em 126 anos de existência do Comitê Olímpico Internacional, o COI teve apenas nove presidentes. O colégio eleitoral é formado pelos integrantes do Comitê que são eleitos pelos outros membros. Bach possui grande popularidade entre estes membros e qualquer candidatura que venha a ser apresentada terá chances remotíssimas de batê-lo.

A oposição de Bach está mesmo na imprensa. Grande parte da imprensa internacional especializada no movimento olímpico apoia sua forma de gestão controladora e pouco transparente.