O jornal Washington Post publicou esta semana um artigo (link) que relata o corte de esportes “não-rentáveis” das universidades americanas vai causar impacto direto no desempenho olímpico dos Estados Unidos. É a mais pura verdade!

As universidades americanas, até mesmo as mais poderosas, foram impactadas pela crise da Pandemia. Stanford, uma das maiores referências acadêmicas e atléticas do NCAA cortou um total de 11 modalidades esportivas de seu programa. Isso representa corte de bolsas, fim das equipes competitivas, demissão de treinadores e funcionários.

Numa análise da equipe olímpica dos Estados Unidos nos Jogos do Rio 2016, dos 558 atletas participantes, 80% ou eram alunos ou ex-alunos das universidades do sistema NCAA. Stanford, era a líder neste nesta estatística com 29 atletas que conquistaram 27 medalhas. Algumas delas, em quatro das 11 modalidades que cortou para esta temporada. Outros 10 atletas estrangeiros presentes na Olimpíada do Rio também foram alunos de Stanford, incluindo a medalhista de ouro no salto com vara Ekaterini Stefanidi da Grécia.

O impacto do esporte universitário no sucesso olímpico dos Estados Unidos é inegável. Da equipe de atletismo que esteve na Olimpíada, apenas 4 dos 129 atletas não foram atletas-estudantes do NCAA. Na natação apenas um dos 47 nadadores, e ainda tivemos oito esportes onde 100% dos atletas eram formados por atletas-estudantes universitários.

No artigo do Washington Post fica evidente que as universidades perderam renda durante a Pandemia e a consequência foram estes cortes. Só nesta Pandemia foram três programas de natação cancelados.

Os departamentos atléticos das universidades possuem como renda o valor pago pelas transmissões de televisão do futebol americano e do basquete masculino, além de venda de ingressos e produtos licenciados. Isso sem falar das doações dos chamados “alumnis”, que são os ex-alunos, contribuindo com milhões de dólares todos os anos para as universidades onde se formaram.

A temporada 2020/2021 do NCAA começa no final deste mês com as primeiras rodadas do futebol americano, embora a retomada receba algumas críticas expondo atletas-estudantes ao risco do contágio do Coronavírus.

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