Postagem feita nas redes sociais da Federação Aquática do Rio de Janeiro em três partes com o texto abaixo:

“Para todos os amigos e colaboradores que se preocuparam e se preocupam até hoje com a nossa FARJ, eu venho agradecer infinitamente. Há alguns anos, nós assumimos a Federação em uma situação extremamente difícil, devendo aproximadamente um valor de 7 milhões de reais e com a colaboração de todos vocês essa dívida, hoje, não chega a 600 mil reais. Esse débito já foi negociado com o governo e até antes do início da pandemia estávamos conseguindo manter todas as pendências em dia, honrando com todos os nossos compromissos e mantendo a FARJ em nível bem alto no quesito financeiro, técnico e administrativo.
Quando a nossa diretoria assumiu a Federação, tínhamos um total de 1.100 atletas e hoje é com muita satisfação que informo a vocês que temos 2.100 atletas federados e 950 atletas não federados. No quesito competições, tínhamos um total de 23 a 25 eventos por ano e agora estamos à beira de 80 a 85 eventos por ano. Também conseguimos retornar com os campeonatos da região da Baixada, Niterói e Campos. Conseguimos melhorar as etapas da região Sul-Fluminense. Tínhamos 20 clubes, pois se bem me lembro ganhamos a eleição de 11 a 9 votos e hoje estamos entre 22 a 26 clubes federados e com aproximadamente 85 clubes não federados. Isso só prova que nosso trabalho vem dando certo dia a pós dia no interior do estado do Rio de Janeiro.
Quando chegamos a FARJ era notável o desanimo generalizado de atletas, treinadores, dirigentes e pais, porém hoje conseguimos construir uma corrente muito forte de união. Foi essa união que fez a nossa Federação sair da posição de penúltimo lugar para segundo lugar de todo o Brasil e a ideia éramos chegar em primeiro lugar até o final desse ano. Conseguimos notar a melhora na qualidade dos nossos atletas, tivemos mudanças de treinadores entre clubes (algo que não víamos há bastante tempo), melhoramos a nossa participação em Mococa e não poderia deixar de expressar a minha alegria com as participações dos pais que não mediram esforços para tornar possível a participação de seus filhos na seleção do Rio de Janeiro.

O calendário também foi adaptado para que todos os atletas pudessem competir pelo menos uma vez ao mês mostrando seus desempenhos técnicos, força e qualidade. Tivemos a participação dos atletas de Mirim e Petiz no Sudeste, o que gerou colocações em pódios em todos os anos da nossa gestão, seja campeão, vice-campeão ou terceiro lugar.
Melhoramos e voltamos a posição da pirâmide original (sendo a base sempre maior: mirim com um número maior do que o petiz, o petiz com um número maior do que o infantil e assim sucessivamente). Resgatamos, com muito sucesso, a festa de premiação de fim de ano, com a entrega do prêmio ao melhor Head Coach (com a entrega de um anel de ouro similar ao modelo Americano), a premiação para os atletas mais eficientes (que tem como resultado o fato da natação ser um sucesso, com atletas com vontade de competir sempre).Conseguimos também ajudar nossos treinadores, aqueles que tem filhos no esporte, isentando-os de todas as taxas, como forma de incentivo pelo trabalho que vem sendo realizado com muito esforço e muito carinho. Não podemos deixar de falar das 8 bolsas de estudo do curso ASCA que disponibilizamos anualmente.
Retornamos com as Maratonas Aquáticas, que estava parada há muito tempo. Assim foi feito também com o Nado Artístico, que foi um sucesso no último ano, com o aumento no número de atletas, eventos, participação das treinadoras que não pouparam esforços junto a FARJ e aos pais que prestigiaram as competições e implantamos uma premiação para as treinadoras em dinheiro na festa de fim de ano. Agora, vamos em busca da retomada dos Saltos Ornamentais, que no Rio de Janeiro ainda há dificuldades, pois o desenvolvimento do esporte é baixo, mas gostaríamos de parabenizar a filiada Fluminense FC que mesmo com toda dificuldade ainda mantem esse esporte ativo. E por fim o Polo Aquático, que estamos ajustando as peças para que ele seja mais forte do que já é dentro do Rio de janeiro.

Outro fator importante, é que conseguimos liquidar várias dívidas trabalhistas, indenizamos todos os profissionais que, infelizmente, não tivemos mais condições de manter por conta do número baixo de atletas. Mantivemos ativos todo um quadro de arbitragem que puderam treinar durante todo o ano, com no mínimo quatro eventos por mês, e hoje temos o numero de aproximadamente 90 árbitros treinados, que considero o melhor quadro de arbitragem do Brasil, tanto de qualidade técnica, atenção e não menos importante a união entre eles. Conseguimos, com bastante diálogo, resgatar amizades que por algum motivo foi abalada no passado, mas que no presente todos já entenderam que precisamos andar para o mesmo lado.
Com a criação do troféu celebridade nós melhoramos o desempenho e a participação dos clubes em nossas etapas, foi melhorado também as medalhas para que nossos atletas ficassem satisfeitos em suas premiações e não esquecendo que conseguimos quitar uma dívida de aproximadamente 60 mil reais de medalhas em atraso. Na categoria Master essa melhora ficou evidente, comparando o começo do nosso trabalho com os dias atuais vimos o número de atletas aumentar consideravelmente.
Devido todas essas ações nossa Federação a cada dia que passa fica mais forte. Ainda temos algumas pendencias financeiras que estamos resolvendo com a cessão de uma das salas que não fazemos uso. Hoje estamos trabalhando para o retorno das competições, já solicitei aos treinadores que façam uma pesquisa junto a vocês sobre a opinião ao retorno aos eventos. De acordo com a resposta dessa pesquisa irei junto aos órgãos competentes viabilizar a nossa retomada seguindo com todos os protocolos estabelecidos.
Por fim agradeço a cada um de vocês por sempre estarem dispostos a colaborar para mantermos, juntos, a FARJ em funcionamento.”

Federação Aquática do Rio de Janeiro

NOTA DO BLOG:
No primeiro dia que encontrei com o Presidente Celso de Oliveira, semanas após ser eleito, estive numa competição e ao cumprimentá-lo mencionei se não sabia se dava os parabéns ou os pêsames. Ele, treinador de excelente retrospecto, empresário e administrador agora enfrentava um desafio ainda maior. Uma entidade falida, inchada, com uma folha salarial impossível de ser cumprida, dívidas e mais dívidas. Pouca gente nadando, e um desânimo geral.

Este quadro foi se modificando radicalmente. Foram necessárias medidas duras, pouco populares, mas muito necessárias. O apoio da comunidade foi determinante e a FARJ sobreviveu, mais do que isso, vive uma nova fase.

Sou testemunha de tudo isso e deixo aqui os meus cumprimentos a diretoria, ao grupo de pais, clubes, dirigentes e toda comunidade aquática do Rio de Janeiro.

1 responder
  1. Eduardo Fernandes Villalba Alvim
    Eduardo Fernandes Villalba Alvim says:

    Parabenizo a todos que ajudaram nessa recuperação da nossa natação. Me sinto muito feliz, em saber que a dívida que tanto atrapalhou nosso dia a dia e nosso desenvolvimento, está chegando ao final. Mas, acho que não podemos esmorecer, atravessamos, no momento, muitas dificuldades, um período que é inédito, para todos que lidam com a natação, não só a nossa, como de todo o mundo. A pandemia nos faz repensar tudo, não apenas calendário, mas tudo que se relaciona à pr´[atica do esporte de competição, tão dependente de incentivo e tão carente de apoio. Precisamos lembrar que não podemos e nem devemos “afrouxar a corda”, precisamos manter a mesma ou ainda maior disposição, para continuar saindo do caos, que se tornou nosso esporte. Valeu Celso, por sua disposição em corrigir e tentar salvar nossa federação, obrigado por tua dedicação, por teu empenho, que muitas vezes, eu mesmo cobrei, mas que com diálogo e muita cooperação e colaboração, de pais, atletas e amigos, dirigentes, técnicos e pessoas que amam a natação, foi superando os obstáculos e conseguindo o crescimento, que a natação do nosso estado merece e precisa. Estamos juntos, para ajudar naquilo que nos for possível. Saudações, Dudu Saquarema.

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