Uma melhora, mas muita coisa para melhorar na situação econômica da CBDA

Independente do resultado da eleição e a nova gestão da CBDA que vem após o pleito de dezembro, a situação econômica da entidade ainda desperta muitos cuidados. Mesmo num ano de Pandemia e sem eventos, que são os maiores geradores de recursos, a CBDA conseguiu bons e significativos avanços em 2020.
O problema é que o “problema” é grande, e ainda longe de solução.
Falando em números, a dívida total de CBDA em 2019 era de 17 milhões de reais. Atualmente, a entidade conseguiu uma redução significativa, mesmo neste ano diferente, para 13,48 milhões. Deste total, cerca de 10 milhões é referente a prestações de contas incorretas com o COB e uma multa aos Correios. Ambas dívidas estão em negociação, o que diminui a dívida para pouco mais de 3 milhões de reais.
Outro fator positivo recente foi a melhora da nota de Gestão & Transparência do COB. É um sistema criado que gerencia todas as confederações esportivas atribuindo notas ao grau de qualidade não só de resultados, mas de gestão. A CBDA sob a nova gestão em outubro de 2019 ocupava a posição de 31a com a nota de 2,97. No recente relatório divulgado pelo COB, a CBDA foi a confederação que mais melhorou sua nota, pulou para a 21a posição e com o grau 7,87.
Ainda não é o suficiente, e muito longe do ideal, mas foi um avanço bastante significativo e que de forma imediata traz um aumento de verba anual superior a 700 mil reais para a próxima temporada. A CBDA ocupa a posição número 9 entre as confederações nos recursos distribuídos pelo COB. Para 2021, serão 5.188.253,23. Na nossa frente estão pela ordem: judô, vôlei, ginástica, boxe, vela, canoagem, atletismo e taekwondo.
O contrato da CBDA com a Globosat ainda é outra situação que merece destaque. Depois de um rompimento unilateral, as duas partes conseguiram chegar a um acordo e os valores voltaram a ser pagos, sendo que descontados os cinco meses de litígio e sem eventos. Uma pena que a tendência é de que não seja renovado.
Cada vez maior a probabilidade da transição das transmissões de natação para o plano digital, sem Globo.
O potencial dos esportes aquáticos é tremendo, os danos causados em gestões anteriores ainda vai demorar um bom tempo para ser reparado. Tivemos uma melhora, mas ainda precisamos melhorar muito. É aquela história de contente, mas não satisfeito.
Tem um link postado no site da CBDA que detalha um pouco mais deste assunto aqui abordado: (link)