Deve ter sido o liquidificador!!!

Sério, é verdade e assim foi apresentado.
Esta entra para mais uma das desculpas bizarras dos atletas que testam dopado e suas respectivas desculpas e alegações nos processos de defesa. Estamos falando da nadadora velocista australiana Shayna Jack que foi suspensa por dois anos e teve a sua punição reduzida para dois anos pelo Tribunal da Corte Suprema do Esporte CAS/TAS.
No processo de defesa, Jack e sua equipe de advogados não apresentou elementos que comprovavam como a substância proibida Ligandrol entrou no seu corpo e por isso a pena de dois anos de suspensão por negligência, embora a Corte tenha reconhecido a não-intencionalidade na ingestão da substância.
Shayna Jack e seu grupo de defesa foram muito incisivos na sua inocência e trouxeram até depoimentos de companheiros de equipe, como Cate Campbell e seu treinador Dean Boxall. O que chamou a atenção são os argumentos de como o Ligandrol teria entrado no seu corpo.
O primeiro argumento, o mais tradicional e comum nestes casos, foi apontar uma contaminação de algum suplemento que a nadadora ingeriu. O segundo foi indicar que talvez uma possível contaminação ao usar o banheiro ou a academia de musculação dos locais onde teria treinado. E o terceiro, o mais incrível de todos, o liquidificador, isso mesmo, o aparelho que poderia ter sido usado pelo irmão ou namorado em substância que teria a presença do Ligandrol.
CAS/TAS reduziu a pena de quatro para dois anos, sem apontar de forma adequada e precisa a ingestão da substância, Shayna Jack é responsável e paga pela negligência da presença do Ligandrol em seu organismo. A nadadora comemorou nas redes sociais indicando que conseguiu comprovar sua inocência e mesmo podendo voltar a treinar/competir em julho de 2021 estará fora dos Jogos Olímpicos de 2021.
O liquidificador não foi julgado.
Aqui você pode conferir a matéria da imprensa australiana sobre o caso (link) e aqui o processo de julgamento do CAS/TAS (link).