O risco da Itália ficar sem hino e sem bandeira em Tóquio 2020

O risco existe e vai ser analisado na reunião do Comitê Executivo do COI em reunião do dia 27 de janeiro. O que está pegando é uma nova lei aprovada pelo Parlamento Italiano que determina uma nova política na gestão e distribuição de recursos no país por um órgão governamental recém criado “Sport & Salute”.

Pelo regimento do COI e de todas as federações internacionais do esporte, não pode haver interferência governamental nas entidades esportivas que devem ter seus próprios órgãos e regras reguladoras.

O CONI, Comitê Olímpico Italiano, já foi comunicado a respeito desde quando a Itália ganhou os direitos de sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026 que acontecerão em Milão e Cortina D’Ampezzo. Mesmo assim, o Ministro do Esporte da Itália, Vincenzo Spadafora discorda da interpretação do COI e diz que o “esporte italiano” segue independente sem interferência governamental.

Em setembro, o Presidente do COI, Thomas Bach fez uma declaração colocando a Itália em alerta para o risco caso nenhuma medida seja tomada.

O Presidente do CONI, Giovanni Malagó, fez um apelo direto ao Presidente Italiano Giuseppe Conte para revogar a lei estabelecida em 2018 e que pode comprometer e prejudicar a Itália nos eventos esportivos internacionais.

Tal tipo de situação não é inédita no movimento olímpico. Nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o Kuwait competiu sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional e quando seu atirador Fehaid Al-Deehani venceu a medalha de ouro o hino olímpico foi executado na cerimônia de premiação.

A Itália ganhou um total de 28 medalhas na Olimpíada do Rio sendo oito de ouro. Seria uma pena não podermos escutar esta maravilha de hino na sua próxima participação em Tóquio. Para mim, o mais empolgante de todos os hinos nacionais.