Escalação de revezamento correta é a que ganha, a que perde é a que pode estar errada. Escalar revezamento é responsabilidade dos treinadores que precisam olhar para seus atletas e escolher entre as opções aquelas que mais se enquadram dentro das necessidades e metas da equipe.

Nesta Olimpíada já tivemos três episódios de escalações de revezamento contestáveis, mas em especial duas, a dos Estados Unidos ontem, e da Austrália hoje chamaram mais a atenção.

Antes disso, foi a Grã-Bretanha ter poupado Duncan Scott, melhor nadador de 100 livre do país das eliminatórias do revezamento 4×100 livre. A equipe ficou em oitavo e fora da final.

Ontem, o time americano ficou de fora do pódio pela primeira vez na história da Olimpíada no revezamento 4×200 metros nado livre. A primeira contestação começou antes mesmo da prova ser iniciada ao serem anunciados os nomes e a ausência de Caeleb Dressel da equipe.

Dressel nadou apenas as eliminatórias da Seletiva Olímpica americana ficando em quarto lugar, mas ao sair da prova na semifinal, perde o direito de uma das vagas do revezamento.Ele poderia ser escalado por uma decisão técnica da comissão técnica, mas não aconteceu.

Dave Durden, o head coach da equipe optou por Zach Apple que havia sido quinto colocado na seletiva e nadou a semifinal dos 100 livre momentos antes do revezamento.

Até Michael Phelps reclamou da escalação em sua participação na transmissão da rede NBC. Para Phelps, “Dressel é hoje o melhor nadador do mundo de 200 livre”.

Hoje foi a vez da Austrália. O revezamento 4×200 livre feminino, diferente do time americano no masculino, era muito, mas muito favorito. A primeira decisão foi não dar chance a nenhuma das nadadoras que participou das eliminatórias estar presente na final. Isso foi comunicado antes delas mesmo nadarem, seria um time totalmente novo, quatro nadadoras diferentes.

A decisão nem considerou o excelente tempo da jovem Mollie O’Callagham que bateu o recorde mundial júnior dos 200 livre na abertura das eliminatórias com 1:55.11. Além disso, o time foi escalado para nadar do mais forte para a mais fraca. Com Ariarne Titmus, Emma McKeon, Madi Wilson e Leah Neale, a equipe acabou terminando em terceiro lugar.

Interpelados pela imprensa australiana, o head coach da equipe Rohan Taylor disse que a estratégia dos revezamentos é algo que vem sendo treinado e planejado há dois anos. Na transmissão da TV australiana os ex-nadadores Ian Thorpe e Gian Rooney não pouparam críticas a decisão dos técnicos.

3 respostas
  1. Pimenta
    Pimenta says:

    É possível que o Dressel conseguisse colocar o rev americano no pódio…mas “melhor nadador de 200L do mundo” foi um pouco demais né Phelps!!! 200L era uma prova sem favoritos mas não creio q Dressel venceria essa prova

  2. Hendrix Pontes
    Hendrix Pontes says:

    Foi um erro que custou carissimo, Mollie merecia ter nadado esse rev, iria incendiar a equipe das multi-campeas Arnie e Emma com seu vigor se abrisse de novo. Ja sobre o masculino, nao acho que faria a menor diferenca para os US. Penso ate que gracas a essa nao-participacao no 4x200m Dressel venceu o 100 livre por 6 centesimos. Phelps esquece que nem todos sao sobrenaturais como ele….rs

  3. Sandro
    Sandro says:

    Hoje eu quero ver Adam Peaty fazer história ganhando o primeiro Ouro Olímpico do 4×100 medley misto!!!

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