Ontem, após a conquista do ouro de Ana Marcela Cunha nos 10K das águas abertas entrevistei o Vice Presidente da CBDA Renato Cordani que aqui também é o chefe da delegação aquática em Tóquio. Com a medalha de ouro de Ana Marcela, somada aos dois bronzes de Fernando Scheffer e Bruno Fratus, a natação brasileira conquistou sua melhor campanha na história olímpica.
Três medalhas se iguala a conquista de Atlanta 1996, quando foram uma prata e duas medalhas de bronze. O melhor rendimento de ouros foi em Beijing 2008, um ouro e um bronze. Agora, um ouro e dois bronzes.
Em meio ao balanço que foi feito na reportagem que vai ao ar em breve na Swim Channel, Cordani revelou qual é o problema da entidade. Ao final do mês ele tem que pagar nove funcionários da entidade e não tem dinheiro em caixa!
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos pode sair de Tóquio como a mais premiada desta Olimpíada e não tem patrocínios, não tem suporte, não tem sustentabilidade. Ainda pagamos pela irresponsabilidade administrativa de gestões passadas e que nos deixaram um legado quase que impossível de ser pago, de ser superado.
O ouro, os dois bronzes, as três medalhas precisam ser comemoradas, mas o que ainda estamos pagando jamais poderá ser esquecido, jamais.
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