Andrew Abruzzo, 23 anos de idade, anunciou a sua aposentadoria da natação ao final do NCAA onde completou o seu quinto ano de participação pela Universidade da Geórgia no NCAA. Através da sua conta de Instagram, como parece que virou padrão, Abruzzo faz aquele agradecimento, cita todos os valores do esporte e parte para novos desafios.
Abruzzo apareceu na Seleção Júnior Americana. Em 2017, no Mundial de Indianápolis, ele foi uma das estrelas, venceu três provas, 400, 800 e 1500 livre. Dois anos depois estava nos Jogos Pan Americanos onde foi campeão dos 400 e 800 livre.
Embora estejamos na segunda temporada onde a nova regra do NCAA permite os patrocínios individuais e premiações em dinheiro para os atletas universitários, a natação americana está longe de ser profissional, muito longe.
Com exceção das grandes estrelas, e embora poucas, estas ganham bem, muito bem, o resto não ganha praticamente nada.
Andrew Abruzzo teve uma formação acadêmica muito boa. Terminou o seu curso de Finanças na Universidade da Geórgia e agora faz um mestrado em Administração Analítica. A realidade de Abruzzo representa muito do que é a natação americana atual e a perspectiva profissional que se vislumbra.
Com o perfil que Abruzzo adquiriu na sua educação e o que a natação pode lhe dar, parar aos 23 anos de idade é a melhor coisa que ele pode fazer. Diferente do que possa parecer, nadar nos Estados Unidos não dá dinheiro.
Ainda vale lembrar que 24 anos é a idade média de um finalista olímpico desde Sydney 2000. O que, teoricamente, Abruzzo não chegou ao pico da sua carreira de performance. Entretanto, não duvido que em Paris 2024, assistindo a Olimpíada de casa, ele já esteja com uma perspectiva milionária na carreira profissional.