O esporte paralímpico é maravilhoso, realmente muito especial. Oportunidade e integração de uma geração de pessoas que estariam por completo alijadas do esporte e da prática esportiva. Entretanto, um de seus problemas, é pouco abordado, relatado e divulgado.

Na busca de resultados, existem casos (e não são poucos) de falsificação de problemas funcionais na classificação dos atletas em busca de uma colocação em classes mais baixas.

A natação paralímpica é dividida em 10 classes funcionais, de 1, a de maior comprometimento motor, até a 10, a com menor comprometimento. As classes 11 a 13, de deficiência visual, e 14 de deficiência intelectual, possuem um exame clínico para apurar o grau da deficiência. Nas deficiências funcionais (1 a 10) não!

Ali, um treinador e um fisioterapeuta fazem suas avaliações observando os atletas nas chamadas classificações e corroborando após uma outra análise em competição.

Esta semana, o programa ABC Four Corners da TV australiana abordou o problema e relatou um caso que ficou famoso na Austrália. Maddison Eliott ficou famosa nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012 como a mais jovem atleta paral∂implica da Austrália a ser medalhista e campeã. Ela tinha apenas 12 anos.

Eliott ainda voltou para os Jogos do Rio 2016, onde foi ainda melhor. Foram sete medalhas paralímpicas sendo três de ouro. Em 2017, ela foi submetida a uma revisão na sua classificação subiu para a classe S9 e não tem sido mais competitiva internacionalmente.

Na época, através das redes sociais, Eliott foi bastante atacada com acusações de que havia forjado a sua deficiência. A matéria da ABC Four Corners ainda não está disponibilizada online, mas esta matéria do jornal West Australian traz detalhes do programa.

https://thewest.com.au/news/four-corners-investigation-exposes-cheating-crisis-in-paralympics-c-10235897.amp