Apenas duas provas individuais e dois revezamentos fecharam o último dia de eliminatórias deste Jogos Olímpicos Rio 2016, no Estádio Aquático Olímpico, e o Brasil teve a sua oportunidade de semifinal e final. Confira o resumão do dia 7 direto do Rio de Janeiro:

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50 LIVRE FEMININO

Etiene Medeiros durante eliminatorias dos 50 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Etiene Medeiros durante eliminatorias dos 50 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Piorando 84 centésimos de sua melhor marca pessoal, de 2 anos atrás, Graciele Herrmann terminou em 40o., 25.60. Esta marca é ainda pior se comparada com sua longa carreira: ela já nadou 131 vezes a prova de 50m livre em piscina longa, e a marca obtida nesta Olimpíada é apenas a número 53 de sua carreira. Na série eliminatória posterior, Etiene Medeiros conseguiu fazer uma marca melhor, 24.82 (ela tem 24.55 dos Jogos Pan-Americanos), mas ficou torcendo contra os resultados da última série eliminatória vencida com surpresa pela dinamarquesa Pernille Blume, número 1 das semifinais com 24.23. Etiene entrou com o 16o. tempo. Francesca Halsall, bronze em Barcelona-2013, está com a segunda marca, 24.26, seguida da atual vice-campeã olímpica Aliaksandra Herasimenia, 24.42, e da atual campeã mundial Bronte Campbell, 24.45. A atual campeã olímpica está na semifinal, Ranomi Kromowidjojo é a 8a. colocada com 24.57. Recordista africana dos 100 livre, a egípcia Farida Osman superou também o recorde africano nesta prova, 24.91, mas ficou de fora das semifinais. Foi o único recorde continental desta tarde. Os efeitos do doping atingiram em cheio esta prova: a chinesa 4o. lugar nos 100 borboleta, Xinyi Chen, e a grega Theodora Giareni – esta última foi removida do balizamento antes da competição, já Chen foi retirada depois de anunciado o teste positivo ontem à tarde.

1500 LIVRE MASCULINO

Miguel, Brandonn durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Miguel, Brandonn durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

A final era muito, muito difícil, senão impossível. Com o desempenho global da seleção brasileira afetando as performances individuais, selou o destino dos dois fundistas. Brandonn Almeida nadou pela 2a. vez e terminou sua primeira participação olímpica com 15:14.73, não muito distante de seu melhor pessoal, 15:11.70, do Pan-2015, e praticamente o mesmo tempo que fez na seletiva olímpica, 15:14.58. Terminou em 29o. lugar. Pior para o mineiro Miguel Leite Valente, que garantiu o índice olímpico na seletiva com 15:14.40 mas a partir dos 900 metros começou a perder ritmo, subindo até 31.97 numa parcial de 50m, e totalizando 15:22.57, 31o. lugar geral. O atual campeão mundial lidera a final: o italiano Gregorio Paltrinieri marcou 14:44.51 e duelou com o americano Connor Jaeger, com 14:45.75 na última série. Apenas os dois conseguiram se classificar para as finais, já que na série anterior o ritmo foi muito mais forte e mais disputado. Sun Yang, recordista mundial, fez um tiro de 400 livre. Depois foi aumentando o ritmo e praticamente deixou o corpo rolar por mais 1000 metros, terminando em 16o. com 15:01.97. O canadense Ryan Cochrane é o único representante do último pódio olímpico, já que Oussama Mellouli e Yang ficaram de fora. Aliás, de 2012, só os 3 sobreviveram na final de 2016: Cochrane, Jaeger e Paltrinieri.
PARCIAIS A CADA 500 METROS
BRANDONN: 5:02.87, 5:06.96, 5:04.90
MIGUEL: 5:01.89, 5:07.24, 5:13.44

4×100 MEDLEY FEMININO

Revezamento 4x100 metros medley durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Revezamento 4×100 metros medley durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Natalia de Luccas e Jhennifer Conceição foram as últimas estreantes da competição: Natalia abriu o revezamento para 1:01.93, e Jhennifer seguiu com 1:08.23. Depois veio Daynara de Paula, 58.18, e fechando Larissa Oliveira, 54.49. O tempo de Larissa foi bem melhor quando abriu o 4×100 livre para 55.54, e similar ao tempo da prova individual, 54.72. O tempo total, 4:02.83, ficou a apenas 31 centésimos do resultado do Pan-2015 quando ficaram em 3o. lugar, mas aquém do recorde sul-americano de 3:58.49 desde 2009. O time B das americanas lideram com 3:54.67, seguido do Canada, 3:56.80, e da Dinamarca, 3:56.98. Em todos os revezamentos temos muita mudança exceto para equipes mais enxutas como a brasileira, então os resultados das eliminatórias tornam-se bem diferentes do das finais. Melhores parciais nas eliminatórias foram para a canadense Kylie Masse no costas (58.66), para as americanas Katie Meili no peito (1:04.93) e Kelsi Worrell no borboleta (56.47), e para a dinamarquense Pernille Blume no livre (53.24). Duas equipes acabaram desclassificadas por queimarem a troca de atletas: França e República Tcheca.

4X100 MEDLEY MASCULINO

Revezamento 4x100 metros medley durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

Revezamento 4×100 metros medley durante eliminatorias dos 1500 metros livre no OAS. Jogos Olimpicos Rio 2016. 12 de Agosto de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress

A última prova do programa olímpico, que terá final apenas amanhã (o feminino também), foi a última chance de final do Brasil, que classificou-se com pouca dificuldade marcando 3:32.96.
GUIDO: 53.96
FRANÇA: 59.64
MARTINS: 51.64
CHIERIGHINI: 47.72
A chance de medalha fica bem complicada. Guilherme Guido e Felipe França pioraram suas marcas “normais” de revezamento, enquanto que Henrique Martins e Marcelo Chierighini estão no roteiro normal. Aliás, esse foi o melhor tempo de Chierighini e Henrique na competição. Existe a dúvida para saber se entra João Gomes Jr no lugar de Felipe França, e só será decidido amanhã. O revezamento mais americano das Olimpíadas – 13 vitórias em 14 edições – caminha para sua 14a. vitória em 15 edições. Michael Phelps, Laszlo Cseh e Chad Le Clos foram poupados das eliminatórias, já que à noite eles terão a última prova individual deles para completar. O Japão, que não sai do pódio desde 2004, está com o 3o. tempo, 3:32.33, atrás dos EUA, 3:31.83, e da Grã-Bretanha, 3:30.47, estes nadando sem poupar, incluindo Adam Peaty que fez 57.49 na parcial de peito. Outras melhores parciais foram o americano David Plummer no costas (52.70), o australiano David Morgan no borboleta (51.25), e entre 8 que nadaram para 47 na parcial de livre, Marcelo Chierighini foi o mais rápido com seu 47.72. Depois de 36 anos, o Brasil está novamente representado numa final olímpico do 4×100 medley.

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