A política, sempre a política.

Kirsty Coventry foi uma atleta espetacular. A maior atleta de Zimbabwe esteve em quatro edições de Jogos Olímpicos e acumulou sete medalhas, sendo duas de ouro. Coventry galgou também postos de gestão dentro da carreira esportiva. Começou na comissão de atletas da FINA, do COI e hoje é integrante do Comitê Olímpico Internacional.

Bastante popular no Zimbabwe, Coventry também ganhou uma posição. Desde 2018 ocupa o cargo de Ministra do Esporte, Artes e Recreação. É aí que a coisa pega.

Antes mesmo de chegar ao posto, Coventry já era criticada por dar apoio ao antigo Presidente Robert Mugabe. Se não dava apoio, Coventry silenciava, era homenageada e nunca saiu em defesa dos seus conterrâneos.

Mugabe sofreu um golpe de estado, seu vice Emmerson Mnangagwa assumiu o cargo em 2018 e chamou Coventry para ser a Ministra do Esporte. As críticas vieram, mas sua popularidade, e principalmente seu trabalho e postura minimizaram as pressões.

Aqui, precisamos mencionar que independente desde 1980, Mnangagwa é apenas o terceiro presidente da república do Zimbabwe.

Agora, a pressão contra Coventry vem do grupo oposicionista Movimento pela Democracia da Aliança e Juventude (MDC Alliance) que pede a perda do cargo no COI. A razão é uma fazenda de 232 hectares que fica no Distrito de Zimba.

A fazenda foi desapropriada pelo Governo e agora foi doada como presente para Kirsty Coventry sem justificativa pública plausível.

A denúncia foi feita pelo líder do Movimento Nelson Chamisa que fez uma convenção virtual no domingo conclamando a população contra a Ministra.

Segundo a imprensa local, Kirsty Coventry optou por não se manifestar a respeito. (link)

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