Autor • Alex Pussieldi direto de Shanghai
Fonte • Best Swimming

 

100 LIVRE FEMININO FINAL –

O Mundial de Shanghai é o Mundial do empate! Em 14 edições da competição, um empate na primeira posição havia acontecido apenas uma vez. Aqui em Shanghai, já tivemos dois. Um deles reunindo dois atletas do mesmo país e agora o primeiro empate entre mulheres vencedoras do Mundial: Jeanette Ottesen da Dinamarca e Aliaksandra Herasimenia da Bielorússia.

Nenhuma das duas jamais havia sido campeã mundial, porém ambas já são atletas bastante conhecidas no cenário internacional.

Na prova, ambas largaram juntas (0.71 de reação). No parcial, Herasimenia um pouco a frente (25:49 a 25:54). Nesta altura, a holandesa Femke Heemskerk liderava com 25:44 seguida de perto pelas duas que vinham na segunda e terceira colocação.

Na volta, Herasimenia na raia 8 voltou com 27:96 cinco centésimos a mais do que Ottesen na raia 6 para tocarem juntas: 53:45.

O bronze ficou para a holandesa Ranomi Kromowidjojo com 53:66. A melhor das semifinais e que liderava o ranking mundial de 2011, Francesca Halsall da Grã-Bretanha ficou em quarto lugar com 53:72.

As americanas Dana Vollmer e Natalie Coughlin fecharam raia respectivamente sétimo com 54:19 e oitavo com 54:22.

Esta é a terceira medalha de ouro da história da Dinamarca em Mundiais e a segunda da Bielorússia. No total, a Dinamarca acumula 8 medalhas enquanto que esta foi a terceira da Bielorússia.

 

200 COSTAS MASCULINO FINAL –

Ryan Lochte impressionou desde o princípio. Irie Ryosuke, o japonês que possuía as melhores marcas da temporada não chegou nem a ameaçar, e o pior, nem a tentar. Lochte venceu com 1:52:96 com parciais de 26:66, 55:50, 1:24:03 e 1:52:96. Ele vence esta prova em Mundiais pela segunda vez, a outra havia sido em 2007 em Melbourne. Em 2009, Lochte foi bronze, atrás de Irie e de Peirsol que bateu o recorde mundial que se mantém até hoje 1:51:92.

Irie chegou em segundo com 1:54:11 e por grande parte da prova foi ameaçado pelo outro americano Tyler Clary que foi bronze com 1:54:69. Irie tem um submerso muito inferior aos americanos e sua prova foi bastante comprometida por isso.

Foi a nona vez que um americano conquistou o título mundial desta prova e foi a terceira medalha de Lochte até agora neste Mundial.

 

50 BORBOLETA FEMININO SEMIFINAL –

Por alguns minutos Daynara de Paula era uma menina feliz. Ao terminar a primeira série das semifinais com o terceiro tempo e a marca de 26:39, tudo levava a crer que ela seria finalista da prova.

Infelizmente, a série seguinte foi bem mais forte que a sua e sete nadadoras nadaram abaixo do seu tempo. Daynara que veio se sentindo melhor para os 100 borboleta conseguiu melhor performance nos 50. Nadou a prova na raia 1 bem equilibrada, movimentos rápidos, respirou três vezes mas sempre mantendo uma boa técnica. Este ano, Daynara havia nadado duas vezes para 26:55 na Seletiva e no Maria Lenk. No ano passado, afastada pelo doping, havia nadado apenas uma vez na casa dos 26 segundos: 26:77 exatamente na prova em que foi testada durante os Jogos Odesur em Medellin na Colômbia. Os 26:39 e a décima colocação ficaram de bom tamanho, um resultado positivo para a nossa única semifinalista deste Mundial.

Sem respirar, a sueca Therese Alshammar passou a final novamente com o melhor tempo de 25:52. Ainda tivemos mais três nadando para 25: Inge Dekker da Holanda com 25:78, a chinesa Ying Lu 25:87 e a sueca Sarah Sjoestroem 25:90.

Dana Vollmer que havia ficado em sétimo lugar nos 100 livre, voltou para ganhar a oitava vaga para  a final dos 50 borboleta com 26:32.

A dinamarquesa Jeanette Ottesen, campeã dos 100 livre, não teve mesma sorte ficando em 13o lugar com 26:53. Ottesen saiu da prova dos 50 borboleta direto para o podium onde foi premiada campeã mundial e sempre acompanhada pela “escort” que depois lhe acompanhou até o exame anti-doping.

 

 

50 LIVRE MASCULINO SEMIFINAL –

Pela manhã, ao passar pelos jornalistas após se classificar para a sua primeira semifinal em Campeonato Mundial, Bruno Fratus brincou “eu quero é dobradinha do Brasil”. Talvez, não foram muitos que levaram Fratus a sério, erro grosseiro.

Fratus liderou a segunda série com uma saída muito boa e manteve a liderança até o final vencendo com 21:76, segundo melhor tempo do mundo em 2011. Melhor que esta marca só os 21:66 de César Cielo no Paris Open.

Cielo que nadou na mesma série de Fratus, chegou em segundo e marcou 21:79. Foi ele que saiu da raia 4 e foi nadando até a raia 1 dar o merecido abraço em Fratus. O Brasil passa a final do Mundial 2011 com dois nadadores na final dos 50 livre. Fato que jamais havia acontecido na história do Brasil em participações de Mundiais.

Além dos brasileiros, mais três nadadores na casa dos 21: o americano Nathan Adrian 21:94, o italiano Luca Dotto 21:97 e o húngaro Krisztian Takacs também 21:97.

A final foi completada com Gideon Louw da África do Sul e George Bovell empatados em 22:02 e Alain Bernard com a oitava posição 22:07.

O primeiro de fora foi o australiano Matt Targett 22:09. E o sul-africano Roland Schoeman, grande crítico de César Cielo e o caso da advertência do CAS, fechou raia 22:42, 16o lugar.

 

 

200 PEITO FEMININO FINAL –

Contente com o título de campeã mundial, mas com certeza não satisfeita com a sua marca. A americana Rebecca Soni é a nadador mais dominante da atualidade. Nenhuma outra nadadora do mundo, em nenhuma prova é tão absoluta quando Soni e o seu nado peito no momento. Neste momento, ela tem os sete melhores tempos do mundo nos 100 peito em 2011 e agora com a vitória de hoje de 2:21:47 são os seis melhores tempos do mundo nos 200 peito.

Só que Soni não queria isso, queria o recorde mundial, já que não tem nenhum dos dois. Os 100 pertencem a sua companheira de treino Jessica Hardy (1:04:45) e os 200 é da canadense Annamay  Pierse (2:20:12).

Soni chegou a nadar próximo dos parciais do recorde mundial. Comparando sua prova com o recorde de Pierse:

Soni 32:19, 1:08:05, 1:44:32, 2:21:47

Pierse 32:03, 1:07:28, 1:43:42, 2:20:12

Esta marca feita hoje ainda foi mais lenta que o tempo de Soni na semifinal (2:21:03). Se o treinador Dave Salo não ficou contente com o desempenho de sua nadadora Rebecca Soni, ficou satisfeito com o vice campeonato mundial da russa Yulia Efimova que com 2:22:22 bateu o recorde nacional de seu país. Efimova é uma das 21 estrelas que Salo tem neste Mundial, sem dúvida, o técnico com maior número de atletas de alto nível nesta competição.

O bronze sobrou para a canadense Martha Mccabe com 2:24:81. A outra canadense, Annamay Pierse, recordista mundial na época dos trajes, fechou raia em oitava com 2:27:00.

Esta foi a segunda vez que os Estados Unidos vencem os 200 peito em Campeonatos Mundiais. A primeira havia sido com Amanda Beard em 2003. Soni que liderou quase a prova toda no Mundial de Roma em 2009 acabou fora do podium numa das “morridas” mais históricas da natação mundial.

 

100 BORBOLETA MASCULINO SEMIFINAL –

Bob Bowman trocou de lugar para assistir esta prova. Saiu de junto da delegação americana que estava na arquibancada da piscina e foi para a arquibancada normal. Longe de todos, Bowman estava nervoso com relação ao seu pupilo. Phelps nadou uma prova tranquila e um final forte. Vinha atrás na sua série e fechou bem vencendo a série e a semifinal com 51:47.

Phelps é o grande favorito para amanhã e não deve ter adversários. O melhor tempo do mundo ainda é os 51:32 feitos em uma competição no Canadá no início deste mês.

Em segundo chegou o polonês Konrad Czerniak com 51:54, mas nadando em série diferente de Phelps. O terceiro tempo é do outro americano Tyler Mcgill com 51:56.

A final toda será de 51s. O holandês Joeri Verlinden foi o oitavo com 51:97. Em nono, o alemão Benjamin Staker com 52:18 empatado com o húngaro Laszlo Cseh.

 

200 COSTAS FEMININO SEMIFINAL –

Se Ryan Lochte é o grande nome no masculino, o feminino ainda está aberto, mas a americana Melissa Franklin surge com grande força. A jovem de 16 anos venceu com facilidade a semifinal e uma marca que promete arranhar o recorde mundial amanhã na final.

Melissa fez 2:05:90 batendo o recorde americano de Margareth Hoelzer 2:06:09 e se aproximou dos 2:04:81 de Kirsty Coventry, recorde mundial feito na conquista do título mundial em 2009.

O tempo é o quinto melhor da história em todos os tempos. Os parciais de Franklin comparados ao recorde mundial de Koventry:

Melissa Franklin – 29:92, 1:01:78, 1:33:92, 2:05:90

Kirsty Coventry – 29:44, 1:00:91, 1:32:81, 2:04:81

A australiana Belinda Hocking chegou em segundo com 2:07:76 e mais um na casa dos 2:07, a outra americana Elizabeth Beisel com 2:07:82.

Elizabeth Simmonds da Grã-Bretanha ganhou a oitava vaga com 2:08:79 deixando mais três nadadoras na casa dos 2:08 de fora da final.

Uma delas, Sinead Russell, quebrou o recorde canadense com 2:08:80 e ficou em nono lugar. A outra foi a meia brasileira Duane da Rocha que nadou pelo Pinheiros no último Maria Lenk, foi 14o lugar com 2:10:74.

 

200 PEITO MASCULINO FINAL –

O time de Dave Salo está devendo neste Mundial. Disposto a mudar esta história, Kosuke Kitajima caiu na água disposto a mostrar serviço. Foi em busca do recorde mundial. Chegou a estar em ritmo próximo a marca, mas cansou no final e acabou perdendo o ouro.

Kitajima abriu forte 28:67 e 1:01:40 nos 100. Mantinha uma vantagem de meio segundo sobre Daniel Gyurta da Hungria mas conseguiu controlar esta vantagem até a altura dos 150 metros virando com 1:34:22, meio segundo a frente de Gyurta. Entretanto, os últimos 50 metros foram sofríveis. O parcial de 34:41 lhe tirou da prova e deixou oportunidade para Gyurta vencer o bi campeonato mundial dos 200 peito com 2:08:41 contra 2:08:63 de Kitajima.

O bronze ficou para o alemão Christian Vom Lehn com 2:09:06.

Foi a quarta vez que um nadador húngaro vence os 200 peito em Mundiais.

 

4 X 200 LIVRE MASCULINO FINAL –

Venceu mas não convenceu. Os americanos conquistaram o título de campeão mundial desta prova pela quarta vez consecutiva e sétima acumulada. Porém, não foi uma vitória lá muito comemorada. Primeiro Michael Phelps abriu mal entregando em terceiro lugar com 1:45:53 atrás de Paul Biedermann da Alemanha (1:45:20) e do francês Yannick Agnel (1:45:25).

Peter Vanderkaay assumiu a liderança com 1:46:07 e entregou para Ricky Berens que teve dificuldades contra o time francês. Fez 1:46:51 e entregou em segundo para Ryan Lochte finalizar. Quando pulou na água, Lochte estava a 65 centésimos atrás de Fabien Gilot da França. Já na altura dos 100 metros, a prova era americana. Lochte fechou com 1:44:56, tempo total 7:02:67.

Os franceses chegaram em segundo lugar com 7:04:81 e a China em terceiro lugar com 7:05:67. Nem a França, muito menos a China haviam ganho qualquer medalha neste revezamento nas 14 edições do Mundial. 

3 respostas
  1. Sérgio
    Sérgio says:

    É! O bi-campeão olímpico, Kosuke Kitajima tem que rever seu treino, sem dúvida foi um erro tentar nadar para quebrar o recorde, deu no que deu!

  2. Gnu
    Gnu says:

    2006 também em Shangai já tivemos 2 brasileiros na final dos 50 livre: Nicholas Santos e Guilherme Roth!

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