Na época de SporTV, as coberturas de grandes eventos eram mais “confortáveis”, tinha motorista, carro a disposição. Porém, desde 2020 trabalhando somente na esfera digital acabou a “mordomia”, mas apareceram outras oportunidades.

Um comentarista/jornalista que cobre natação na esfera digital usa transporte público, caminha muito, mas descobre coisas incríveis. E foi assim que conheci Sharon McKeown no Mundial de Budapeste.

Andamos de ônibus juntos a caminho da Duna Arena onde a filha, Kaylee McKeown, ganhou quatro medalhas, um ouro nos 200 costas e três pratas. Ali, no caminho pela belíssima Budapeste, conheci um pouco mais desta história maravilhosa de uma nadadora de muito talento e dedicação.

Kaylee havia deixado o seu programa e treinador anterior, Chris Mooney, e agora fazia parte do “super time” de Michael Bowl na Griffith University. Os olhos da mãe brilhavam quando falava da experiência, afinal a filha mesmo sendo uma super nadadora e já campeã olímpica e recordista mundial, era a mais jovem deste grupo.

Sharon McKeown disse que sabia que o Mundial não seria “fantástico’, afinal a prioridade do ano era o Commonwealth Games. Relatou o quanto sua filha havia crescido e aprendido com o novo trabalho.

A família McKeown tinha duas atletas na Seleção Australiana. Taylor, a mais velha, nadava peito, e Kaylee, a mais nova costas. As duas estiveram juntas no Mundial de Budapeste em 2017.

Em 2020, em meio a Pandemia, a família perdeu o pai, Sholto McKeown. Foram dois anos de luta contra um câncer no cérebro. Kaylee leva uma tatuagem no seu corpo em homenagem ao pai e não são poucas as vezes que ele celebra e relembra o pai em suas conquistas.

Como é bom andar de ônibus…