Quem te viu, quem te vê...

Quem te viu, quem te vê…

Eu, como muitos outros atletas da época, treinadores e dirigentes fizemos campanha por Coaracy Nunes há 25 anos. Não tenho qualquer remorso ou arrependimento, foi a melhor escolha para aquele que é, e foi o maior presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

Coaracy assumiu o poder com duas grandes “bandeiras” de campamha. A primeira delas foi inteiramente cumprida. Era levar a Seleção Brasileira a viajar, participar de competições lá fora, conhecer o mundo. Até então, nossos melhores nadadores se restringiam a Sul-Americano e Copa Latina.

Nestes 25 anos, o Brasil entrou para o Multinations na Europa, sediou o Mundial de Piscina Curta, o primeiro Mundial Júnior, entrou para o Circuito da Copa do Mundo. Nossos nadadores hoje competem tanto lá fora como em território nacional.

A segunda de suas grandes propostas de campanha fica até difícil citar. Coaracy entrou na CBDA para acabar com o continuísmo!?! Substituir o temido Ruben Dinard de Araújo, pessoa de grande respeito e um tanto intimidador por anos dentro do esporte nacional e que estava 25 anos no comando da CBN. Coaracy na época, não cansava de repetir a idéia do “absurdo” que era ter o mesmo Presidente por tanto tempo, e o pior, escolher o próprio filho, Rubem Márcio Araújo como seu sucessor.

O processo eleitoral foi confuso, longo e cheio de processos e discussões.Coaracy só foi ser Presidente a partir de 1988 e desde então não largou mais.

Durante este período, a natação teve um crescimento muito grande. Melhoramos nossa posição no ranking mundial, passamos a ser referência na América Latina e uma tentativa de expandir os outros esportes também foi tentada. Foi através de Coaracy que a natação chegou a TV. Foi através de sua gestão que conseguimos patrocínios expressivos que realmente fizeram muita diferença na evolução dos esportes aquáticos.

Entretanto, 25 anos são 25 anos. Coaracy tomou o gosto do veneno que combatia e não só não quer largar, como tem feito tudo para evitar que “qualquer um” consiga tomar tudo o que construiu. Sua posição de presidente já não é tão exitosa como nos anos anteriores, suas decisões são contestadas pelas federações, muito mais pelos clubes, ainda mais por atletas e treinadores. Até mesmo seus companheiros de diretoria. Nestes últimos meses não foram poucas as calorosas discussões recheadas de palavrões, ameaças e por algumas vezes Coaracy quase perdeu alguns de seus maiores contribuidores.

O gosto pelo poder temperado pela sua saúde e até mesmo serenidade vão tirar de Coaracy a lembrança de ter sido o maior Presidente da natação brasileira. Sua última gestão já começa mais combatida do que nunca e assim será até o fim deste difícil ciclo Olímpico.

O presidente renovador e cheio de idéias se transformou numa pessoa extremamente individualista, autoritária e que concentra tudo o que pode e o que não pode. Coaracy tem feito ingerências (erradas) em convocações de treinadores, determinando nomes e eliminando outros de acordo com a sua própria vontade.

Hoje, sua administração é marcada pela falta de transparência, por critérios defasados e quase nunca discutidos.

Uma antiga reunião do Conselho Técnico Nacional em São José dos Campos apresentava vários itens a serem discutidos pelos presentes. No momento da apreciação, o coordenador da reunião eliminou a discussão: isso é assunto do presidente!

E assim tem sido. Recentemente, a Clínica Preparatória dos Correios para 2016 em Brasília foi solicitada pela comissão técnica da Seleção que tivesse no máximo três dias. A mesma foi realizada em uma semana porque “o presidente pediu e vamos deixar assim!”.

O cargo presidencialista e sua capacidade de comandar não justifica o fato de ter sido por anos a pessoa que determinava os nomes e os valores dos atletas a serem agraciados pelos contratos de patrocínio com os Correios. Desafiado pubicamente pelo treinador João Reinaldo Lima, o Nikita, num Troféu Finkel realizado em Belo Horizonte, Coaracy reagiu da forma que tem feito toda vez que é contestado: aos gritos, ameaças. Foi a justiça contra o treinador pernambucano e perdeu! O contrato de uma empresa pública jamais pode ser de “discrição do presidente”.

Coaracy completa 25 anos no poder com uma política contrária a saída dos atletas para o exterior. Neste período falou publicamente contrário a ida dos nadadores para os Estados Unidos, conversou com os mesmos e seus familiares sempre criticando os métodos da natação americana. Cortou patrocínios e vantagens de quem nadou fora. Chegou ao absurdo de criar uma Seleção Brasileira (Odesur 2006) proibindo a entrada de qualquer atleta vindo do exterior.

Da mesma forma, Coaracy não fez nada para evitar a saída dos nadadores do Norte-Nordeste para os grandes clubes do Sudeste. Não evitou a perda de todos os anos dos atletas que saem dos clubes do interior para os grandes da capital. Sua preocupação tem sido sempre favorecer os clubes grandes aos quais bajula e prestigia. Não foi a toa que esteve no lançamento da equipe do SESI no início desta temporada.

Jamais conseguiu lidar com opiniões contrárias a sua administração. A qualquer Presidente de Federação que se manifestasse contrário, criava um lobby afim de excluir o “rebelde”. Com atletas chegou a cancelar um contrato de patrocínio de um nadador (Eduardo Fischer) que contestava a sua administração. Perseguiu de forma constante a Joanna Maranhão que por muitas vezes ficou alijada dos benefícios a que tinha direito.

Coaracy é pai do maior fracasso de seus projetos: a famigerada Cidade da Natação. Projeto que só ele queria, ninguém nunca pediu isso e jamais deu certo em lugar algum do mundo. Coaracy criou a Cidade da Natação por duas vezes em Campinas, outra no Rio e até mesmo iniciou as obras em Rio das Ostras. Jamais os clubes e treinadores vão querer perder seus atletas para serem treinados num centro único, uma idéia faraônica que só ele teve, e mesmo ficando mais um mandado jamais vai conseguir concretizar.

Foi na gestão Coaracy Nunes que as sedes dos Campeonatos Nacionais deixaram de ser decisão do voto direto dos clubes e seus representantes no Congresso de Abertura dos eventos para serem de decisão única e exclusiva sua. Foi Coaracy que decidiu que o Maria Lenk , a maior competição do país, na limitada e ineficiente piscina do Unisanta em 2010.. Foi dele a decisão de realizar os Campeonatos Nacionais Juvenil em Campo Grande e  Infantil em Foz do Iguaçu no mesmo ano e que quase acabaram em tragédia pela frente fria e condições que os atletas foram expostos. Não houve votação, não houve discussão, foi decisão sua. Ele, mesmo nega que tenha sido uma decisão política e até hoje se busca a razão para ter colocado as competições naqueles locais.

O controle anti-doping e principalmente o combate a ele é talvez uma das maiores fraquezas de sua administração. Nenhum país no mundo teve tantos casos como da natação brasileira. O processo de combate é limitado e inexpressivo. Até mesmo as decisões dos painéis de doping tem sido contestadas pela FINA numa demonstração de falta de análise e punição adequada.

O Brasil mesmo sendo referência na América Latina até hoje não conseguiu ter uma Seleção B. A renovação na elite da natação brasileira é reduzida e é “decisão do presidente” estar sempre no Sul-Americano com a seleção principal.

Os rumos da natação brasileira em se dedicar mais as provas de velocidade, e o pior, as não-olímpicas, a falta de apoio ao treinador e as provas de fundo são “méritos” de sua gestão. Temos três campeonatos nacionais absolutos por ano e nos três as provas de 50 nos estilos são oferecidas, enquanto o fundo cada vez mais desaparecido de nossas piscinas.

Os Jogos Pan Americanos se tornaram um grande evento para o Brasil na sua gestão. Com os Estados Unidos enviando suas equipes C e o Canadá o time B, o Brasil passou a dominar o certame, principalmente no masculino. Mesmo assim, em Guadalajara no México em 2011, pela primeira vez desde a década de 70 o Brasil não ganhou uma só medalha em provas de livre acima dos 100 metros livre. Isso mesmo: 200, 400, 800 e 1500 livre, são provas que não levaram um só brasileiro ou brasileira ao pódium.

Pois Coaracy será conduzido mais uma vez ao cargo de Presidente da entidade. E sem adversários, do jeito que ele gosta. Um sistema protecionista de registro de chapa foi criado e  jamais publicado. Coaracy vai ter o apoio dos Presidentes de Federação, os mesmos que sofrem os abusos de mau trato e foram discriminados na última Assembléia realizada no ano passado em Belém. Coaracy humilhou uma Presidente na frente de toda a arbitragem momentos antes do início de uma das finais do Sul-Americano Absoluto. O drama foi tão grande que o corpo de arbitragem se negou a entrar para trabalhar enquanto ele não pedisse desculpas. Coisa que aconteceu com o tradicional abraço e uma homenagem. Outro Presidente de Federação foi ameaçado se “ousasse” falar o que estava solicitando na frente do Presidente da FINA Julio Maglione que estaria presente a Assembléia.

Os Presidentes de Federação são pessoas dedicadas ao esporte e que sofrem do mesmo problema que Coaracy. Alguns se eternizam em seus cargos mas em situações muito diferentes. Enquanto a CBDA ganha milhões do Governo Federal, as Federações vivem as mínguas de “esmolas” dos Governos Estaduais e os “mimos” que Coaracy costuma mandar. Medalhas, papel timbrado, aparelhos de fax, computadores, laptops, raias estão entre os contantes pedidos dos Presidentes de Federação a CBDA. Quase sempre atendidos, os mesmos fazem da sua gestão estar colaborando com as federações estaduais.

Clubes, treinadores e atletas não participam deste pleito. Não são escutados, aliás, ultimamente não podem nem falar. Já existe até orientação para “ficarem de fora” sempre com medo de alguma represália, coisa comum em 25 anos de dinastia Coaracy.

Mesmo tendo melhorado (e muito) no nível técnico, a natação brasileira sofre com o não-crescimento da modalidade em números. Hoje, por incrível que pareça, tem muito mais gente nadando mas muito menos nadadores registrados e competindo. O absurdo é tanto que não temos nem 40 mil atletas registrados no país e para não passar vergonha a CBDA recentemente enviou uma informação para a FINA  a ser publicada no relatório anual de 150 mil nadadores federados no Brasil! Uma mentira das grandes e uma vergonha ainda maior.

Temos menos nadadores nos campeonatos nacionais, muito menos nos regionais. Nas águas abertas conseguimos colocar alguns nadadores no nível mundial mas não existe qualquer perspectiva de renovação.

Os outros esportes aquáticos, então, estes sofrem ainda mais. São tratados de forma diminuitiva e jamais estiveram nas suas prioridades.

Ao assumir o cargo em 1988 e já durante a campanha, Coaracy anunciava que havia estudado muito o esporte. Entendia de natação e assim tem sido durante a sua gestão. Toma decisões técnicas, impede outras e passa por cima de muitas. Uma reunião dos treinadores de águas abertas em Guaratinguetá previa um programa e um critério para a tempoarada de 2011. Todos foram surpreendidos ao receber um boletim que anunciava critérios para o Mundial com atletas já pré-selecionados. Quando questionaram, a resposta foi a que se esperava: “decisão do Presidente”.

Coaracy é um grande político. Suas opiniões variam de acordo com a tendência e o histórico tem mostrado isso. Quem é treinador deve lembrar dos congressos técnicos dos campeonatos nacionais antes da primeira eleição do Presidente Lula onde o nosso Presidente revelava a importância de evitar que votássemos no candidato do PT. Aquilo que seria a “maior tragédia para a natação brasileira” se tornou no “melhor Presidente do país para esporte” como ele mesmo falou no ano passado.

Coaracy Nunes será o Presidente da CBDA até 2016. A eleição será feita dentro dos padrões determinados pelo regimento, que mesmo contestados, serão seguidos. A eleição será por unanimidade do colégio eleitoral formado pelos Presidentes de Federação. Muito diferente do que se vive aqui fora. Onde a comunidade contesta, critica e não apóia mais um mandado de Coaracy. A grande maioria da comunidade aquática que apoiou Coaracy para chegar ao poder há 25 anos, hoje contesta e o reprova. Talvez não o suficiente para evitar mais uma de suas eleições, a sua sétima  um total de 28 anos de poder. Algo que ele mesmo chamou de “absurdo”. A “Dinardia” que ele tanto combatia hoje virou o seu reinado.

Não sou candidato a CBDA, não tenho compromisso com qualquer outro que postule chegar ao cargo da entidade. Tenho um compromisso em poder analisar e criticar aquilo que achar necessário. Soube elogiar durante todos estes anos e reconhecer aquilo que merecia ser reconhecido. Minhas críticas. entretanto, não foram assimiladas pelo Presidente Coaracy. Ele, mal-acostumado com o poder absoluto de 25 anos não sabe conviver com as críticas, não admite e persegue os seus adversários. Foi assim comigo. Não o suficiente para me fazer calar e silenciar pelo que ele mesmo chamou de “absurdo” há 25 anos. Concordo com você Coaracy, inteiramente, ninguém pode ficar 25 anos a frente da Confederação.

Alex A. Pussieldi, editor chefe Best Swimming Inc.

11 respostas
  1. Pedro
    Pedro says:

    Excelente dissertação Coach.O grande mistério é porque a comunidade natação não reage a isso? Lembram dos comentários do Cielo sobre o Coaracy? Parecia que estava surgindo o herói de tão esperada revolução…e????….ficou tudo por isso mesmo…Acontecem “n” situações, tipo prova de maratona em Belem, que esteve a beira de uma tragédia e igualmente ficou tudo “esquecido”. A CBDA colocou o arbitro Ricardo Ratto no freezer e…..fica tudo na mesma. Uma lástima.

  2. Katarine Monteiro
    Katarine Monteiro says:

    Muito bom o texto . Para mim que estou começando a pesquisar melhor a natação e quero trabalhar escrevendo e/ou fazendo reportagem sobre , foi muito interessante e fascinante a leitura. Obrigada.

  3. Roberto Caminha Filho
    Roberto Caminha Filho says:

    Pussield,
    Estivemos juntos na Batalha pelo Coaracy.
    Foi muito bonita a luta para derrubarmos a DINARDTIA do excelente Dr. Dinard.
    Avançamos muito! É verdade! Poderíamos avançar muito mais pois somos duzentos milhões de pessoas loucas para nadar, boxear, driblar, saltar e tudo mais.
    Eu creio, sinceramente, que esperar pela saída do Coaracy ou do Nuzman, é perpetuar a mediocridade olímpica aos milhares de atletas “paitrocinados” e subvencionados por clubes, escolas, municípios e estados. É dentro desses organismos que a natação sempre se desenvolveu. É trazendo o Dr. Blanco, o Dr. Mazza, o Dr. Alarcon e outros desse calibre, que a aquática nacional sempre alcançou as suas grandes marcas.
    Só para lembrar: o Dr. Dinard, o nosso “kriptonita verde”, ganhou várias Copas Latinas e, agora, nem sonhamos que isso possa acontecer.
    Eu continuo acreditando que CBDA é só para as seleções nacionais.
    Os grandes projetos científicos para treinamento, só serve para o Jockey Club, que conta com mais de 3000 máquinas de lactato para treinamento de outras éguas.
    Os clubes e as escolas, se conseguissem fazer um Plano Olímpico de Treinamento, seriam auxiliadas pelas prefeituras e governadores. Ninguém resiste ao pedido de um Gustavo Borges, de um Xuxa ou de um pequeno ensaio fotográfico ao lado do nosso fantástico Cesar Cielo.
    É preciso um Plano Olímpico e os craques da ciência e do treinamento aparecerão em um estalar de dedos. Deixem o Coaracy fazer o que sabe.
    Nadar é preciso! Não é Coach Rômulo?

  4. flavio
    flavio says:

    Somos os maiores culpados disso tudo …
    Enquanto a comunidade aquática ficar de braços cruzados , sempre seremos reféns dessa situação …
    Greve Geral , quero ver quem encara …

  5. Edmundo Arthur Foschini
    Edmundo Arthur Foschini says:

    Parabéns Alex, suas palavras expressam o sentimento da maioria dos dirigentes e nadadores do Brasil.

  6. Edmundo Arthur Foschini
    Edmundo Arthur Foschini says:

    Parabéns Alex, suas palavras expressam o sentimento da maioria dos dirigente e nadadores do Brasil.

  7. Sidney
    Sidney says:

    Coach, mandou bem.
    O mais duro de engolir nisso tudo é saber que a culpa de tudo isso é nossa mesmo.
    Como pode? um contra todos? e vencer? semprem?
    Muito amadorismo dos descontentes.
    Apesar de valorizar e torcer muito pelo movimento do Julian e acompanhar passo à passo, desde o princípio alguns erros não poderiam ter acontecido e não podem mais ocorrer.
    1- Precisamos de mais Julian’s e Fischrer’s.
    2-Desde a última (agora penúltima) eleição, foram 4 anos para se preparar para a eleição.
    3-Informações ocultas do processo deveriam ter sido pesquisadas neste período.
    4-A busca de apoio, via clubes, deveria ter ocorrido também.
    Coach, o atual modelo de gestão da CBDA com as federações é antigo e impraticável.
    Grande parte das federações tem contas impraticáveis e sem previsão de solução. Não têm dinheiro, não têm perspectiva e nem inspirações para mudar.
    Vivem de pequenas ajudas que são pequenos remédios para postergar o óbito.
    Me desculpem, mas não têm credibilidade para garantir um processo de sucessão sadio.
    Torço muito pelo continuidade do movimento do Julian. Torço também para que novos movimentos ocorram. Mas não na última hora, como um movimento de protesto.
    Torço para que apareçam acima de tudo, novas idéias que dêm força aos clubes e aos atletas.
    Deixar o nosso esporte nas mãos de federações que não tem opção de escolha devido a má situação em que encontram não vai levar o nosso esporte à lugar algum.

  8. Teresinha Maranhão
    Teresinha Maranhão says:

    Sábias palavras,agradeço pela referencia a minha filha, a Joanna, posso afirmar de cadeira e na pele as arbitrariedades do Sr. Coaracy, mandos e desmandos, fui no dia 22 de maio de 2012 para CBDA,tendo saido de Recife para tentar”apoio”para o ultimo treinamento de altitude preparatório para os jogos olímpicos de Londres, pois como estava custeando toda equipe multidisciplinar de Joanna, a primeira altitude em Sierra Nevada e um mes nos EUA no clube do Gustavo Calado não tínhamos mais recursos, o cidadão gritou na recepção da CBDA com o dedo em riste que não iria me atender pq eu não marquei hora, e que clínica era função do Ricardo que aliás não apareceu neste dia, apesar de ser mãe de uma das 4 nadadoras que tinham indice olimpico e tendo saido do Nordeste, ele não me recebeu.Joanna foi a atleta feminina que mais medalhas ganhou individualmente no Pan de Guadalarara e não tinha patrocínio dos correios nessa fase apesar de eu ter pedido ajuda inúmeras vezes(tenho os emails das negações),enfim concordo com tudo que vc falou do crescimento da natação , mas hoje pra mim a CBDA é como Cuba, o Fidel Coaracy não sai e niinguem pode se expressar que seja contrário a ele pois é perseguido SEMPRE,Joanna tb está no terceiro degrau da bolsa atleta, ter sido semi finalista olímpica, mas ele deu um jeito mais uma vez de exclui-la, entre altos e baixos desde os 14 anos Joanna é a melhor do Brasil, América do Sul nos 200 e 400 medley , mas parece que isso não tem importancia, que incentivo tem as outras nadadoras?Agora tb tem o Vanzela , outro aliado nas discriminações, parabens pelo PODER Srs.Coaracy, Ricardo de Moura e Vanzella

  9. Celso
    Celso says:

    Parabéns pelo texto. Fui presidente de outra modalidade olímpica e falo a bastante tempo que a única maneira de acabar com esses monopólios nas confederações, é o governo federal ou outra entidade dar verbas próprias para as federações estaduais. Com isso acaba a pressão e ficam independentes.

  10. Guto Dassan
    Guto Dassan says:

    Excelente texto. Pena que não será lido pelos que deveriam ler!!! Como mudar esta situação, se nem a Justiça deu chances? Realmente é uma pena assistir ao fim deste esporte sem poder fazer nada…

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