Foto L'Equipe

Foto L’Equipe

O jornal L’Equipe, principal jornal esportivo da França fez uma matéria com o nadador William Meynard que esteve envolvido em uma polêmica durante a Copa do Mundo no Brasil. Meynard foi detido pela polícia no Rio de Janeiro por posse de maconha e acusado de suborno.

Depois de detido por uma noite, Meynard foi liberado e após pagar fiança foi autorizado a deixar o país.

Trabalhando como bartender num requintado hotel em Marselha, na França, Meynard continua dando “suas braçadas” e não afasta a possibilidade de tentar uma vaga no time nacional para os Jogos Olímpicos do Rio em 2016.

Sobre a polêmica, Meynard explicou ao jornal francês que estava conversando com duas pessoas estranhas e uma delas estava fumando maconha. De acordo com o francês, “no Brasil, é diferente, se faz amizade muito fácil, as pessoas são muito cordiais”. Foi neste momento que o grupo foi abordado pela polícia.

Por ser o único estrangeiro, de acordo com Meynard, a polícia manifestou interesse apenas nele. Fizeram uma averiguação em sua mochila e encontraram 400 reais e alguns outros objetos que foram jogados no chão. Neste momento, o policial olhou para Meynard que perguntou em inglês: “O quê? Você quer o dinheiro?”.

Foi o suficiente para a detenção, uma noite de delegacia e mais 15 dias esperando a decisão final de um juiz para poder deixar o país com o caso encerrado. Ex-integrante da equipe de natação da polícia francesa se arrepende todo mal entendido no Brasil, mas não afasta a possibilidade de retornar ao país.

“Eu não bebo, não fumo e ainda sigo em atividade” diz ele sem afastar uma possível tentativa de estar no time francês para os Jogos de 2016.

William Meynard foi medalhista de bronze no Mundial de Shanghai em 2011 no revezamento 4×100 livre e e na prova dos 100 livre. Em 2009, ele também estava na equipe que ficou em terceiro no 4×100 livre. Seu único ouro internacional foi no Mundial de Curta de 2010 no 4×100 livre batendo o Brasil que ficou em terceiro naquela prova.

Meynard ainda não tem os planos para o futuro decididos. Está trabalhando como bartender no hotel-bar-restaurante OM, um dos mais requintados da cidade onde sempre viveu. Continua nadando, mais no mar, conforme ele mesmo diz, e até tentou alguns treinos de MMA.

Sua decisão se vai tentar uma vaga no time para o Rio 2016, sai até agosto do próximo ano. Segundo ele, tempo suficiente para chegar a uma vaga no time francês.

Matéria publicada no Jornal L’Equipe pelo jornalista Clémentine Blondet.

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