O Governo Mexicano oficializou hoje a FINA a desistência de organizar a 17a edição do Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos em Guadalajara, Estado de Jalisco. O anúncio foi feito pelo Diretor General do CONADE – Comissão Nacional de Desporte, Jesus Mena que comunicou a FINA a retirada do direito de sediar a competição.
Julio Maglione anunciando Guadalajara em 2011
Guadalajara ganhou o direito de receber o Mundial de 2017 em 15 de julho de 2011 mesmo dia que a FINA deu a Kazan o Mundial de 2015 deixando Hong Kong de fora. Dias antes, Guangzhou na China e Montreal no Canadá que também estavam no páreo anunciaram a desistência de concorrer na disputa.
A intenção era realizar o Mundial dos Esportes Aquáticos no Scotiabank Aquatic Complex, competição que recebeu os Jogos Pan Americanos de 2011 além de fazer as provas de águas abertas em Puerto Vallarta e as partidas de polo aquático em piscinas temporárias nas quadras de tênis do Tecel Tênis, outra arena utilizada no Pan 2011.
A FINA já vinha discutindo com os dirigentes mexicanos os problemas em relação a sede do Mundial de 2017. Afim de evitar problemas como este foi criado um valor caução de 10 milhões de dólares como garantia da sede. Os mexicanos deveriam ter pago tal valor no ano passado e até hoje só depositaram 7,5 milhões de dólares. Agora, terão uma multa de 5 milhões de dólares para pagar pela desistência.
Problemas semelhantes a FINA enfrentou com o Mundial dos Esportes Aquáticos de 2013 e o Mundial de Curta do ano passado. Em 2013, o Mundial era para ser em Dubai, mas o Governo dos Emirados Árabes Unidos durante um período de crise abdicou da sede e o evento foi para Barcelona na Espanha. Para o Mundial de Curta de 2014, a sede era Catania na Itália escolhida em 2010. No ano seguinte, alegando problemas financeiros a cidade abriu mão da sede. Doha no Catar foi indicada pela FINA dois anos antes doe vento.
A crise mexicana foi agravada com a decisão do Governo federal ao anunciar corte dos gastos públicos no final de janeiro devido a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Guadalajara e o México tem sido sede constante de inúmeros eventos da FINA nos seis esportes da entidade e várias etapas da Copa do Mundo e Mundiais estão marcados para o país nos próximos dois anos.
O Mundial dos Esportes Aquáticos de 2017 representava um investimento na ordem de 100 milhões de dólares, valor que o Governo de Jalisco e o Governo Federal não tem condições de arcar o que acabou determinando a desistência de sediar o evento.
Sem sede para o Mundial de 2017, os Mundiais de 2019 em Gwangju na Coréia do Sul e 2021 em Budapeste na Hungria já estão confirmados, além de Kazan que sedia o Mundial deste ano na Rússia.
Veja o vídeo do anúncio de Julio Cesar Maglione Presidente da FINA em 2011:
https://www.youtube.com/watch?v=IIRYhO–S-w
Outro vídeo mostra em detalhes o projeto para 2017 clique aqui.
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