Autor • Alex Pussieldi direto de Belém
Fonte • Best Swimming

CBDA

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O dia mais dourado do Brasil no Sul-Americano de Belém, nove ouros em 10 provas.

50 livre masculino –
César Cielo tinha um objetivo: nadar mais rápido do que havia feito no GP do Missouri em fevereiro 22:13. E fez, muito bem por sinal, fez até mais, quebrando o 22 pela primeira vez este ano. Nadou para 21:85, melhor tempo do mundo em 2012 superando o americano Nathan Adrian que liderava o ranking mundial com 21:94.
Bruno Fratus que havia classificado com o melhor tempo (22:17), baixou um pouquinho mais, 22:13, exatamente o tempo que Cielo tinha e agora ocupa a sexta posição no ranking mundial.
A dobradinha do Brasil se estabeleceu logo na saída. Bruno foi rápido na saída do bloco, mas nas primeiras braçadas Cielo já colocava uma boa vantagem. Em terceiro lugar chegou o argentino Federico Grabich com 22:50.

50 costas feminino –
Etiene Medeiros era a favorita e só fez confirmar. Foi a única a nadar na casa dos 28, fez 28:79, nono tempo do mundo este ano. Na saída foi logo para junto da raia onde acabou nadando toda a prova.
A colombiana Carolina Colorado foi prata com 29:81 e a venezuelana Jeserick Pinto bronze com 29:84.
A outra brasileira, Natália Diniz, teve uma má saída e nunca conseguiu entrar na prova. Acabou em quarto lugar com 29:95. Nas eliminatórias havia nadado para 29:53.

1500 livre masculino –
Cansado das “pratas” e querendo sair da “Zica”, Lucas Kanieski liderou os 1500 de ponta a ponta. Venceu com 15:28:23, ele que já havia sido segundo lugar nos 400, 800 e no revezamento 4 x 200 livre. Disse que até prometeu para a mãe que não queria mais prata. E cumpriu!
O argentino Juan Pereyra fez a mesma estratégia, tentou acompanhar no seu passo mas deixou Lucas abrir de mais e nunca chegou a ser uma ameaça. Acabou em segundo com 15:34:63. Outro argentino, Esteban Paz, terminou com o bronze 15:43:60 depois que o brasileiro Luis Rogério Arapiraca cansou e praticamente saiu da prova. Luis Rogério foi terminar em quinto com 16:07:29.

200 peito feminino –
A prova “calo” da natação brasileira no momento. E não deu outra, ficamos até fora do pódium.
Dobradinha argentina com Julia Sebastian 2:31:59 novo recorde de campeonato, Mijail Assis em segundo 2:34:99 e a venezuelana Mercedes Toledo em terceiro com 2:38:43.
Thamy Ventorini ficou em quarto com 2:39:68 e Tatiane Sakemi em quinto com 2:42:70.

100 borboleta masculino –
Uma bela prova e bem equilibrada. Glauber Silva aproveitou a sua velocidade e passou na frente com 24:53 e não entregou na volta vencendo com um expressivo 52:80. Na raia 1, o venezuelano Albert Subirats passou próximo com 24:82 e terminou em segundo com 52:96. Kaio Márcio ficou fora do pódium com 53:43 chegando atrás do paraguaio Ben Hockin com 53:21.

200 livre feminino –
Manuella Lyrio confirmou a boa fase e consolidou a boa impressão após bater o recorde brasileiro nos 400 livre. Venceu com 2:00:58 depois de abrir com 59:90. Ainda foi amaeaçada pela venezuela Andreina Pinto que foi prata com 2:00:83 mas Manuella mantinha uma boa vantagem desde o princípio.
Não muito distante, Larissa Oliveira chegou para o bronze com 2:01:03.

200 medley masculino –
Thiago Pereira tinha a mesma missão que César Cielo, nadar abaixo da marca feita no GP do Missouri em fevereiro (1:59:91). E fez mais, muito mais. Nadou para 1:58:49, terceiro tempo do mundo neste ano. Melhor que a marca de Thiago só as duas feitas na seletiva olímpica britânica, deixando até Michael Phelps para trás que agora tem o quarto tempo do mundo em 2012.
Thiago foi forte desde o princípio com 26:43, 28:80, 34:54 e fechou muito bem para 28:72.
Henrique Rodrigues com a prata chegou num distante 2:02:35 um pouco a frente do colombiano Omar Pinzon que foi bronze com 2:02:77.

200 borboleta feminino –
Joanna Maranhão venceu fácil, quebrou o recorde de campeonato, mas não era o que ela queria. Depois do excelente 400 medley, todos queríamos mais.
Mesmo assim, os 2:11:03 não foram ruins, pelo contrário. Pela fase de treinamento e as vésperas de viajar para um novo treinamento de altitude no México, Joanna se mostra numa de suas melhores fases da carreira.
Seus parciais 30:52, 1:03:18, 1:36:94 e 2:11:03. Prata para a argentina Virginia Bardach 2:15:68 e bronze para a colombiana Jessica Camposona com 2:16:35.

4 x 100 medley masculino –
O “Dream Team” conforme os próprios nadadores brasileiros se auto-denominaram precisa nadar junto. Foi este o critério da comissão técnica ao escolher os quatro nadadores já classificados para Londres afim de trabalhar a troca e aproximação de borda dos atletas em busca de uma melhor preparação para a Olimpíada.
Thiago Pereira estava bem cansado e abriu para 56:48, mais de um segundo acima do que havia feito na prova. Felipe França nadou para 1:00:75, Kaio Márcio 53:98 e César Cielo fechou para 49:13. Tempo total 3:40:34. O melhor tempo do Brasil ainda permanece com os 3:34:13 feitos no Pan do ano passado e que é a sétima melhor marca do mundo de 2011, ou seja, suficiente para ser o primeiro tempo da repescagem rumo a Londres.
Uma bela e equilibrada disputa pelas outras medalhas, bem distante do Brasil. A Argentina chegou em segundo mas acabou sendo desclassificada. O Paraguai ficou com a prata, talvez a maior comemoração da prova, com 3:44:99 e a Colômbia com o bronze 3:45:15.

4 x 100 livre feminino –
Fechando o dia, Brasil de ponta a ponta. Tatiana Lemos abriu com 57:02, Gracielle Hermann 56:12, Daynara de Paula 56:37 e Larissa Oliveira fechou com 55:52. Tempo total do Brasil 3:45:03, não muito distante dos 3:44:52 feitos em Shanghai e repetidos em Guadalajara.
Venezuela foi prata com 3:49:79 e a Colômbia bronze com 3:50:32.

3 respostas
  1. Pontador de Contos
    Pontador de Contos says:

    Acho que os clubes e seus técnicos com excelentes trabalhos (como diz o Alexandre) precisam pedir apoio às federações ESTADUAIS isto sim. O presidente que está la sentado foi eleito com o voto desses mesmos clubes.
    A CBDA, COB e FINA não possuem e acho que nem querem esta função. Acho até que nem devem mesmo.

  2. Pontador de Contos
    Pontador de Contos says:

    Glauber Silva e seus 52,80 nos 100 Borboleta (15º tempo do mundo) levaria esse revesamento do Brasil para 3:38:14 !!!

  3. Alexandre Assunção
    Alexandre Assunção says:

    Estes resultados são importantes. Mas caro Coach, imagine se as federações e CBDA fizessem mais congressos técnicos e apoiassem mais as escolinhas de clubes e academias? Existem técnicos com excelentes trabalhos brasil afora que não conseguem manter uma infra-estrutura adequada para poder trabalhar seus atletas. Trabalham com água fria, sem acessórios adequados, isolados… O Bolsa Atleta é interessante, mas apóia somente aqueles que já passaram anos na dificuldade. É preciso apoio maior aos atletas iniciantes e seus técnicos. Acredito que os órgãos oficiais poderiam e deveriam fazer mais do que somente organizar competições e seleções, levando-se em conta um país que organizará jogos olímpicos em daqui a quatro anos.

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