E MAIS UMA VOLTA NÃO DEU CERTO…

Autor • Julian Romero
Fonte • Best Swimming

Reprodução

A primeira equipe de revezamento do Canadá para Londres está definida e mais um retorno que não deu certo. O terceiro dia de finais da Seletiva Olímpica Canadense novamente teve alvoroço na arquibancada da Piscina do Parque Olímpico, em Montréal, graças à atleta da casa, Barbara Jardin.

200 LIVRE FEMININO

Depois do masculino falhar na vaga olímpica do 4x200m livre, foi a vez das mulheres mostrarem que são machas. A arquibancada novamente foi à loucura com a classificação de Barbara Jardin, atleta da piscina olímpica há 9 anos, que venceu a prova com 1:57.34 numa prova bem dosada (28.09/29.70/29.69/29.86). Barbara é sobrinha de Anne Jardin, medalhista na Olimpíada de Montréal em 1976 no 4x100m livre e 4x100m medley. Em segundo, uma adversária bem conhecida de Barbara na província, Samantha Cheverton, com 1:57.98. Seguindo a escala das componentes do revezamento olímpico estão Brittany MacLean (já classificada anteriormente para os 400m livre), com 1:58.09, e Amanda Reason com 1:58.72. Esta última é a mais interessante do quarteto, visto que embarca para sua primeira Olimpíada com um recorde mundial já na carreira… Nos 50m peito em 2009! O resultado é excepcional para quem não tinha os 200m livre como prova há 2 anos atrás. Brittany MacLean estava nadando e torcendo ao mesmo tempo para sua irmã mais nova, Heather, que terminou a prova em 5o., com 1:59.81, resultado não suficiente para alcançar a posição de reserva. Um revezamento Québec-Ontario, meio a meio.

400 LIVRE MASCULINO

O líder da equipe de Londres está na lista. O medalha de bronze em Pequim nos 1500m livre, Ryan Cochrane, venceu a prova fácil (parece legal, mas quem vai substitui-lo no futuro?) com 3:47.07 (1:52.47/1:54.60), seguido de Chad Bobrosky, 3:52.65, e Alec Page com 3:53.20. Com essa, Page já acumula 3 medalhas nessa competição (1 ouro e 2 bronzes) e está se mostrando como o mais versátil nadador da competição. Quanto à Cochrane, ele é o atleta mais bem sucedido do Canadá atualmente, com um currículo que inclui recordes nacionals dos 400 aos 1500m livre, vice-campeão mundial em Xangai e Roma nos 1500m livre, além de campeão do Pan Pacífico e dos Jogos da Comunidade Britânica. Randy Bennett, técnico do clube de Vancouver, Island Swimming, estava contente com 4 atletas do clube nesta final, mas na entrevista antes do início desta etapa, ainda mostrava desapontamento com o resultado de Stefan Hirniak nos 200m borboleta de ontem.

100 PEITO FEMININO

Vitória dos piercings. E de uma tatoo “nervosa” de flores no antebraço e cotovelo. Jillian Tyler teve uma boa surpresa como adversária na prova, Tera van Beilen, ambas conseguindo a classificação olímpica. Jillian venceu com 1:07.18, seguida de Tera com 1:07.37. Esta será a segunda Olimpíada de Jillian: em Pequim ela ficou em 13o. nos 100m peito, com 1:08.13. Para Tera, que estava muito mais emocionada com a vaga olímpica, também será sua segunda vaga olímpica, mas agora a Olimpíada de Verão: em 2010, ela foi campeã junior olímpica em Singapura, durante a I Olimpíada da Juventude. Depois disso, conquistou a prata na mesma prova na Universíade. Completou o pódio Martha McCabe, com 1:08.12. E parece que os resultados milagrosos com os super-trajes, que surtiram efeito também para as peitistas brasileiras, ficou longe para a atual recordista nacional da prova, Annamay Pierse, 6a. colocada nesta final com 1:09.21, contra os 1:05.74 de quase 3 anos atrás.

200 PEITO MASCULINO

A TV contou uma emocionante história de Mike Brown. Depois de perder o bronze em Pequim nesta mesma prova por 9 centésimos, ele decidiu dar um break na vida e pensar no que fazer. Foi difícil, ainda mais que nas semifinais Brown meteu o atual recorde nacional, 2:08.84, tempo que lhe daria a desejada medalha. Obviamente estava desestimulado e um tanto perdido, sem objetivo. Anunciou a aposentadoria no mesmo ano. No fim de 2009, ao ver os companheiros de Calgary, disse que “a chama acendeu de novo” e decidiu retornar para tentar sua 3a. Olímpiada. Em 2009 trabalhou como agente imobiliário. Mas a história de 2 anos não terminou bem. Nos 100m peito terminou em 5o. e agora fechou os 200m num melancólico 4o. lugar, com 2:14.95. Alguém duvida que agora ele aposenta de vez? Quem vai lutar em Londres é Scott Dickens, cuja carreira internacional começou justamente no Pan do Rio, em 2007, quando venceu os 100m peito com 1:01.20, batendo Felipe Lima e Henrique Barbosa. Mike Brown liderou a prova até os 100m, com 1:03.90, mas não foi páreo para o resto da prova de Dickens, campeão com 2:12.69, Jason Block, com 2:14.16, e Richard Funk, 2:14.59.

CLASSIFICADOS ATÉ AGORA

100 PEITO MASCULINO: SCOTT DICKENS

100 PEITO FEMININO: JILLIAN TYLER E TERA VAN BEILEN

400 LIVRE MASCULINO: RYAN COCHRANE

200 LIVRE FEMININO: BARBARA JARDIN E SAMANTHA CHEVERTON

4X200 LIVRE FEMININO: BARBARA JARDIN, SAMANTHA CHEVERTON, BRITTANY MACLEAN E AMANDA REASON

200 BORBO MASC: DAVID SCHARPE

100 COSTAS FEM: JULIA WILKINSON E SINEAD RUSSELL

100 COSTAS MASC: CHARLES FRANCIS

400 MEDLEY FEM: STEPHANIE HORNER

400 MEDLEY: ALEC PAGE

400 LIVRE: BRITTANY MACLEAN E SAVANNAH KING

100 PEITO: SCOTT DICKENS

100 BORBOLETA: KATERINE SAVARD

200 LIVRE: BLAKE WORSLEY