UMA OLIMPÍADA É BOA, DUAS É ÓTIMA, SEIS É DEMAIS

Autor • Alex Pussieldi
Fonte • Best Swimming

Best Swimming

Derya Buyunkucu e Lars Frolander: "highlanders" da natação

Até Beijing em 2008, um total de 13 nadadores haviam participado de cinco Olimpíadas, o que até então era o máximo a ser alcançado em nosso esporte. Um dado é que destes 13, dois brasileiros: João Gonçalves Filho (1952m 1956, 1960, 1964 e 1968) e Rogério Romero (1988, 1992, 1992, 1996 e 2004).

Para Londres, pela primeira vez vamos ter dois nadadores atingindo a marca de seis Jogos Olímpicos. É o turco Derya Buyukuncu e o sueco Lars Froelander.

Buyunkucu é a maior glória da história da natação turca. Primeiro nadador de seu país a bater um recorde europeu, é membro da seleção nacional há mais de 25 anos. Esportista de seu país aos 16 anos, aos 17 se mudou para os Estados Unidos onde ganhou o prêmio de nadador do ano na temporada escolar. Ainda foi destaque da Universidade de Michigan onde como companheiro de Gustavo Borges integrou uma equipe que chegou ao título do NCAA.

Em suas cinco participações olímpicas até agora, o mais longe que Buyunkucu chegou foi num 18o lugar nos 100 costas dos Jogos de 2004 em Atenas.

Aos 36 anos, ainda detém os recordes nacionais da Turquia nos 50, 100 e 200 costas. Vive nos Estados Unidos e vai para Londres nadar a prova dos 200 costas inscrito com a marca de 2:01:09, um tanto distante da sua melhor marca de 1:58:82, e que deve lhe deixar nas eliminatórias, mas o recorde já está batido.

O sueco Lars Froelander é mais velho, tem 38 anos. Estreou na mesma Olimpíada em Barcelona 1992, e já subindo ao pódium, foi prata no 4 x 200 livre. Voltou em 1996 e novamente medalha, prata na mesma prova 4 x 200 livre.

A consagração viria em 2000 em Sydney, o ouro nos 100 borboleta. Meses antes da Olimpíada conseguiu quebrar o recorde mundial da prova em piscina curta por duas vezes.

Froelander teve dificuldades de chegar a Atenas em 2004 e ainda mais para esta que será a sua sexta Olimpíada. O tempo de 52:34 foi feito na última chance em junho e uma marca que, mesmo 12 anos após, lhe deixa a apenas 34 centésimos do seu melhor tempo que ainda é recorde nacional de seu país.

Outras duas nadadoras estavam em busca desta experiência inédita, mas acabaram batendo na trave. Dara Torres ficou a apenas nove centésimos da marca dos 50 livre no USA Olympic Trials. A outra é a eslovaca Martina Moravcova, que não ficou tão perto. Os 25:95 lhe deram apenas o índice B para Londres.