Autor • Everton Domingues
Fonte • Captaesporte.com.br

 

E começaram os Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Logo no primeiro dia de competição, 11 das 21 modalidades em disputada. A natação é das mais concorridas, segunda em número de provas (148 ao todo, 20 a menos que o atletismo). Aliás, dos pouquíssimos esportes que fizeram parte das 14 edições paralímpicas. De hoje até sábado da próxima semana, mais de 600 nadadores estarão no Centro Aquático do Parque Olímpico, no bairro londrino de Stratford.

Em cada um dos dez dias, até 15 provas programadas. Sempre com as eliminatórias pela manhã (a partir das 5h30 no horário brasileiro) e respectivas finais à tarde (13h30). Momento para conhecer, então, um pouquinho da natação paralímpica.

Nestes Jogos serão 12 provas individuais para cada gênero, nas distâncias de 50m (livre, borboleta, costas e peito), 100m (idem), 150m (medley em 3 estilos), 200m (livre e medley em 4) e 400m (livre). Além de dois revezamentos (livre e medley).

Todos os códigos das categorias na natação começam com o S (swimming). É possível, também, haver uma segunda letra: B para as provas do estilo borboleta e M para o medley. Completam os códigos, números que indicam o grau da deficiência. Ela pode ser motora (1 a 10), visual (11 a 13) ou intelectual (14).

Atendendo a exigência do número mínimo de inscritos (pelo menos três nadadores de três países), em Londres 2012 estão previstas 144 provas individuais (10 a mais para os homens). Haverá quatro disputas de revezamentos, dois pra cada sexo. As equipes de 4x100m (livre e medley) são formadas somando 34 pontos, atribuídos às deficiências de cada um dos quatro paratletas.

O Brasil veio para Londres com 20 nadadores, sendo 14 homens e apenas seis mulheres. Não é das maiores equipes, mas contando com feríssimas. Os maiores destaques são Daniel Dias, André Brasil e Clodoaldo Silva, que juntos possuem 26 medalhas paralímpicas. Daniel veio de Campinas cheio de responsabilidade. Afinal, aos 24 anos de idade, tem na coleção nove medalhas paralímpicas (quatro de ouro em Pequim 2008), oito títulos no último Mundial (2010) e 11 vitórias no Parapanamericano do ano passado. É detentor de cinco recordes mundiais e nadará oito provas em Londres. Na temporada de 2009, recebeu o Prêmio Laureuscomo maior paratleta do ano em todos os esportes. E esta noite, Daniel deve ter ido dormir bem agitado, pois foi nosso porta-bandeira na cerimônia de abertura de ontem. Muitas emoções para este jovem extremamente talentoso e bem humorado.

Outro com chances de voltar para casa com a bagagem cheia de conquistas é o carioca André, que leva o Brasil até no nome. Ele compete na classe com menor grau de deficiência física (S10). Também possui quatro ouros paralímpicos e cinco recordes mundiais. Está com 28 anos de idade.

O mais experiente do trio, é o potiguar Clodoaldo. Estrela em Atenas 2004, após suas seis conquistas douradas. Desde 2000, soma 13 medalhas em três Paralimpíadas. Aos 33 anos, vai para sua despedida das águas de competição com ótimas chances de voltar ao pódio, especialmente nos revezamentos.

O Brasil foi o oitavo melhor da modalidade nas Paralimpiadas passadas com o total de 19 medalhas ganhas no Cubo D’Água (oito ouros). Segundo o coordenador geral da nossa equipe, Murilo Barreto, a expectativa brasileira é ainda mais ambiciosa em Londres. Agora, são esperados 10 ouros. Nas finais de hoje a tarde deverá sair a primeira leva. Inclusive, possivelmente, o primeiro ouro do Brasil nestes Jogos.

 

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