Autor • Everton Domingues direto de Londres
Fonte • Captaesporte.com.br

 

O dia não prometia muito, é bem verdade. Apenas três das 14 finais com brasileiros na piscina de Londres, mais fraco até aqui. Porém, uma expectativa aquecia nossa esperança. O revezamento 4x100m livres masculino havia feito o segundo tempo das eliminatórias deste domingo.

Em Pequim 2008, o Brasil conquistou duas medalhas em revezamentos que não fazem mais parte do programa paralímpico (4x50m livres e medley para equipes com até 20 pontos). Desta vez, com o dobro da distância (e quase o dobro dos pontos), ­­­­o ótimo resultado poderia se repetir. A formação do quarteto do revezamento obedece a uma regra simples. Somam-se os números das categorias individuais dos quatro nadadores e o resultado tem que ser no máximo 34 pontos. O Brasil contava com peso de ouro: Daniel Dias (S5), André Brasil (S10), ambos com quatro títulos até aqui, Phelipe Rodrigues (S10) e Caio Oliveira (S8), estes também finalistas em provas individuais. Daniel foi o nadador com maior grau de deficiência física da equipe e o único S5 entre as cinco maiores equipes postulantes ao pódio.

A Austrália (recordista mundial desde 2010 com 3:48.72) veio com paratletas que já tinham subido ao pódio em provas individuais aqui em Londres. E fechou com o melhor deles: Matthew Cowdrey, ganhador de outras três medalhas na classe S9. Ela manteve a frente quase todo o tempo, confirmando o ouro com recorde paralímpico de 3:50.17.

O Brasil, como já era esperado, começou mais atrás com nosso S5 sem deixar os outros abrirem muito. André, segundo a cair na água, virou o jogo pulando do oitavo para o terceiro lugar. Nosso outro S10 (atleta com menor grau de restrição física), Phelipe, entregou o Brasil na liderança para as últimas duas piscinas. Sobrou para o Caio (S8) a ingrata tarefa de fechar contra nadadores de menor deficiência. Nos últimos 60m perdeu três posições (chegou 2.7 segundos atrás da equipe terceira colocada) e a chance, por enquanto, do Brasil subir ao pódio pela sexta vez na natação. Prata para a China e bronze da Rússia. Tristeza indisfarçável das nossas duas grandes feras, Daniel e André, que deixaram de somar mais medalhas à coleção.

Um destaque brasileiro veio nos 100m livres da classe S13 (deficiência visual). Carlos Farrenberg chegou a mais uma final, terminando em oitavo. Muito melhor que a posição, foi o desempenho dele, pois bateu duas vezes o recorde das Américas: pela manhã nas eliminatórias e depois baixando mais 32 centésimos na final (54.14).

Eis os resultados brasileiros deste domingo, quarto dia da natação em Londres’12:

100m livres S13 feminino

9º Letícia Freitas – 1:06.65

200m medley SM7 feminino

5º Susana Ribeiro – 3:10.42

100m livres S13 masculino

8º Carlos Farrenberg – 54.14 (recorde das Américas)

4x100m livres 34 pontos masculino

4º Brasil – 3:55.63

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