O DIA DO BRASIL: DIA 3

Autor • Julian Romero
Fonte • Best Swimming

Satiro Sodré

Guilherme Guido conseguiu a única medalha até agora pro Brasil

Num dia com 10 finais, o Brasil foi bem é nas semifinais. Para ser mais específico, duas.

O terceiro dia do Campeonato Mundial de Piscina Curta, em Istambul, termina nesse domingo e a contabilidade para o Brasil é, por enquanto, uma medalha de bronze de Guido nos 100m costas (prova que não focou, segundo o próprio) e um recorde sul-americano no 4x100m medley feminino de hoje.

O dia começou para um empolgado Guilherme Guido nos 50m costas, passando em 2o. nas eliminatórias, com 23.48, e depois marcando o segundo melhor tempo das semifinais, 3o. lugar atrás dos empatados Stanislav Donets (Rússia) e Robert Hurley (Austrália), com 23.14. Na cola, outro brasileiro, o catarinense Daniel Orzechowski – o popular “Batata” – também não encontrou muita dificuldade para entrar na final. Nas eliminatórias marcou o 7o. tempo com 23.64 e terminou com o 5o. tempo da semifinal com 23.37. Guido ainda não chegou a fazer seu melhor tempo, que é de 23.18 do Torneio Open, mas está chegando lá, assim como Daniel, que tem 23.36 no mesmo Open. Pela primeira vez na história dos Mundiais, temos dois brasileiros numa final dos 50m costas.

Duas provas depois, foi a vez de Nicholas dos Santos começar sua progressão de recordes na competição nos 50m borboleta. Nas eliminatórias, avançou na frente com 22.40, igualando a marca do camarada sul-americano Albert Subirats. Mas depois na semifinal não deu chance e baixou a marca para 22.24. O objetivo é sub-22s. Mas se depender do ranking mundial de piscina curta, Nicholas já está no topo. Já para o paraibano Kaio Márcio de Almeida era a última tentativa de um bom resultado em provas individuais, já que não foi inscrito nos 200m borboleta no último dia. O desempenho do recordista mundial dos 200m borboleta nestes 50m não foi bom tanto nas eliminatórias quanto na semifinal: 23.21, em 11o., e depois 23.20 também em 11o. Kaio já nadou abaixo ou igual a 23 segundos 6 vezes, sendo que a última foi no último Finkel, com 22.94.

Nos 100m peito feminino, a paulista Beatriz Travalon tentou nadar para o seu melhor, 1:07.27, e quem sabe beliscar uma semifinal, mas terminou em 28o. com 1:08.21 (32.37), sua 3a. melhor marca pessoal. Beatriz, aliás,começou sua carreira no Primeiro de Maio Futebol Clube, em Santo André, onde ficou até 2008, quando transferiu-se para o Esporte Clube Pinheiros e está lá desde então.

Para fechar o dia, um recorde sul-americano um tanto inesperado com 3:57.66 no 4x100m medley feminino com Fabíola Molina (28.80, 59.19), Beatriz Travalon (1:07.46), Daynara de Paula (57.69) e Larissa Oliveira (53.32). Da antiga marca, 3:59.45, do último Mundial de Curta em Dubai, 2010, só restou Fabíola. Em 8 anos, este recorde foi melhorado em 11.60 segundos.

Vamos contabilizar sinteticamente a campanha do Brasil no Mundial de Istambul:

• Medalhas: uma de bronze
• Finais individuais: 2 (100m costas masculino, 100m peito masculino)
• Finais revezamento: 2 (4x100m e 4x200m livre masculino)
• Semifinais: 11 (50m costas masculino – 2, 50m borboleta masculino, 100m livre feminino – 2, 50m borboleta feminino, 50m peito feminino, 100m costas masculino – 2, 100m peito masculino – 2)