Participando pela primeira vez do Festival Olímpico Australiano da Juventude, não é possível analisar friamente os resultados da seleção brasileira que foi a Sydney sem saber que o calendário do Brasil é bem diferente da Austrália e Japão, as duas nações que se sobressaíram nas disputas de natação no parque aquático sede da Olimpíada de 2000.

No último dia de competição, o melhor resultado novamente veio das braçadas da equipe masculina no revezamento 4x100m medley e o melhor individual foi o carioca Matheus Santana nos 50m livre. De 32 provas, apenas 5 recordes permaneceram intactos depois do término desta edição, sendo que 17 novos recordes saíram das braçadas dos “cangurus”.

O dia mais longo da competição começou com os 800m livre feminino, vencidos pela australiana Alanna Bowles com novo recorde de 8:38.61. Bianca Avella conseguiu um 7o. lugar com 9:07.18 (1:05.87, 2:15.15, 3:24.73, 4:34.04, 5:42.90, 6:52.06, 8:01.21), nadando em negativo (4:34.04, 4:33.14). Suelly Siqueira ficou em 10o. com 9:18.35 (1:05.81, 2:14.73, 3:24.80, 4:35.56, 5:46.65, 6:58.10, 8:09.01).

Nos 200m medley feminino, as brasileiras Nathalia Almeida (2:27.05), Bruna Primati (2:29.57) e Marina Nascimento (2:34.54)  ficaram nas posições 14 a 16 respectivamente. Outro recorde para o Japão, com Yui Ohashi marcando 2:16.94 nas eliminatórias mas depois na final perdendo por 6 centésimos para a canadense Sydney Pickrem, com 2:15.15.

Na versão masculina nenhum brasileiro passou à final: Leonardo Santos ficou em 11o. com 2:14.40 e Vitor Nascimento em 12o. com 2:15.80.

Nos 50m livre feminino, Natalia de Luccas ficou em 14o. com 27.06, Nathalia Almeida em 20o. com 27.51, Andressa Cholodovskis em 27o. com 28.19 e Leticia Odorici em 29o. com 28.55. No masculino, Matheus Santana avançou à final com 23.47 e criou uma expectativa para uma medalha, mas terminou em 5o. com 23.25, 30 longos centésimos distantes do pódio, mas ainda assim nadando perto de sua melhor marca, 23.01 (sendo que extraoficialmente ele nadou no Campeonato Carioca para 22.79 – não há resultado oficial para comprovar). Entre os finalistas, era o único com 16 anos: todos os outros com 17 anos. Luke Percy foi o vencedor e recordista com 22.46. Pedro Vieira foi o outro brasileiro que nadou os 50m livre, ficando em 17o. com 25.04.

Giovanna Dorigon raspou pra entrar na final dos 200m peito com 2:44.90, em prova tradicional da Austrália, vencida pela prata da casa Jenna Strauch com recorde de 2:27.55. No masculino, Pedro Cardona entrou na final com o 8o. tempo com 2:30.00 e finalizou com 2:27.50. O japonês Kazusa Araya venceu o duelo com o compatriota Mamoru Mori com novo recorde de 2:15.80.

Brandonn Almeida terminou com o 8o.tempo nos 1500m livre, com 16:16.71 (4:19.62, 8:43.92) fazendo uma prova progressiva. Esta foi a única prova com um tempo que conseguiu alcançar o TOP 50 do ranking mundial do ano passado, com 15:04.87 obtido pelo australiano Mack Horton.

4x100m medley feminino, 8o., 4:29.54:
MARINA NASCIMENTO: 1:07.41
GIOVANNA DORIGON: 1:16.51
NATHALIA ALMEIDA: 1:05.72
NATALIA DE LUCCAS: 59.90

4x100m medley masculino, 4o., 3:51.37
VITOR NASCIMENTO: 58.14
PEDRO CARDONA: 1:05.05
PEDRO VIEIRA: 55.96
MATHEUS SANTANA: 52.22

Em resumo, a participação brasileira em termos de performance deveu, mas o calendário apertado no fim do ano e a convocação às pressas realizada em novembro também não ajudaram na melhor preparação ou planejamento. Como foi a primeira vez, o Brasil pode considerar isso uma experiência olímpica válida, no mesmo nível da Olimpíada da Juventude. Apenas Brandonn Almeida conseguiu melhorar sua marca pessoal e no feminino apenas Bianca Avellã conseguiu emplacar uma marca entre as 8 melhores. Do outro lado do mundo, pudemos acompanhar que australianos e japoneses ainda não tem tempos fantásticos mas eles deixam a competição preparados para enfrentar um evento de porte maior.

1 responder
  1. Nicole
    Nicole says:

    Acho que esta errado a unica menina que foi para final e ficou nos oito melhores tempos foi a Bianca Avella nos 400 livres e nos 800 livres .

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