Última etapa final do Campeonato Sul-Americano Juvenil de Desportos Aquáticos que encerrou a modalidade de natação hoje em Valparaíso, no Chile. A pior etapa para o Brasil em termos de pódio. E também a pior etapa em termos de recordes: um solitário nos 100m peito juvenil B com o paulista Pedro Brasil Cardona, com 1:02.99. O recorde anterior era do paraguaio Renato Prono, com 1:03.12 desde 2009. Com a marca, Pedro passou ao topo da lista do melhor índice técnico da competição, com 799 pontos, e terminou levando o troféu pra casa, uma prova com muitos benefícios adquiridos! E olha que esse não foi o melhor tempo de Pedro, que fez 1:02.95 em novembro do ano passado. Ele também esteve no Festival Olímpico Australiano, em janeiro deste ano, e nadou os 100m peito para 1:04.50. Uma boa evolução em quase 2 meses. Esta aliás é sua 4a. experiência internacional, já que em 2011 e 2012 participou do Multinations e em 2013 do Festival Australiano.

Na primeira prova desse domingo, a explicação por André Augusto Santos ter tentado quebrar o recorde do campeonato logo nas eliminatórias: ele abriu as finais com vitória nos 400m medley juvenil A, vencendo fácil com 4:42.67. O outro brasileiro, Felipe Rizzo, ficou com o bronze, 4:54.27. Oito provas depois, estava ele nadando novamente os 100m costas, mas agora “só para ganhar” com 1:00.82 – e olha que foi o argentino Nicolas Ferrari ficou a 38 centésimos de André. Gabriel Fantoni ficou em 4o. lugar na mesma prova com 1:02.63. Com estas duas vitórias saiu do Chile carregando 5 medalhas de ouro e 1 de prata.

A campeã dos 100m costas Natalia Luccas brigou com a argentina Maria Diaz nos 100m borboleta juvenil B, mas ficou com o vice com 1:03.48 contra 1:03.05 da hermana. Páreo duro para Natalia, já que esse é seu pior tempo desde abril de 2011. Em 2 anos ela nadou 14 vezes na casa do 1:03, sendo que em 10 oportunidades nadou poucos centésimos melhor. No entanto, deve-se reconhecer sua constância na prova, algo bem difícil de encontrar hoje em dia.

O gaúcho Gustavo Louzada abaixou mais de 1 segundo no seu melhor tempo nos 200m costas juvenil B e faltou mais 73 centésimos para bater o paraguaio Matias Eduardo Chaparro: Gustavo marcou 2:04.73 contra 2:04.00 do paraguaio, que aliás deu a 5a. e última medalha para o Paraguai neste campeonato. Gustavo encerra seu último Sul-Americano Juvenil (17 anos em 2013, 19 anos em 2015) com duas pratas e um ouro. Campeão dos 100m costas, Vitor Guaraldo dos Santos terminou em 6o. lugar nesta prova com 2:07.56, sua segunda melhor marca pessoal.

Campeã do Brasileiro Infantil de Verão ano passado, a paulista Luisa Braga estreou na seleção brasileira, estreou na competição e estreou no pódio com a medalha de bronze nos 800m livre juvenil A, com 9:24.59, melhorando 3 segundos de sua única vez que competiu os 800m livre (!!!!). A outra brasileira, Fernanda Arruda, vice-campeã no mesmo Brasileiro, terminou em 7o. lugar com 9:38.40.

Felipe Ribeiro e Souza passou pela mesma sina de André Santos e ficou no quase por 2 oportunidades em provas diferentes. Nos 50m livre juvenil A, venceu com 24.48, contra o recorde de 24.30. Melhor infantil 1 de 2012, Felipe tem uma marca impressionante de 24.11 no último Brasileiro Infantil e já nadou 10 vezes na casa dos 24s.

Giovanna Dorigon sai de Valparaíso com dor nas costas: foram 6 medalhas conquistas, sendo 3 de ouro e 3 de prata. Venceu nos 200m medley e no 4x100m livre e medley, e ficou com a prata nos 100m peito, 400m medley e no último dia pegou a última prata nos 200m peito com 2:38.95. A paranaense, que foi a número 1 da prova em 2012 no ranking nacional, não nadou nem perto de sua marca recorde de 2:33.83. Mayara Nascimento ficou em 4o. lugar com 2:42.22.

Nadador exclusivo das provas de medley, o brasiliense Icaro Ludgero Pereira Costa conseguiu subir ao pódio nos 200m medley juvenil B depois do 4o. lugar nos 400m medley. Marcou 2:08.47, 1 centésimo melhor que sua melhor marca pessoal. Aliás, bota experiência no medley de Ícaro: aqui em Valparaíso nadou pela 51a. vez oficialmente na carreira. Em 6o. lugar, o campeão dos 400m medley e aniversariante de ontem (dia 16 de março), Brandonn Almeida, com 2:11.84. Brandonn terminou com 3 medalhas, um ouro e duas pratas.

Outra super-medalhada do Brasil é a paranaense Manuella Andrade – que venceu os 400m livre juvenil A com 4:28.83, uma melhora de quase 6 segundos da sua melhor marca pessoal quando venceu o Troféu Chico Piscina de 2012. Manuella carrega na mala 6 medalhas, sendo 4 de ouro e 2 de prata. Recompensa pelo esforço, afinal foram 13 vezes que competiu os 400m livre ano passado.

Na última etapa ficou em 2o. lugar nos 100m livre com 59.10, atrás de outra super-medalhista, Gabrielle Roncatto, que venceu e fez uma das duas únicas dobradinhas brasileira na última etapa, com 58.46. Gabrielle levou tudo em que participou: 6 provas, 6 títulos, 1 recorde de campeonato. Fez seu melhor tempo nos 100m livre, 200m medley, 100m peito e 200m livre! Foi o destaque Best Swimming da categoria juvenil A feminino.

Campeã dos 800m e 200m livre, faltava a prova mediana, os 400m livre juvenil B, e Carolina Bilich arrebatou seu 3o. título na competição, a sus 4a. medalha de ouro, e a prova mais tranquila que venceu, com 4:18.60, sua melhor marca pessoal. Ela que tinha até então o melhor índice técnico da competição no feminino nos 800m livre, agora não deixou dúvidas sobre quem é a atleta feminina da competição, levando o troféu graças aos 791 pontos obtidos nos 400m livre. Bruna Primati, que ainda tem a oportunidade de mais um Sul-Americano em 2015 (ela tem 16 anos em 2013 e a categoria juvenil B vai até os 18 anos) e foi campeã dos 400m medley, ficou em 2o. com 4:25.51.

Faltando 5 provas para terminar o Sul-Americano, Pedro Cardona, como citado acima, levou o título dos 100m peito juvenil B, o recorde do campeonato e o índice técnico da competição. Felipe Monni ficou repetiu a colocação dos 200m peito e ficou em 4o. lugar nos 100m, com 1:05.59.

Na segunda prova de Carolina Diamante, os 200m borboleta juvenil A, ela sobe ao pódio para a prata com 2:25.69, sua melhor marca por mais de meio segundo. Carolina só não pode ter a companhia da irmã, Giovanna (que aliás nada as mesmas provas da irmã), porque esta tinha que bater Mariana Souza e Nathalia Almeida para entrar na seleção… Clarissa Rodrigues terminou a prova em 8o. lugar com 2:37.10.

A última prova individual da competição consagrou Felipe Ribeiro Souza como também campeão dos 200m livre e por muito pouco não colocou seu nome na tabela de recordes. O santista venceu a prova juvenil A com 1:55.00, 18 centésimos acima da marca do venezuelano Andres Doria, de 2011.

Nos dois últimos revezamentos, uma vingança no 4x100m livre masculino juvenil B pela derrota para a Venezuela no juvenil A no primeiro dia. Matheus Santana abriu para 51.27, pau a pau com o campeão dos 100m livre Jesus Lopez (que abriu para 51.35) e junto com Gabriel Santos, Bruno Gurian e Luiz Altamir Melo venceram com 74 centésimos de diferença, marcando 3:26.19. No feminino, 4x100m medley juvenil A, a vitória foi mais tranquila com o quarteto Gabrielle Silva (abrindo para 1:08.68), Gabrielle Roncatto, Clarissa Rodrigues e Manuella Andrade, finalizando com 4:27.21.

Os melhores da competição foram os venezuelanos Anthoine Kazne (4:04.46 nos 400m livre) e Oriana Perez (9:12.93 nos 800m livre) na categoria juvenil A, enquanto que na categoria juvenil B foram Carolina Bilich (4:18.60 nos 400m livre) e Pedro Cardona (1:02.99 nos 100m peito). Aliás no site da Consanat constam duas informações incorretas: no link para o índice técnico por categoria o site informa que a pontuação foi obtida pegando o tempo e dividindo pelo recorde mundial, o que não é verdade (é dividido pelo recorde da competição) e com isso, a lista de melhores índices técnicos usando esse cálculo traria Gabrielle Roncatto no juvenil A e Gerardo Sugismondi no juvenil B no topo da lista. A pontuação da Fina deve ser utilizada, e portanto, aquela lista não está correta.

Oito recordes foram superados na competição, sendo 5 por brasileiros.

A natação se despede de mais um Campeonato Sul-Americano Juvenil e agora esperamos pela próxima edição, marcada – por enquanto – em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

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