Menos ruim do que o último Campeonato Brasileiro Júnior em Curitiba, o Brasileiro Juvenil, agora realizado no norte do país parece mostrar a mesma realidade da natação competitiva brasileira: uma super-concentração de atletas no sudeste, enquanto o resto do país conta com poucos representantes.
A começar, o relatório disponível na CBDA (clique aqui para ver) está com a contagem falsa: apesar de aparecer 431 na coluna total, esse número contém as equipes de revezamento. Então, na verdade são 407 atletas distribuídos assim:
- SUL: 62 atletas (a maioria do Paraná, 32, graças à participação do Clube Curitibano com 24.
- SUDESTE: 252 atletas (142 de São Paulo, 53 de Minas Gerais e, alerta, apenas 45 do Rio de Janeiro, histórico “fornecedor” de atletas nas categorias infantil e juvenil, mais 12 do Espírito Santo)
- CENTRO-OESTE: 25 atletas
- NORTE-NORDESTE: 67 atletas (o Pará, sede, está na competição com 4 clubes e 17 atletas)
Com 62% dos atletas representando equipes da região sudeste (não quer dizer que todos são atletas do sudeste, existem aqueles que migraram para os grandes clubes de outras regiões…), o argumento de que a competição longe do sudeste afasta a participação não mais convence.
Os dois primeiros campeões deste Campeonato Brasileiro foram o Clube Tubarão, de Goiânia, e o Clube Português do Recife. Depois, de 1994 para cá, apenas grandes clubes levaram o troféu de campeão.
Nossa Coach, que dados não muitos animadores,
como poderíamos reverter esta situação caótica que vive
a natação do Brasil?