No papel é uma coisa, na água é outra. O revezamento 4 x 200 livre feminino do Brasi tinha tudo para quebrar o recorde sul-americano da prova, só faltava nadar.

Manuella Lyrio bateu o recorde sul-americano dos 200 livre no segundo dia da competição com 1:59:52. Jessica Cavalheiro já vem nadando na casa dos 2:00 desde o ano passado e fez 2:00:69 no Maria Lenk. Carolina Bilich também fez o seu melhor no Maria Lenk deste ano 2:01:70. Larissa Oliveira, foi a única que não nadou a sua melhor marca em 2012. Fez no Maria Lenk do ano passado 2:01:03 e este ano 2:02:39.

Somando os melhores tempos, 8:02:74, mais de dois segundos abaixo do recorde e ainda sem considerar as saídas livres.

Na realidade, a coisa foi diferente, bem diferente. Todas as quatro forçaram o parcial mas sentiram a volta e pioraram os tempos. Jessica 2:02:72, Manuella 2:00:64, Larissa 2:02:94 e Carolina 2:03:17, terminando em 10o lugar com 8:09:47. Um tanto distante do recorde e principalmente da marca desejada.

O recorde continua intacto. Imbatível desde 2004. É o segundo mais antigo recorde da natação sul-americana, só perde para os 400 medley de Georgina Bardach 4:37:04 batido quatro dias antes nos Jogos de Atenas.

Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Mariana Brochado e Paula Baracho fizeram 8:05:29 e garantiram o sétimo lugar na final olímpica daquele ano. Nas eliminatórias, o tempo havia sido 8:05:58, são as duas melhores performances da história do 4 x 200 livre feminino.

Depois disso, o Brasil voltou a quebrar a barreira do 8:10 apenas uma vez, nos Jogos Pan Americanos de 2011 em Guadalajara. Lá, Joanna Maranhão, Jessica Cavalheiro, Manuella Lyrio e Tatiana Lemos nadaram para 8:09:89.

Assim, o tempo de hoje, 8:09:47 passa a ser a terceira melhor performance da história do 4 x 200 livre feminino.

Há 10 anos, o revezameto 4 x 200 livre nadou no Mundial em Barcelona ficando na 13a colocação com 8:13:13. A equipe tinha Monique Ferreira, Mariana Brochado, Ana Carolna Muniz e Paula Baracho. O tempo e a colocação, com a desistência do Canadá, acabaram dando a vaga para o Brasil estar em Atenas no ano seguinte.

Em um ano, o revezamento conseguiu baixar quase 8 segundos. Tempo que se mantém até hoje, e que no próximo dia 18 de agosto completa 9 anos.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário