Brincadeiras de gosto duvidoso, arruaça, bebedeira, Stilnox, multa, ouro fugindo das mãos em Londres por 1 centésimo, entrevista coletiva pra pedir desculpas… O período pós-olímpico foi uma turbulência para aquele apelidado de míssil.
O australiano James Magnussen apareceu como favorito ao título olímpico de 2012 quando venceu os 100m livre em Xangai com 47.63. Em Londres (atenção Thiago, isso é pior) perdeu o título por 1 centésimo para Nathan Adrian, com 47.53. Assim como Cielo, foi uma betoneira que ele descarregou dos ombros com o título dessa prova em Barcelona, com 47.71.
Numa prova dominada por australianos e americanos, passou apenas em 5o., mas sabia-se que sua volta seria boa. E foi. 24.91, mesma parcial de volta do americano vice-campeão James Feigen, com 47.82. Nathan Adrian caiu para 3o., com 47.84, mas ainda batendo o outro australiano Cameron McEvoy, que terminou em 4o. com 47.88.
Bicampeão mundial, sendo a 2a. vez na história que um australiano vence, Magnussen agora vai com outra cabeça para os 50m livre, prova em que não é o favorito como o foi neste 100m.
Mas a prova reservou um momento de sprint total, ou no popular jargão da natação, deu tudo ou nada: o russo Vladimir Morozov passou com um incrível 21.94 mas foi só isso. Terminou em 5o., vencendo infelizmente o brasileiro Marcelo Chierighini, que marcou o 6o. lugar com 48.28 (22.73). O brasileiro passou em 4o. lugar, mas teve a 2a. pior volta da prova.
Num “longíquo” 2007, outro brasileiro também estreava em Mundiais, e tinha esperança de medalhar em Melbourne. Era César Cielo, 4o. com 48.51, ficando fora do pódio por 4 centésimos, atrás do australiano (outro encrenqueiro) Eamon Sullivan.
Um ano depois, a história do maior nome do Brasil começou.
Então é um bom início para Chierighini, os anos dirão.
Apesar do tudo ou nada de Morozov, quem decepcionou e muito foi o francês Fabien Gilot, que protagonizou a melhor parcial no 4x100m livre com 46.90, e aqui ficou num tímido 7o. lugar com 48.33, melhorando só um pouco do tempo que fez no campeonato Francês em março, 48.38.
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