A recuperação de Tales Cerdeira, a volta de Fernando Silva, a nova fase de Felipe França, a velocidade incrível de Graciele Hermann, mais uma vitória de Thiago Simon. Pode escolher, o terceiro dia de disputas do Open foi recheado de boas surpresas e marcas expressivas. Confira o dia prova a prova.

100 livre feminino –

A saída, principalmente a transição não foi das melhores, mas o suficiente para Gracielle Hermann nadar o seu terceiro 55 de 100 livre na competição, segunda ez fazando a sua melhor marca e batendo na trave da casa dos 54.

A gaúcha do União venceu com 55:04 já passando na frente na altura dos 50 metros com 26:83.

Assim como nas eliminatórias, apenas ela e Larissa Oliveira do Pinheiros fizeram na casa dos 55. Larissa chegou em segundo com 55:32 e Alessandra Marchioro do Botafogo foi a terceira com 56:07.

Detalhe que ao final da prova dos 100 livre, as nadadoras foram até a raia 7 de Tatiana Lemos onde ela fez a sua última prova terminando em sétimo lugar com 56:79. Uma homenagem e tanto para a bela carreira de Tatiana Lemos.

100 livre masculino –

A expectativa era para ver o que Matheus Santana do Unisanta iria fazer, principalmente depois de uma grande performance pela manhã com 49:21.

Pois ele fez tudo errado. Ficou nervoso, sentiu a pressão, saiu mal e errou na estratégia. Nadando na raia 4, passou em oitavo com um fraquíssimo 24:42 mas voltou forte com 25:01 ainda fazendo um expressivo 49:43, porém com uma péssima estratégia. Ele sabe disso e reconheceu. Coisa normal para um nadador em formação, um jovem de 17 anos com um futuro tremendo e que irá ser em breve um dos melhores do mundo.

Oportunidade dada a Fernando Silva do Minas. Dez anos mais velho do que Matheus, Fernando fez uma boa preparação este ano e apostou na velocidade. Saiu forte e manteve a frente até vencer com 49:29. Matheus chegou em segundo e na raia 1 o veterano Nicholas Santos foi o terceiro com 49:73.

Os 100 livre começou a tomar forma na natação brasileira. Todos sabem que os 48s vão ser necessários, mas a evolução tem sido boa e ao que parece estamos no caminho certo.

200 peito feminino –

Juliana Marin do Minas liderava a prova até a altura dos 100 metros, mas não pôde controlar o arremate de Pamela Alencar do Corinthians. Esta tomou a frente e venceu com 2:33:99. Juliana ficou em segundo com 2:35:03 e Beatriz Travalon chegou em terceiro.

A prova, definitivamente é hoje a prova que mais precisa ser melhorada dentro da natação feminina do Brasil.

200 peito masculino –

Uma recuperação e tanto para Tales Cerdeira do Unisanta que venceu com índice para o Pan Pacífico. Depois de passar a temporada toda com problemas de lesão, Tales de uma volta e tanto para conseguir 2:11:16, abaixo dos 2:12:78 exigidos pela CBDA para o Pan Pacífico. Com parciais de 29:57. 1:04:10, 1:36:87 e 2:11:16, Tales conseguiu um resultado bem expressivo.

Henrique Barbosa, seu companheiro de treino, nadador do Fluminense, ficou em segundo com 2:13:40 e a grande surpresa, das mais agradáveis, foi ver Felipe França do Pinheiros na busca de um bom resultado. Ficou em terceiro com sua melhor marca pessoal 2:14:38.

A estratégia do programa do Sérgio Onha Marques era investir na base de Felipe França e o nadador está correspondendo. Depois de uma “ressaca” olímpica, França está definitivamente de volta e com grandes expectativas para os seus 100 peito do último dia.

50 costas feminino –

Boa prova para Etiene Medeiros do SESI-SP fazendo 28:11, baixando quatro centésimos em relação ao tempo das eliminatórias.

Aline Saporito Caetano do Paineiras com 29:66 chegou em segundo lugar sendo junto com Etiene as duas abaixo dos 30. Natália Diniz ficou na terceira posição marcando 30:12.

50 costas masculino –

Pinheiros fez 1o, 2o, 3o e 4o na prova. Vitória de Daniel Orzechowski com 25:40, seguido de Fábio Santi 25:43, Guilherme Guido 25:45 e Vitor Guaraldo em quarto com 25:68, a melhor prova do Pinheiros até agora na competição.

Guido teria vencido se repetisse os 24:95 das eliminatórias.

200 medley feminino –

Uma prova bem emocionante e disputada até o final. A catarinense Julia Volkman do União parecia ter tomado a frente e iria vencer, mas chegou mal. Menos mal para a sua companheira, a argentina Florência Perotti que venceu com 2:19:48. Nathália Almeida que liderou a prova nos primeiros 100  metros chegou em segundo com 2:19:58 e Julia Wolkmann ficou na terceira colocação com 2:19:61.

200 medley masculino –

Tão empolgante e apertado quanto os 200 medley feminino, no masculino a coisa também foi decidida na batida. Henrique Rodrigues do Pinheiros tinha a liderança até metade da prova, mas sempre atacado de perto por Thiago Pereira do SESI e Thiago Simon do Corinthians.

Este, tomou a liderança no peito e segurou no crawl. Foi a “primeira” prova de Thiago Pereira, ou seja, foi a primeira que ele realmente colocou a alma na água.

Vitória, a segunda de Thiago Simon no Open, com 2:00:39, seguido de Thiago 2:00:47, Henrique Rodrigues foi terceiro 2:00:68.

400 livre feminino –

Excelente prova de Carolina Bilich do Minas. Não foi seu melhor, ela tem 4:14:99 do Maria Lenk deste ano, mas uma prova muito bem nadada e vencida com a sua segunda melhor marca 4:15:59.

Os paricias de Carolina 1:02:05, 2:07:04, 3:12:37 e 4:15:59.

A briga pelas demais posições do pódio bem acirradas. Bianca Avella do Corinthians chegou em segundo com 4:19:14 e Viviane Junglut do União em terceiro com 4:19:21. Bettina Lorscheitter também do União esteve próxima e chegou em quarto com 4:19:30.

400 livre masculino

Com Leonardo de Deus saindo a final para focar num possível recorde dos 200 borboleta na última etapa da competição, a coisa ficou aberta para a equipe do Minas. E não deu outra, com seis dos oito finalistas, o Minas fez 1o, 2o, 3o, 4o, 5o e 6o lugares. Vitória de Marcos Ferrari com 3:53:82 seguido de Miguel Valente com 3:54:02 e de Giualiano Rocco 3:54:06.

 

Classificação ao final da etapa:

1o Minas 726 pontos

2o Pinheiros 618,5 pontos

3o Corinthians 599,5 pontos

4o SESI-SP 421,5 pontos

5o União 298,5 pontos

6o Unisanta 278 pontos

7o Fluminense 102 pontos

8o Curitibano 81 pontos

9o Paineiras 60 pontos

10o Botafogo 39 pontos

3 respostas
  1. Roger
    Roger says:

    Realmente o 100 livre está tomando forma. Para um bom revezamento todos devem estar na casa dos 48s.
    Cielo disse que para 2016 vai nadar o revezamento.
    Sendo assim, arrisco um palpite: Cielo e Chieriguini são praticamente certos.
    Matheus Santana se continuar nesse ritmo, vai ser difícil não estar no reveza.
    Sobrará uma vaga e mais uma de reserva.
    A briga será boa para estas vagas: Nicolas Oliveira, João de Lucca, Fernando Silva, Leo Alcover, Nicholas Santos, Bruno Fratus, Fernando Ernesto. E não se esqueçam do garoto Pedro Spajari.

  2. Anacris
    Anacris says:

    Para esclarecer, Felipe Franca passou o ano de 2013, nao numa ressaca olimpica, mas na recuperacao de uma cirurgia de apendice. Abraco.

  3. gustavo
    gustavo says:

    Na minha opinião, esses resultados são fraquíssimos a nível mundial. Portanto, nada a comemorar. Na verdade, é preocupante que, con as olimpíadas de 2016 tão próximas, não tenhamos nenhum resultado expressivo.

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