Tracy e Lanny Barnes as irmãs americanas do biatlo de inverno.

Tracy e Lanny Barnes as irmãs americanas do biatlo de inverno.

As notícias olímpicas de inverno na semana passada deram o maior destaque para a surpreendente decisão da americana Tracy Barnes que abriu mão da sua vaga para os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi para a sua irmã gêmea Lanny.

A história chega a ser emocionante pelo carinho e respeito das irmãs Barnes, nascidas em Durango no Colorado há 31 anos. Lanny, a mais velha por cinco minutos, é considerada a melhor atleta da família, enquanto que Tracy a sua melhor amiga e companheira.

A prova do biatlo nos Jogos de Inverno é composta por uma distância a ser percorrida de esqui combinada com uma prova de tiro. A última das cinco vagas para o time americano que vai a Sochi foi decidida na Copa IBU na Itália, onde Lanny acabou doente e só pôde participar de uma das quatro provas. A irmã Tracy participou de todas e ganhou a vaga para a Olimpíada, mas mesmo contra a vontade de Lanny, abriu mão da vaga em favor da irmã.

Lanny vai para a sua terceira Olimpíada. Esteve em Torino na Itália em 2006 junto com Tracy, e voltou em Vancouver em 2010, agora sem a irmã. Lanny tem o melhor resultado olímpico tendo ficado na 23a colocação na prova de 15 quilômetros na úlitma Olimpíada.

As duas sempre foram muito amigas e companheiras de esporte.

As duas sempre foram muito amigas e companheiras de esporte.

O fato ganhou grande repercussão na imprensa americana elogiando a atitude da irmã que identificou melhores chances para Lanny nos Jogos que devem ser os últimos de sua carreira.

Algo parecido já se passou na Olimpíada de Verão. E foi na natação. Foi com as irmãs Pinto da Venezuela na primeira aparição olímpica de Yanel e Andreina nos Jogos Olímpicos de Beijing em 2008.

Las hermanas Pinto, sucesso da nataçao venezuelana.

Las hermanas Pinto, sucesso da nataçao venezuelana.

Andreina Pinto, então com 16 anos de idade, era uma estrela em ascensão da natação venezuelana. Antes de viajar para a China esteve no Mundial Júnior onde foi medalha de bronze nos 800 livre e chegou a final dos 400 livre. Andreina já era o melhor tempo de todas as provas de livre na Venezuela dos 200 para cima.

Em Beijing, Andreina foi escalada somente para os 800 livre e a prova dos 10 quilômetros, terminando em 14o lugar na prova dos 800 e na 9a colocação nas águas abertas.

Foi decisão do então treinador das irmãs Pinto retirar Andreina da prova dos 400 livre e incluir Yanel Pinto, na época com 19 anos de idade, na delegação da Venezuela. Yanel tinha cerca de três segundos acima do melhor tempo de Andreina e acabou em 32o lugar com 4:18:09. Detalhe que Andreina ainda passou os 400 da sua prova de 800 livre em tempo menor do que o feito pela irmã.

 Para 2012, em Londres, onde as irmãs Pinto fizeram a sua segunda Olimpíada, Yanel se dedicou exclusivamente a prova de águas abertas onde acabou em 14o lugar. Andreina, desta vez, nadou quatro provas, 400 e 800 livre, mais 200 borboleta e 400 medley. Nos 800 livre, fez a sua primeira final olímpica terminando na oitava colocação tendo batido o recorde sul-americano nas eliminatórias com 8:26:47.

Hoje, Andreina Pinto representa a melhor nadadora da América do Sul, recordista sul-americana dos 400 e 800 livre, e que teve a melhor colocação feminina do continente em provas olímpicas no Mundial de Barcelona.

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