Imagem aérea do Challenge Stadium em Perth.

Imagem aérea do Challenge Stadium em Perth.

A piscina que recebe as feras do BHP Billiton Aquatic Super Series é a única da história que já recebeu dois Campeonatos Mundiais. O Challenge Stadium em Perth foi sede dos Mundiais de 1991 e 1998. Barcelona na Espanha também recebeu dois Mundiais, mas em ambas a piscina foi temporária, o que faz do Challenge Stadium em Perth um lugar único na história dos esportes aquáticos.

Ambos Mundiais, 1991 e 1998 foram em janeiro. Uma data não muito comum para os Mundiais dos Esportes Aquáticos, porém perfeito para o calendário esportivo da Austrália. Em pleno verão, australino, o Mundial teve seis recordes mundiais, todos no masculino e um domínio absoluto americano com 23 medalhas conquistadas, sendo 13 de ouro. A Hungria ficou em segundo lugar puxada pelos desempenhos de Tamas Darnyi, Norbert Rozsa e Krisztina Egerszegi que ganharam cinco medalhas de ouro.

A prova mais emocionante foi a disputa dos 1500 livre masculino. O alemão Jorg Hoffmann bateu o australiano Kieren Perkins por apenas dois décimos e ambos nadaram abaixo do recorde mundial.

O americano Matt Biondi venceu os 100 livre com 49:18, mas ficou em segundo perdendo para Tom Jaeger nos 50 e em quinto na prova dos 100 borboleta. Esta foi vencida por Anthony Nesty do Suriname.

1991 foi o primeiro Mundial de Janet Evans. A americana venceu as provas de 400 e 800 livre, mas perdeu os 200 para a australiana Hayley Lewis por dois décimos.

Neste Mundial, o melhor nadador do Brasil foi Gustavo Borges. Tanto em 1991 como 1998 não tínhamos semifinais, e sim finais A e B. Gustavo chegou as finais B dos 50 e 100 livre, nas duas ficando em 12o lugar. Nos 50 nadou para 23:15 e nos 100 com 50:77.

O time brasileiro tinha apenas uma mulher, a paranaense Christiane Santos que ficou nas eliminatórias dos 100 costas com 1:07:03.

Nesta prova, a Hungria fez dobradinha com Krisztina Ergeszegi e Tunde Szabo reveja a prova.

Comemoração da dupla húngara ainda na água.

Comemoração da dupla húngara ainda na água.

Sete anos depois, o Mundial voltava a Perth e mais uma vez em janeiro. Agora, sem recordes mundiais, os americanos ganharam uma medalha a mais do que em 1991 e um ouro a mais, somando 24 no total e 14 de ouro. Os australianos desta vez foram vice campeões, com 20 medalhas conquistadas e sete de ouro.

O russo Alex Popov foi surpreendido por Bill Pilczuk nos 50 livre perdendo o ouro por 14 centésimos. Popov se vingou vencendo os 100 com novo recorde de campeonato com 48:93.

Michael Klim da Austrália fez um grande campeonato. Venceu os 200 livre com 1:47:41, os 100 borboleta com 52:25 batendo o recorde de campeonato e ficou em segundo nos 100 livre com 49:20.

Veja a vitória dele nos 200 livre.

Foi o primeiro Mundial de Ian Thorpe e o seu primeiro título mundial vencendo os 400 livre com 3:46:29 apenas 15 centésimos a frente do compatriota Grant Hackett.

Thorpe e Hackett após a prova dos 400.

Thorpe e Hackett após a prova dos 400.

Entre as mulheres, Jenny Thompson dos Estados Unidos foi ouro nos 100 livre com 54:95 e nos 100 borboleta com 58:46 e mais dois ouros nas provas de revezamento, saindo da competição com quatro medalhas douradas.

Mais uma vez Gustavo Borges foi o melhor brasileiro. Ele ficou a apenas nove centésimos do bronze nos 100 livre marcando 49:70 contra os 49:61 feitos pelo holandês Pieter van den Hoogenband, terceiro colocado. Gustavo ainda foi final nos 200 livre com 1:50:47.

Destaque também para Fernando Scherer, finalista dos 50 livre terminando em quinto lugar com 22:76. E ainda o revezamento 4 x 100 livre do Brasil que abriu com Xuxa, Edvaldo Valério, André Cordeiro e fechou com Gustavo Borges terminando na sexta colocação. Dois anos depois, esta equipe com a entrada de Carlos Jayme e a saída de André Cordeiro seria bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney.

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