Coach em Sochi – 14 e 15 de fevereiro de 2014

Na metade, por incrível que pareça, com tudo que já se passou por aqui chegamos na metade destes Jogos Olímpicos.

E conheci Sochi!!!

A bela calçada beira da praia de Sochi.

Músicos, dançarinos, malabaristas, o clima de Sochi é dos melhores.

Pode parecer estranho, mas estando aqui há nove dias, foi a primeira vez que fui a sede agraciada como vencedora dos Jogos Olímpicos de 2014 há sete anos. Pois mesmo vencedora, Sochi não sedia nada. Todas as arenas estão localizadas em Adler, todas as provas de montanha na cidade de Esto-Sadok. Até o aeroporto em que se chega aqui é em Adler.

Mas Sochi é linda. É um balneário fantástico, todo organizado, bonito e muito verde. Com certeza passou por uma maquiagem, diga-se de passagem muito bem feita. Lotada de turistas, a rua da praia cheia de lojas de souvenirs, restaurantes e bares. Um turismo bem movimentado, mas pelo menos 70% russo.

Fui de carro, demorou cerca de 40 minutos do Parque Olímpico até Sochi downtown, e a volta foi no trem, por sinal, fantástico. O Russian Railways, um dos patrocinadores destes Jogos, e que funciona durante toda a Olimpíada gratuitamente.

A praia de Sochi está protegida por Poseidon, o Rei dos Mares.

Encarei, me dei mal…faz parte.

O super jogo.

Na entrada do jogo de hóquei, todo mundo confraterniza.

Hoje foi o dia da Seleção Americana enfrentar a Seleção Russa no hóquei masculino. Não podia perder esta, nem eu, nem Vladimir Putin, que estava lá. Aliás, por causa dele, a saída do Bolshoi Arena foi bem mais demorada do que nos outros eventos. Público recorde com cerca de 13 mil pessoas, lotadérrimo.

O jogo foi emocionante. Dos dois lados. Rússia saiu na frente, americanos empataram e viraram. Os russos fizeram um terceiro gol que acabou sendo controversamente invalidado. Prorrogação, pois no hóquei não existe empate, sem gols. E fomos para as penalidades. Depois de 11 cobranças para cada lado, os americanos venceram.

Ainda é a fase de classificação, mas já se pôde ver que ambas as equipes estarão na equilibrada disputa pelas medalhas que ainda inclui a Suécia e o Canadá.

Alemanha segue na frente.

Imagem do meteoro que caiu há exatamente um ano na Rússia.

Foi o terceiro dia consecutivo que os alemães viraram na frente no quadro de medalhas. São 7 de ouro e 12 medalhas conquistadas até agora. Os russos chegaram ao terceiro lugar, melhor posição desde que iniciaram os JOgos. Já tem 4 medalhas d eouro, 6 de prata e 5 de bronze. Isso já supera o desempenho de 2010 em Vancouver quando os russos tiveram apenas 3 medalhas de ouro e ficaram em 11o lugar no geral.

Os medalhistas de hoje receberam as medalhas especiais cravejadas com pedaços do meteoro que caiu exatamente há um ano em Chelyabinski.

Confira as imagens da queda do meteoro:

E a medalha importada…

O patinador Viktor Ahn, que nasceu Ahn Yun Soo na Coréia do Sul, confirmou o favoritismo e venceu a prova dos 1.000 metros em dobradinha russa. Foi o primeiro ouro da Rússia nesta prova na história dos Jogos. Viktor que já arranha no russo, foi três vezes medalhista de ouro nos Jogos de 2006 pela sua Coréia do Sul. Entretanto, com problemas com a federação local mudou de cidadania em 2010 para a Rússia.

Sem qualquer familiar, ou relação com a Rússia, escolheu o nome Viktor em homenagem ao seu cantor favorito Vitkor Tsoi, um russo-coreano.

Nos Jogos de Inverno, um total de 55 atletas já ganharam medalhas por países diferentes. Aliás, três deles fizeram isso por três países: União Soviética, Time Unificado e a Rússia.

Se a Rússia “ganhou” esta medalha, já perdeu três de ouro aqui em Sochi por russos que estão competindo por outros países. Anastasia Kuzmina foi ouro no biathlon pela Eslováquia, Iouri Podlatchikovski foi ouro no snowboard pela Suiça e Daria Domracheva foi ouro no biathlon pela Bielo-Rússia.

Ouro e prata comemorados na patinação russa.

Segundo acidente….

Depois do problema com o trenó e um funcionário, agora foi na prova de esqui. A russa Maria Komissarova se acidentou e quebrou a espinha. Já foi operada em uma intervenção que demorou mais de seis horas. Seu quadro inspira cuidados. Uma nota bem triste para os Jogos que vão tão bem até agora.

Comunicação é tudo.

A russa errou na direção da câmera, vale tudo, foi um bom selfie.

Se há algo que aqui poderia ser melhor, seria um incremento no inglês dos voluntários e funcionários. A Rússia é conhecida por esta limitação. Este país de dimensão continental, mesmo que tenha melhorado, ainda está longe do ideal.

Faltando dois anos e meio para nossos Jogos no Rio em 2016 é algo que desde já a organização precisa trabalhar. A falta de comunicação adequada cria uma série de problemas diários durante os Jogos.

O russo é falado por quase toda a população, mas existem mais de 100 dialetos e outras línguas que são permitidas pela constituição. Aqui em Sochi, 20% da população fala armeno.

Em poucas semanas deve ser incrementado o programa dos voluntários para os Jogos do Rio 2016 e um dos benefícios para estes deveria ser um curso adequado e que viabilizasse um melhor serviço a nossos visitantes.

E Sochi vai sediar uma prova do circuito da Fórmula Um de 2014 a 2020. O circuito ainda não está pronto.
http://www.youtube.com/watch?v=3RaQ9d0eIEc#t=15

Mas vai ficar… veja este filme russo da construção e o que mudou com os Jogos em Sochi.

Uma das atrações do Parque Olímpico em Sochi, um robot.

Ainda imagens do belo Parque Olímpico, lotado, cheio de famílias e o clima ajudando…
http://www.youtube.com/watch?v=6FR9lv2O7VY#t=41