Terminou o Odesur 2014. Seis medalhas de ouro no mais dourado dos quatro dias. Brasil campeão com 18 medalhas de ouro em dia marcado por bons resultados do Brasil e dos adversários. Confira prova a prova.

50 livre feminino –

Treino, Botafogo
Dobradinha esperada do Brasil. Graciele Hermann e Alessandra Marchioro re-editaram uma história de rivalidade que vem desde a época das categorias menores ainda nos Sul-Brasileiros.
E como vem acontecendo há algum tempo, deu Graciele mais uma vez. Venceu com 25:26 contra 25:43 de Alessandra. As únicas duas quebrando a barreira dos 26 segundos.
A marca coloca Graciele na 13a posição do mundo este ano. Alessandra com os 25:43 em 15o.
Os 25:26 para Graciele é sua sétima melhor marca. É a 10a vez que ela nada dentro dos 25:30. Lembrando que no BHP Billiton Aquatic Super Series em janeiro ela nadou para 25:88.
Os 25:43 de Alessandra iguala a sua terceira melhor marca. Exatamente o tempo que ela fez no Open em dezembro ao terminar em segundo a prova contra Graciele.

Saída da campeã e recordista Graciele Hermann.

Saída da campeã e recordista Graciele Hermann.

O bronze ficou para Chinyere Pigot do Suriname que mais uma vez sofreu com o placar eletrônico. Demorou vários minutos para o seu nome e tempo aparecerem. Foi bronze com 26:05 contra 26:19 da venezuelana Arlene Semeco, atual recordista sul-americana da prova com 24:76.

1500 livre feminino –

Julia Gerotto na prova dos 1500 livre.

Julia Gerotto na prova dos 1500 livre.

Kristel Kobrich deu a melhor resposta possível para todo o drama que viveu nestes últimos dias de Odesur. A chilena vinha recebendo muitas críticas pelo seu desempenho e as constantes derrotas para Andreina Pinto da Venezuela.
Nem mesmo a ausência de Andreina na prova eliminou o brilho da sua performance. Um atestado médico apresentado momentos antes da prova retirou a venezuelana sem qualquer punição ao país. Uma suposta dor no ombro retirou a nadadora por completo do Odesur, inclusive do revezamento.
Pois Kristel já pulou na água sabendo que iria vencer e nem por isso se controlou. Fez 16:15:89, simplesmente o melhor tempo do mundo este ano batendo os 16:22:79 de Mireia Belmonte. Bateu o recorde de campeonato que era dela mesmo 16:26:15 desde 2010.
A torcida foi a loucura no Centro Aquático do Estádio Nacional. Acompanhou braçada a braçada o ritmo da nadadora e vibrou muito tanto no final como no pódio. Melhor ainda foi assistir a entrevista de Kristel e seu pai após a prova. Um show de humildade, dedicação e acima de tudo superação. Uma responsabilidade e tanto para esta competição e como ela havia dito a um jornal que iria pagar a sua dívida. Fez e muito bem.
Mais de 20 segundos depois, uma boa briga pela prata com Samantha Arevallos do Equador chegando em segundo lugar com 16:38:05 e a mamãe Cecilia Biagioli logo atrás com 16:38:54.
A marca de Samantha foi novo recorde do Equador.
As brasileiras chegaram longe. Julia Gerotto foi quarta colocada com 17:09:99 enquanto Carolina Bilich foi sétima 17:25:64.
O melhor de Julia Gerotto é 16:59:56 feitos no Finkel do ano passado. O melhor de Carolina Bilich é 17:00:42 feitos no Grand Prix Santa Clara em maio do ano passado.

Carolina Bilich na prova.

Carolina Bilich na prova.

Parciais:
Kristel Kobrich 1:03:33, 2:08:08, 3:12:91, 4:17:91, 5:22:99, 6:28:11, 7:33:34, 8:38:41, 9:43:55, 10:49:07, 11:54:57, 13:00:05, 14:05:70, 15:11:32, 16:15:89.
Julia Gerotto: 1:04:14, 2:11:11, 3:18:75, 4:27:48, 5:36:55, 6:45:92, 7:55:27, 9:05:05, 10:15:11, 11:25:23, 12:34:88, 13:43:78, 14:52:21, 16:01:34, 17:09:99.
Carolina Bilich: 1:05:03, 2:13:79, 3:23:41, 4:33:01, 5:42:95, 6:51:93, 8:01:74, 9:12:07, 10:22:74, 11:33:68, 12:44:54, 13:55:49, 15:06:29, 16:16:35, 17:25:64.

200 peito masculino –

Treino, Botafogo
Uma dobradinha sofrida para o Brasil. O jovem venezuelano Carlos Claverie liderou a prova até os 170 metros, mas não segurou o final dos brasileiros. Henrique Barbosa que havia se classificado com o melhor tempo nas eliminatórias venceu com 2:15:42, novo recorde de campeonato batendo a marca de 2:16:89 de Thiago Pereira em 2010. Tales Cerdeira chegou em segundo com 2:16:58, também abaixo do recorde de Thiago.
O bronze sobrou para Carlos Claverie com 2:17:02.

Henrique campeão e recordista dos 200 peito.

Henrique campeão e recordista dos 200 peito.

Parciais:
Henrique Barbosa 30:74, 1:05:18, 1:40:46, 2:15:42
Tales Cerdeira 30:92, 1:05:86, 1:41:67, 2:16:58

100 costas feminino –

Prata para Etiene nos 100 costas.

Prata para Etiene nos 100 costas.

Etiene Medeiros e Natália de Luccas passaram na frente, mas não conseguiram segurar o final de prova de Carolina Colorado da Colômbia que sai do Odesur com duas medalhas de ouro (já tinha vencido os 200 costas).
Carolina venceu com 1:02:56 seguida de Etiene Medeiros 1:02:89 e Natália de Luccas com 1:02:92. Uma das poucas provas sem recorde de campeonato. O recorde permanece com Fabíola Molina 1:01:65 de 2010.

Dois bronzes para Natália no Odesur 2014.

Dois bronzes para Natália no Odesur 2014.

Parciais:
Carolina Colorado 30:34, 1:02:56
Etiene Medeiros 30:05, 1:02:89
Natália de Luccas 30:30, 1:02:92

100 livre masculino –

Treino, Botafogo
Para os chilenos, a prova mais esperada eram os 1500 livre feminino, porém para o resto da América do Sul as atenções maiores estavam para os 100 livre masculino.
Matheus Santana foi o show da prova, de início ao fim, liderando o tempo todo. Foi o único abaixo dos 24 segundos no parcial e voltou com maestria para vencer com 49:13, oitavo tempo do mundo e novo recorde de campeonato.
Matheus chegou perto do recorde mundial júnior recentemente implantado pela FINA de 48:97.
Federico Grabich da Argentina, uma das melhores saídas desta competição, chegou em segundo lugar com 49:66 um pouco a frente de Albert Subirats da Venezuela terceiro colocado com 49:72.
O outro brasileiro, Fernando Souza ficou na sexta colocação com 50:87.

Treino, Botafogo
Parciais:
Matheus Santana velocidade de reação 0.77, 23:91, 25:22, 49:13
Fernando Souza velocidade de reação 0.82, 24:10, 26:77 50:87

100 peito feminino –

O Brasil ficou de fora do pódio. Desde o início nossas nadadoras ficaram para trás. Dobradinha argentina com Julia Sebastian 1:10:40 seguida de Macarena Ceballos com 1:11:00 e Mercedes Toledo da Venezuela em terceiro lugar com 1:11:56.
Juliana Marin ficou em quarto lugar com 1:12:66 e Beatriz Travalon em quinto com 1:13:02.

Parciais:
Julia Sebastian 33:64, 1:10:40
Juliana Marin 34:34, 1:12:66
Beatriz Travalon 33:85, 1:13:02

400 medley masculino –

Treino, Botafogo
Thiago Pereira liderou de ponta a ponta e Thaigo Simon parecia estar a caminho da dobradinha para o Brasil. Entretanto o final de prova do equatoriano Esteban Enderica já era conhecido. Não deu outra, Thiago ouro com 4:23:15, Esteban em segundo com 4:25:30 e Thiago Simon caindo para o bronze com 4:27:86.
Foi um bom resultado para Thiago. O tempo não dá para comparar com a performance dos 200 medley, a sua outra vitória neste Odesur, onde os 2:00:09 lhe dão o sexto lugar do mundo em 2014. Este 4:23;15 lhe coloca na 19a colocação do ranking mundial. Mesmo assim, para a atual fase de treinamento e vindo de uma lesão, o resultado foi positivo.

Treino, Botafogo

Parciais:
Thiago Pereira 57:14, 2:02:92, 3:18:16, 4:23:15
Thiago Simon 58:83, 2:07:75, 3:24:26, 4:27:80

Revezamento 4 x 100 medley feminino –

Treino, Botafogo
Uma vitória difícil para o Brasil e só decidida nos metros finais. Etiene Medeiros não abriu bem com 1:04:14 entregando em segundo lugar. Caímos para terceiro lugar no peito com Beatriz Travalon nadandon para 1:12:67. Daynara de Paula tirou uma boa vantagem entregando em segundo lugar com parcial de 59:92. Larissa Oliveira pulou na água 1 segundo e 26 centésimos atrás da argentina Aixa Triay. Na altura dos 350 metros, a diferença era de 1:35. Foram os últimos 50 metros que decidiram e Larissa terminou com o melhor parcial da sua carreira 54:63. Brasil campeão com 4:11:49, novo recorde de campeonato. Argentina em segundo com novo recorde nacional e a Colômbia em terceiro lugar 4:15:39.

Parciais:
Etiene Medeiros 30:68, 1:04:14
Beatriz Travalon 34:21, 1:12:67
Daynara de Paula 27:83, 59:92
Larissa Oliveira 26:22, 54:63

Revezamento 4 x 100 livre masculino –

Treino, Botafogo
Para encerrar o Odesur 2014, nada melhor do que uma vitória de ponta a ponta. E assim foi. Brasil campeão com 3:19:44, terceiro melhor tempo do mundo em 2014 seguido da Argentina com 3:21:31, novo recorde nacional e da Venezuela em terceiro com 3:21:48.

Destaque ainda para Albert Subirats fechando o revezamento para a Venezuela tirando mais de um segundo de diferença contra a Argentina. Fechou com 48:27!

Parciais do Brasil:
Nicolas Oliveira 24:36, 50:17
Matheus Santana 23:83, 49:02
Fernando Ernesto Santos 23:66, 50:09
Fernando Souza 23:68, 50:16
Total 3:19:44

1 responder
  1. Olimpiadasnews
    Olimpiadasnews says:

    Primeiramente parabéns pela excelente cobertura pelo Twitter coach! Passadas as duas primeiras competições de 2014 podemos vislumbrar um excelente futuro para nossa seleção masculina e uma pontinha de esperança na nossa seleção feminina.
    Pela fase de treinamentos, os tempos masculinos foram até certo ponto excelentes! Nadadores nadando pra 55 no costas, Nicolas mandando 1:49 nos 200 livres e nomes “novos” como o Fernando Ernesto e o Thiago simon nadando super bem mostram que nosso “miolo” está mais consistente.
    E o que falar do profissionalismo do Léo de Deus, Bruno Fratus e Thiago Pereira? Matheus Santana também dispensa comentários!
    A única coisa pendente na minha opinião diz respeito aos revezas…deveria haver campinas como ocorre no nosso atletismo, como forma de integrar os atletas. Na minha humilde opinião a medalha mais fácil de ser pega em 2016 seria hoje no 4×100, onde temos no mínimo sete atletas com boas condições de representar o Brasil.

    Em relação a natacao feminina, acho que a graciele tem condições de num curto período de tempo se colocar entre as melhores velocistas do mundo. A larissa mostrou que é forte nos revezas e as meninas do costas podem surpreender no Maria lenk.
    Bato aqui na mesma tecla do masculino. Se for feito umtrabalho correto e pensado em relação aos revezas femininos, temos todas as condições de pegarmos duas finais(4×100 livre e medley) o que na atual conjuntura da nossa natacao já é um grande avanço!
    Abraço a todos!

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