Equipe do Brasil campeã do Odesur 2014.

Equipe do Brasil campeã do Odesur 2014.

Terminaram os Jogos Odesur para a natação e nada melhor do que comparar as campanhas dos Jogos 2010 e 2014. A diferença entre as duas performances pode ajudar numa análise mais detalhada e principalmente focando para os futuros resultados.

Assim como em 2010, o Pan Pacífico é a principal competição da temporada. O Maria Lenk será a seletiva final e no mês de abril. O Odesur foi em março e temos pouco mais de dois anos para os Jogos Olímpicos. Até aí, tudo igual entre 2010 e 2014.

As diferenças começam com o local da competição. Em 2010, Medellin na Colômbia tem um excelente parque aquático, mas a altitude dos 1.700 metros acima do nível do mar foi fator significativo para as performances das provas mais longas. Santiago, no Chile, apresentou um parque aquático totalmente reformado e mesmo com o problema dos blocos na saída dos 50 metros, o local de competição foi bem melhor.

Em 2010, o Brasil conquistou um total de 51 medalhas, 27 de ouro, 17 de prata e 7 de bronze. Isso inclui as provas de 50 metros nos estilos, já que a competição daquele ano combinava a disputa do Sul-Americano Absoluto. Se retirarmos as medalhas conquistadas pelo Brasil nestas provas (10 medalhas, 5 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze), o quadro de medalhas dos Jogos Odesur 2010 foi de 41 medalhas, sendo 22 de ouro, 13 de prata e 6 de bronze.

Em Santiago, nossa campanha foi mais modesta em número de medalhas. Conquistamos 37 no total, 18 de ouro, 6 de prata e 13 de bronze. Se compararmos diretamente identificamos que caímos no número de total de medalhas (4), caímos no total de ouros (4), caímos no total de pratas (7) e só melhoramos nos bronzes (7).

Outro comparativo é com o número de recordes batidos. Em 2010, o Brasil superou 18 recordes de campeonato, mesmo número da equipe do Odesur 2014, 18 vitórias, todas elas com novo recorde de campeonato.

Há um detalhe técnico na performance de 2014 que coloca os resultados deste ano mais expressivos que no último Odesur. É o número de performances que entram no Top 10 do mundo. Mesmo estando no mês de março, onde poucas grandes competições de piscina de 50 metros aconteceram ao redor do planeta, as performances de Santiago foram mais qualificadas que as de Medellin em 2010.

Citamos ai as perforamances de Bruno Fratus nos 100 livre, Matheus Santana nos 100 livre, Leo de Deus 200 borboleta, e Thiago Pereira 200 medley, mais todos os revezamentos, sem dúvida, um dos grandes destaques deste Odesur.

Ainda tivemos outros resultados que ficaram no Top 10 do mundo como Felipe Lima nos 100 peito, Graciele Hermann e Alessandra Marchioro nos 50 livre e Daynara de Paula nos 100 borboleta.

Das provas que o Brasil não venceu no Odesur de Santiago, cinco delas tínhamos tempos para levar o ouro. São os casos de:
200 livre feminino – Manuella Lyrio é a recordista sul-americana da prova e acabou em quarto lugar.
100 costas feminino – Etiene Medeiros tem o melhor tempo da América do Sul e ficou na segunda colocação.
200 costas feminino – Natália de Luccas é a recordista sul-americana da prova e ficou na terceira colocação.
200 livre masculino – Nicolas Nilo é o recordista sul-americano da prova e ficou em segundo lugar. Aliás, abriu o revezamento 4 x 200 livre no dia seguinte a prova com marca que poderia ter levado o ouro e inclusive batendo o recorde de campeonato.
100 costas masculino – Thiago Pereira era o único que já nadou na casa dos 53. Seu melhor é 53:86 de 2012. Ficou em quarto lugar na prova.

Também tem o outro lado da moeda. Qual das 18 provas que o Brasil ganhou e não tinha o melhor tempo? Somente uma, os 200 peito onde Pamela Souza Alencar venceu com 2:31:04. A argentina Julia Sebastian tem 2:28:99 feitos no ano passado no Finkel. Julia chegou em segundo lugar mas acabou desclassificada por conta de uma virada irregular.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário