O dia foi incrível. Melhores tempos do mundo nos 50 borboleta feminino e masculino, recorde brasileiro nos 400 livre masculino e um revezamento fantástico do Pinheiros para fechar a quinta etapa do Maria Lenk. Confira os detalhes prova a prova.
200 medley feminino –
Katinka Hosszu parecia estar pior do que nas eliminatórias, piorou os parciais de borboleta, costas e peito, mas forçou no crawl e melhorou a sua marca da manhã de 2:10:87 para 2:10:60, quinto melhor tempo do mundo em 2014.
Foi a terceira vitória individual da húngara que representa o Corinthians e seu terceiro “recorde” sul-americano ganhando a bonificação para o clube.
A argentina Florencia Perotti do União chegou em segundo lugar com 2:18:37 batendo Nathália Almeida do Flamengo por apenas dois centésimos. Gabrielle Roncatto do Pinheiros também chegou perto ficando em quarto lugar com 2:18:84.
200 medley masculino –
Thiago Pereira quase não nadou a prova. O nadador do SESI-SP está doente e chegou a discutir com seu treinador Alberto Pinto da Silva para talvez não disputar a prova. Por ser a sua última prova da competição, Thiago decidiu nadar e dominou desde o princípio. Abriu com 25:21 em excelente trabalho submerso na saída. Virou o costas com 54:48 em parcial de 29:27 e novamente fez um submerso na saída da virada de grande qualidade. O parcial de peito 1:28:59 (34:79) e fechou com 1:57:98 (29:39), quinto melhor tempo do mundo este ano. Pelas suas condições, a marca foi excelente.
Thiago Simon do Corinthians chegou em segundo lugar, porém a marca não foi o que se esperava. Depois de boas performances nos 200 peito e 400 medley com indices para o Pan Pacífico,se esperava mais dos 200 medley. Em dezembro, Thiago Simon venceu o Open batendo Thiago Pereira nos 200 medley com 2:00:39. Hoje, seu segundo lugar foi com 2:00:37, um tanto decepcionante para quem esperava ver o nadador do Corinthians quebrar a barreira dos dois minutos pela primeira vez.
A briga pelo bronze foi a mais acirrada da prova. Lucas Salatta parecia estar próximo da sua primeira medalha neste Maria Lenk porém o seu final de crawl acabou não segurando o ataque do jovem Gabriel Ogawa do Pinheiros. Ogawa ficou com o bronze com 2:02:50, sua melhor marca pessoal e a primeira medalha em Troféus.
Salatta ficou em quarto lugar com 2:02:79, seu melhor desempenho neste Maria Lenk até agora e bem próximo da sua melhor marca de 2:02:42 de 2011. Salatta não ganha uma medalha em Troféus desde 2009.
Detalhe que a final B da prova, que teria dois atletas, acabou sendo cancelada pois ambos os nadadores desisitiram da disputa.
50 borboleta feminino –
A saída de Jeanette Ottesen do Corinthians mata qualquer adversária. A campeã mundial da prova venceu com 25:41 estabelecendo o melhor tempo do mundo em 2014. A marca anterior pertencia a sueca Sarah Sjoestroem com 25:52 feitos na Eindhoven Cup na Holanda. O melhor de Ottesen é 25:24 feitos no ano passado no Mundial de Barcelona.
Inge Dekker do Minas, que foi campeã mundial desta prova em Shanghai em 2011, ficou em segundo lugar com 25:93. Daynara de Paula do SESI-SP completou sete anos consecutivos de pódio no Maria Lenk nesta prova com 26:64 em terceiro lugar. Nestes sete anos, Daynara venceu apenas em 2011, sendo vice campeã quatro vezes e terceira colocada duas vezes.
Danielle Paoli Jesus do Pinheiros chegou em quarto lugar, e, como havia acontecido nas eliminatórias ficou próxima do índice para o Pan Pacífico. Desta vez com 26:89, sendo que havia nadado para 26:87 nas eliminatórias. O índice é de 26:83.
50 borboleta masculino –
Nicholas Santos do Unisanta teve uma saída espetacular e que combinada com uma saída fraca de César Cielo do Minas quase terminou com sua vitória. Acontece que faltando pouco mais de 10 metros para o final da prova, Nicholas deu uma respirada quebrando o ritmo do seu nado. Foi quando Cielo se aproximou e conseguiu tocar na frente ai combinado com uma chegada encurtada de Nicholas.
Cielo campeão com 23:01, melhor tempo do mundo este ano, Nicholas em segundo com 23:23 sétimo tempo do mundo.
Marcelo Chierighini do Pinheiros havia feito 23:85 nas eliminatórias, agora 23:95, terceiro lugar na prova.
Se Michael Phelps e seus 24:06 feitos na eliminatória do Grand Prix de Mesa fossem nesta prova no Maria Lenk, o Americano teria terminado em sexto lugar. Isto porque além de Cielo, Nicholas e Chierighini, ainda teríamos em quarto lugar Felipe Martins do Minas com 24:02 e Guilherme Roth do União em quinto com 24:05.
400 livre feminino –
Carolina Bilich do Minas se sagrou bi campeã do Maria Lenk vencendo a prova estabelecendo sua melhor marca pessoal com 4:13:93. Forte desde o início, os parciais de 1:00:76, 2:05:46, 3:10:06 e 4:13:93, indicam que Bilich está melhor nas provas de 200 e 400 livre em relação as de 800 e 1500 livre que foram seus primeiros bons resultados a nível nacional.
Manuella Lyrio fez uma dobradinha para o Minas chegando em segundo lugar com 4:16:55 e Poliana Okimoto completou o pódio com 4:18:52.
Poliana tentava completar as três vitórias nas provas de fundo depois de vencer os 800 e 1500 livre. Entretanto, apenas duas vezes isso aconteceu na história do Maria Lenk e somente duas estrangeiras conseguiram isso. Kristel Kobrich do Chile nadando pelo Corinthians em 2009 e a romena Camelia Potec nadando pelo Minas em 2005.
400 livre masculino –
Recorde brasileiro em disputa emocionante e de alto nível. Leonardo de Deus que já havia feito o melhor resultado do Brasil nos 400 livre nos últimos anos ao vencer o Open em dezembro, desta vez quebrou o recorde nacional em poder de Armando Negreiros desde os Jogos Pan Americanos de 2007 com 3:50:11.
Leo de Deus nadou para 3:50:90 em bela disputa com Miguel Leite Valente do Minas que ficou em segundo lugar com 3:51:36.
Nos parciais:
Leo de Deus – 54:72, 1:52:84, 2:51:46, 3:50:90
Miguel Leite – 54:98, 1:52:99, 2:52:06, 3:51:36
Giuliano Rocco do Minas chegou num distante terceiro lugar com 3:54:55.
Miguel Leite Valente estava em busca de se tornar mais um que chega a conquista das três provas de fundo do Maria Lenk, coisa que, assim como nas mulheres, só aconteceu duas vezes e ambas com estrangeiros. Juan Pereyra, argentino do Minas no ano passado, e Oussama Mellouli que em 2011 nadou pelo Corinthians.
Revezamento 4×100 livre feminino –
O Corinthians abriu na frente com Katinka Hosszu e a boa marca de 54:43. Manteve a liderança no parcial de Natália de Luccas com 56:09. Perdeu a liderança com Isabela Silva ao nadar para 59:14, mas tinha Jeanette Ottesen para fechar com 53:50. Quando Ottesen pulou na água, o Corinthians era o quarto colocado. O tempo final de 3:43:16 foi novo recorde de campeonato superando os 3:44:24 do ano passado.
SESI ficou em segundo lugar com 3:44:50 em parciais de Etiene Medeiros 56:18, Priscila Souza 57:24, Giovanna Diamante 55:73 e Daynara de Paula fechando com 55:35. O Minas completou o pódio com 3:46:27.
Revezamento 4×100 livre masculino –
A equipe do Pinheiros deu um show fazendo 3:15:04 com todos os seus quatro nadadores na casa dos 48 segundos. O feito é inédito para um clube brasileiro desde o fim da era dos trajes.
João de Lucca abriu para 48:90, 13o melhor tempo do mundo em 2014. Depois Leonardo Alcover mandou 48:98, seguido de Bruno Fratus com 48:51 e Marcelo Chierighini fechou com 48:65. De ponta a ponta, o tempo de 3:15:04 só perde para o revezamento da Austrália campeão do 4×100 livre no BHP Billiton Aquatic Super Series em janeiro passado.
O Minas chegou num distante segundo lugar com 3:17:20 com César Cielo administrando o final de prova apenas para garantir a prata em bela disputa com o Unisanta. Mesmo se poupando no final, Cielo nadou para 48:56. Os demais parciais do Minas foram Nicolas Oliveira 49:49, Fernando Silva 49:40 e Felipe Martins 49:75.
O Unisanta que abriu com Matheus Santana para 49:02, a apenas cinco centésimos do recorde mundial junior, seguido por Vinicius Waked 49:81, Nicholas Santos 49:55 e Thiago Sickert fechando com 49:64.
Ainda tivemos mais um 48 na prova com Arthur Mendes fechando o revezamento do Corinthians com 48:54.
Classificação parcial ao final do quinto dia de disputas:
1o Corinthians 2.311,5 pontos
2o Minas 1.679 pontos
3o Pinheiros 1.269 pontos
4o SESI-SP 840 pontos
5o Unisanta 776,5 pontos
6o União 615 pontos
7o Praia Clube 188 pontos
8o Fluminense 124 pontos
9o Flamengo 95 pontos
10o Botafogo 53 pontos
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