10) A dama de ferro e seus 400 medley

O tempo não ajudou, mas Katinka Hosszu fez o que precisava fazer no Maria Lenk 2014. Venceu todas as provas que participou, todas com marcas abaixo do recorde sul-americano. A melhor performance veio nos 400 medley nas eliminatórias com 4:34:91, tempo que lhe dá o terceiro posto no ranking mundial de 2014.

9) A performance doente de Thiago Pereira nos 200 medley

A despedida do programa carregado de Thiago Pereira no Maria Lenk foi a sua prova preferida. Os 200 medley tinha tudo para ser um grande resultado, e uma dor de garganta e um princípio de gripe quase estraga tudo. Que nada! Thiago foi lá e, sem as melhores condições, mandou um 1:57:98, sétimo tempo do mundo. A comprovação de que ele está em muito boa fase e boas perspectivas para o Pan Pacífico de agosto.

8) A volta dos 100 livre na natação brasileira

Uma prova que já nos deu medalhas olímpicas, títulos e recordes mundiais e estava adormecida. Cesar Cielo fez o quinto tempo do mundo, Matheus Santana bateu o recorde mundial junior duas vezes, o Brasil agora tem três nadadores no ranking Top 10 do mundo e ainda com Marcelo Chierighini em 11o tempo com a marca das eliminatórias. Definitivamente, o Brasil está de volta nos 100 livre mundial.

7) Graciele Hermann recordista sul-americana dos 50 livre

A gaúcha Graciele Hermann conseguiu fazer três vezes o que nunca havia feito. Nadar para 24 nos 50 livre era um sonho a ser realizado, agora virou rotina. A melhor delas veio na abertura do 4×50 livre com 24:76 igualando o recorde sul-americano da prova desde 2009 com a venezuelana Arlene Semeco. Graciele voltou a fazer na eliminatória da prova individual e completou com24:79 ao ficar em segundo na final. Está com o 11o tempo do mundo na distância.

6) Salve a volta de Felipe França

Felipe França voltar a ganhar o Maria Lenk foi bom, mas especial foi vê-lo nadando novamente abaixo do minuto. Coisa que não víamos desde o Maria Lenk de 2012. Felipe foi soberando na prova, único a passar abaixo dos 28 segundos, e vencendo com 59:91, quinto melhor tempo do mundo este ano.

5) O eficiente e exigente Leo de Deus

Ninguém marcou mais pontos que Leo de Deus no masculino. Foi o único a quebrar um recorde brasileiro. Venceu os 200 costas, 200 borboleta e 400 livre. Em todas, mesmo contente pelos resultados, sempre queria mais. Depois de bater na trave em dezembro no Open, bateu o recorde brasileiro dos 400 livre de Armando Negreiros que já tinha 7 anos desde o Pan de 2007.

4) O melhor revezamento de clube do mundo

O 4×100 livre masculino do Pinheiros foi histórico. A marca de 3:15:04 ficou a apenas 5 décimos do recorde de campeonato ainda da época dos trajes de 2009. A nível mundial, este tempo só fica atrás da marca da Seleção da Austrália no BHP Billiton Aquatic Super Series em 2014. E foi de ponta a ponta, sem qualquer dúvida. João de Lucca 48:90, Leonardo Alcover 48:98, Bruno Fratus 48:51 e Marcelo Chierighini 48:65. O resultado fez renascer a esperança de nosso revezamento a nível internacional.

3) Nicolas Oliveira do Minas 200 livre 1:47:17

Nicolas nunca tinha vencido uma prova no Troféu Maria Lenk. Pode até parecer estranho, mas é verdade. E mais, quase sempre piorando os bons tempos que fazia nas eliminatórias. Desta vez, foi diferente. Venceu e baixou a marca. Mandou 1:47:17, 11o tempo do mundo este ano.

2) Jeanette Ottesen Gray do Corinthians 50 borboleta

A dinamarquesa era até uma dúvida se conseguiria dar o que o Corinthians precisava para este Maria Lenk. As competições anteriores da temporada foram apenas razoáveis, mas o seu desempenho superou todas as expectativas. Acabou tendo a melhor performance individual de toda competição com os 25:41 nos 50 borboleta, melhor tempo do mundo em 2014. Ela ainda foi sublime nos 50 livre, 100 livre e 100 borboleta, todas marcas entre as 10 do mundo além de performances expressivas nos quatro revezamentos campeões do Corinthians.

1) 50 livre de Cesar Cielo e Bruno Fratus

Fazendo o primeiro e o segundo melhor tempo do mundo na prova mais rápida da natação mundial. Um com uma saída fenomenal, outro com um final de prova incrível. O Brasil tem a melhor dupla de velocistas do mundo.

1 responder
  1. Gustavo
    Gustavo says:

    Acho que a Best Swimming como um dos principais sites de natação do Brasil deveria abordar um assunto pouco falado nos sites especializados. Por que o peito masculino evolui constantemente enquanto o feminino anda (ou nada) pra trás. Acho que já passou da hora de técnicos e atletas darem alguma resposta sobre isso. Enquanto muitos homens brigam por poucas vagas, as mulheres brigam pra quebrar barreiras pífias que são facilmente quebradas por atletas do mundo inteiro como o 1.10 nos 100 e o 2.30 nos 200, sendo que mesmo que quebrassem essas barreiras ficariam longe de índices. O pior de tudo se vê na base. Enquanto dois homens peitistas estão entre os 4 brigando pela vaga nos jogos da juventude, poucas senão nenhuma garota nadou sequer abaixo do índice estipulado pela CBDA de 1.11 e 2.35 , sendo que 1.11 é marca que nem algumas seniors conseguem fazer, ou seja parece que não teremos evolução a médio/curto prazo. Alguma coisa tem que mudar, a natação feminina em si é fraca perante aos homens, porém ao contrário das outras, as peitistas só regridem.

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