O bronze histórico de Sydney 2000.

O bronze histórico de Sydney 2000.

Os resultados do Troféu Maria Lenk deste ano trouxeram uma nova expectativa e muita esperança. O revezamento 4×100 livre masculino do Brasil voltou a ser competitivo. O bom nível da prova, associado com o fantástico revezamento 4×100 livre do Pinheiros campeão do Maria Lenk com 3:15:04 onde João de Lucca, Leonardo Alcover, Bruno Fratus e Marcelo Chierighini todos na casa dos 48 segundos fizeram o melhor revezamento de clube do mundo nesta temporada.

O ranking mundial de 2014 também dá uma excelente perspectiva para o revezamento 4×100 livre do Brasil, prova que nos deu a última medalha olímpica em revezamentos em Sydney 2000. É o nosso revezamento “mais olímpico”, são nove participações consecutivas nos Jogos com quatro finais sendo dois quarto lugares em 1972 em Munique e em 1996 em Atlanta.

A tradição ainda inclui um bronze no Mundial de Longa de 1994, dois ouros, uma prata e um bronze nos Mundiais de Curta e quatro vitórias consecutivas nos Jogos Pan Americanos. E, não dá para esquecer, três recordes mundiais da prova em piscine curta.

Troca de Cielo com Nicolas Nilo no Mundial de 2009 recorde sul-americano até hoje.

Troca de Cielo com Nilo  Mundial de 2009 recorde sul-americano.

Pois esta tradição tem falhado nas nossas tentativas olímpicas. Em 2004, o nosso revezamento medalhista quatro anos anteriores não passou das eliminatórias ficando em 12o lugar. Em Beijing 2008, fomos desclassificados por uma troca de saída. Mesmo assim, não havíamos passado a final. Em Londres 2012, ficamos na nona colocação, apenas 36 centésimos atrás da Itália que se classificou em oitavo.

Nossa tradição de Mundiais também anda adormecida. Depois do bronze de 1994 em Roma voltamos a fazer bonito na mesma Roma em 2009. Naquele Mundial marcado pelas sensacionais marcas dos super trajes, o revezamento do Brasil ficou a menos de um segundo do pódio na quarta colocação com o tempo que até hoje é o recorde sul-americano de 3:10:80.

Time campeão e recordista do Pan 2011.

Time campeão e recordista do Pan 2011.

Em Shanghai 2011, amargamos um nono lugar com um fraquíssimo 3:16:28. A prova foi que no Pan Americano do mesmo ano nadamos para 3:14:65, o que nos daria uma vaga fácil na final do Mundial.

Voltamos a entrar nas finais no Mundial do ano passado em Barcelona. Fomos melhor nas eliminatórias com 3:14:41 e pioramos um pouco na final com 3:14:45 terminando na sétima colocação.

Uma análise do nível mundial da prova, e levantando os tempos das três últimas Olimpíadas e Mundiais, a previsão é de que uma medalha no Rio 2016 vai ter de ser algo na casa dos 3:10.

Análise das últimas três Olimpíadas:
2012 – França 3:09:93, Estados Unidos 3:10:38, Rússia 3:11:41
2008 – Estados Unidos 3:08:24, França 3:08:32, Austrália 3:09:91
2004 – África do Sul 3:13:17, Holanda 3:14:36, Estados Unidos 3:14:62

Análise dos três úlitmos Mundiais:
2013 – França 3:11:18, Estados Unidos 3:11:42, Rússia 3:11:44
2011 – Austrália 3:11:00, França 3:11:14, Estados Unidos 3:11:96
2009 – Estados Unidos 3:09:21, Rússia 3:09:52, França 3:09:89

Brasil foi bronze no Mundial de Dubai em 2010.

Brasil foi bronze no Mundial de Dubai em 2010.

As principais competições do ano de 2014 acontecerão entre julho e setembro deste ano. É quando teremos o Commonwealth Games na Escócia, o Pan Pacífico na Austrália, o Europeu na Alemanha e os Jogos da Ásia na Coréia do Sul. Até agora, apenas a seletiva americana ainda não foi realizada. Assim, já temos uma idéia do ranking mundial de quais são as melhores seleções neste ano de 2014 na prova dos 100 livre e uma possível projeção dos tempos para o revezamento 4×100 livre masculino.

Confira:

Austrália
James Magnussen 47:59
Cameron McEvoy 47:65
Tommaso D’orsogna 48:72
Kenneth To 49:00
Total 3:12:96

Brasil
Cesar Cielo 48:13
Matheus Santana 48:31
João de Lucca 48:67
Marcelo Chierighini 48:72
Total 3:13:83

Rússia
Vladimir Morozov 48:25
Alex Sukhorukov 48:66
Danila Izotov 48:75
Sergey Fesikov 48:76
Total 3:14:42

Alemanha
Paul Biedermann 48:31
Steffen Deibler 48:56
BJ Hornickel 49:29
Markus Deibler 49:32
Total 3:15:48

França
Florent Manaudou 48:69
Mehdy Metella 48:72
Fabien Gillot 49:13
Yannick Agnel 49:25
Total 3:15:79

Itália
Luca Dotto 48:96
Filippo Magnini 49:12
Luca Leonardi 49:12
Marco Orsi 49:15
Total 3:16:35

Tomara que as coisas continuem neste caminho e possamos comemorar momentos tão belos como este que vivemos em Sydney 2000:

1 responder
  1. sergio benatti
    sergio benatti says:

    E quando os 4 prováveis selecionados irão treinar juntos? Competir juntos? Só ano que vem?

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