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Quem não viu, vale a pena assistir. A escorregada de Elizabeth Beisel na final dos 200 costas da seletiva americana foi algo para jamais ser esquecido. Escorregar na saída é algo que acontece até com certa regularidade, mas sair da forma como a americana acabou saindo foi demais. Sua velocidade foi totalmente zero ao deixar a parede enquanto que suas adversárias tinham o impulso da saída, a maior velocidade de uma prova.

Beisel havia feito o melhor tempo das eliminatórias e a segunda vaga para o Pan Pacífico e Mundial era sua. Nadou para 2:12:37 e acabou na sexta colocação. Bastante frustrante para quem tinha nadado para classificar nas eliminatórias com 2:09:65 ou até mesmo no Grand Prix de Santa Clara em junho para 2:08:91.

Elizabeth Beisel chegou a Seleção Americana pelos 200 costas. Foi bronze no Mundial de Roma em 2009 quanto tinha apenas 16 anos. Nos Jogos de Londres, foi bronze nos 200 costas com 2:06:55. Nas semifinais nadou um pouco melhor 2:06:18, sua melhor marca pessoal. Ficar de fora da Seleção nesta prova onde apenas Missy Franklin conseguiu quebrar a barreira dos 2:10 deve ser bastante frustrante.

O erro, porém, foi dela. Elizabeth Beisel forçou a posição de saída, trouxe o corpo muito para cima, contraindo e flexionando músculos correndo um risco maior. Uma posição menos rígida talvez evitasse a sua escorregada tão violenta. Durante a seletiva americana, outro nadador que também sofreu com a saída foi Matt Greevers na saída dos 50 costas.

Greevers também força a saída.

Greevers também força a saída.

Alguns criticaram as placas de saída, mas observando o vídeo da prova se vê claramente que Elizabeth Beisel se posicionou de forma bem elevada, incrementando este risco. A posição é uma técnica nova onde os nadadores ficam em posição de contração mais elevados a espera da partida. O benefício da posição é o trabalho de impulsão maior. Da mesma forma, como pontos negativos uma possível demora na execução da partida pelo árbitro pode ocasionar uma demanda energética muito alta do nadador além do risco altíssimo da escorregada, como de fato aconteceu.

Os novos implementos para a saída de costas vão minimizar estes riscos. Aprovados na assembléia da FINA no ano passado, tiveram seu uso retardado por conta de falhas na fabricação. Será no Circuito da Copa do Mundo deste ano que os mesmos serão colocados a prova. Se aprovados, estarão no Mundial de Doha no final do ano e por consequência em Kazan em 2015 e no Rio em 2016.

Confira a imagem da prova dos 200 costas e observe a escorregada de Elizabeth Beisel. Ela está na raia 4.

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